Capítulo 56

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O farol ficou verde e Rafa seguiu viagem quando de repente um caminhão desgovernado veio para cima do carro, Rafa tentou desviar mais acabou se chocando contra um poste, tendo metade de seu corpo lançado para fora do carro pois suas pernas estavam presas.
Ela não teve tempo de pensar em nada apenas caiu em uma sonolência profunda.
De repente, tudo acabou ...
 *  *  *
Rafaella acordou totalmente desnorteada, olhou em volta, estava tudo muito claro, muito branco, e só conseguia escutar alguns barulhos os quais ela não reconheceu. Tentou mover a cabeça mas a  dor lacinante a fez fechar os olhos com um força descomunal.

Tentou se mexer, mas sentiu uma dor absurda em todo o corpo.
Olhou para o braço, estava com uma agulha que ligava o tubo de soro ao corpo dela e percebeu que tinha uma sonda no nariz, tinha muita dificuldade para respirar, viu que estava em um hospital.
Rafa não conseguia ter reação, não conseguia falar, e não conseguia pensar e o corpo ardia tamanha  a dor que sentia.
Após alguns minutos a porta se abriu, Rafa ficou olhando, era uma enfermeira, ao vê-la acordada a moça voltou correndo como se tivesse ido chamar alguém.

Em seguida entrou o médico.
Rafa o olhou assustada.

- O.. o .... que ... ac...aconte-eceu ? – Rafa perguntou com muita dificuldade
- Por favor não se esforce, não consegue se lembrar do ocorrido?
Rafa tentou fazer um não com a cabeça.

- Você sofreu um acidente, pela pericia, constatou-se que você voltava de algum lugar, estava em direção a sua casa, e um caminhão desgovernado foi para cima do seu carro, você tentou desviar mas acabou batendo o carro em um poste, e em seguida o caminhão prensou seu carro .
Aos poucos Rafa foi se lembrando.

O médico continuou.

- Faz 3 dias que lhe induzimos um coma. Tivemos que fazer isso ou você não suportaria. Não achamos que iria acordar tão rápido. Fizemos alguns exames e você teve uma forte pancada na cabeça devido ao impacto e isso afetou seu sistema nervoso, e como você ficou presa nas ferragens está machucada nas pernas e nos braços. – Rafa arregalou os olhos – não se preocupe, o que estiver ao meu alcance eu farei por você. – ele sorriu - Bem vou sair você tem visitas.
Rafa pensou logo.
 :: Deve ser Felippe ou minha mãe::
Miriam entrou no quarto, um pouco receosa.

- M-mãe... – ela se esforçou a dizer e sorriu
- Ah minha filha! – Miriam correu até a cama dela, e começou a horar. – Fiquei tão desesperada, graças a Deus você está viva !

Rafa começou a chorar junto com a mãe. Mas não conseguia dizer nada. E se esforçou.

- M-mãe e-eu... - Começou a respirar fortemente.
Miriam correu para chamar alguém.

A enfermeira entrou e aplicou uma injeção dentro do soro de Rafa, era calmante ela precisava dormir. Se ficasse acordada iria se esforçar demais e isso dificultaria sua recuperação.
 *  *  * 
Quatro dias se passaram, Rafa acordou novamente, ainda sentia muita dor. Miriam estava no quarto sentada em uma poltrona, passava o tempo todo com ela.

Rafa olhou para a mãe, e Miriam foi até a cama.

- Mãe..... o-onde está Fe-felippe ? – disse com esforço
- Filha não se esforce.. – Miriam abaixou a cabeça – Meu amor ninguém consegue achá-lo, já ligamos na mansão e no celular e ninguém atende!
Rafa voltou a cabeça para cima, apertou os olhos e começou a chorar.
:: E eu acreditando que ele tinha mudado, mas continua o mesmo ::

- Acalme-se filha, pode ter acontecido algo, seu marido é um dos empresários mais bem sucedidos do mundo, ele não pode largar a empresa, ainda mais agora que ele se divide entre a empresa dele e a de seu pai.

Aquelas palavras fizeram Rafa se sentir ainda pior. Será que a empresa era mais importante que ela?
Toc toc toc
Miriam foi abrir, era Alfredo.
Rafaella não esboçou nenhuma reação ao vê-lo, ficou estática, sabia que o pai estava ali por pura obrigação.
Alfredo parou ao lado da cama e quando olhou para Rafa ela percebeu que ele estava com os olhos marejados.

- P-pai – ela disse levantando a mão lentamente para segurar o rosto dele.
Alfredo pegou a pequena mão da filha que estava com agulha e curativos e a beijou.

- Me desculpe minha filha, desculpe por todos esses anos em que te tratei mal, em que eu não soube reconhecer nem corresponder seu carinho. Por ter lhe tratado como uma qualquer... você é MINHA filha mais velha, e eu ... eu te amo Rafaella. - disse chorando.
Rafa sorriu, mostrando ao Pai que o perdoava. Miriam chorava, estava muito emocionada.
O médico entrou no quarto.

- Vamos deixar nossa paciente linda descansar. – ele disse
Miriam e Alfredo iam se retirar, Rafa apertou com força a mão do pai.
- Fe-feli..pe - e começou a ofegar fortemente
Rapidamente o médico lhe aplicou uma injeção e ela dormiu.
*  *  *
 Passava-se mais uma semana, ninguém havia recebido noticias de Felippe, e os pais de Rafaella, estava preocupados. Durante esse tempo Rafa nunca ficava só, sempre alguém estava passando o dia e a noite, Alfredo, Miriam e Patrícia se revezavam.

Um Casamento forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora