- Por quê Dona Dulce?- O que tem aqui dentro só pertence a Felippe, ele passa boa parte do tempo aqui dentro. Há algo muito valioso para ele aqui.
- Não se preocupe não tentarei entrar.
Desceram, Dona Dulce, foi mostrar o andar de baixo, foram até a sala de estar que por sinal tinha uma lareira.
A sala de TV. Havia uma porta fechada, e D. Dulce disse que era o escritório de Felippe, uma biblioteca que estava fechada, a sala de jantar onde ela comera mais cedo. A cozinha e o resto que ficava ao lado da cozinha eram os quarto dos empregados, haviam alguns banheiros também.Bom senhora é isto, o que acha de conhecer a estufa? - Perguntou muito animada
- Claro.
- Ela não conseguiu dizer não à aquela adorável senhora.
Foram por trás da casa tudo era morto, sem vida, era gigante. Até ela avistar a estufa. Era muito grande. Pararam na frente, e Dona Dulce foi logo dizendo.
- Vamos senhora entre, o senhor Vargas adorara vê-la.
- disse empurrando Rafaella um pouco.
Dentro da estufa haviam muitas borboletas que voaram na direção de Rafaella e ficaram girando em torno dela.
- Que visão celestial.
- disse Felippe com aquele olhar duro de sempre.
- Não tinha te visto.
- ela disse tímida
- Eu estava do outro lado.
- Onde você dormiu ?
- perguntou curiosa
Felippe demorou a responder. Ela achou que talvez ele não tivesse escutado.- Dormi em outro quarto.
- ele disse seco
– Por que sentiu minha falta ?
- disse devorando-a com os olhos.
- Por que tem uma estufa com tantas plantas e lá fora tudo é tão … tão....- ela perguntou tentando cortar o clima
- Sem vida ?
- concluiu
- É
– disse sem graça
- Porque ele existe desde que eu era pequeno. Me traz boas recordações.
- ele fez uma pausa.
- Já conheceu a mansão ?
- ele perguntou sem dar importância.
- Já sim, Dona Dulce, me mostrou-a toda, e me disse que eu não posso entrar no ultimo quarto, Por que ?
- Porque não lhe interessa.
- ele disse furioso.
Rafaella se encolheu. Ele se aproximou dela.
- Desculpe querida, eu não quis ser grosso, mas não entre naquele quarto nunca, caso contrario você se arrependerá amargamente. Não queira me ver nervoso você só tem a perder.
- ele falou segurando o queixinho dela.
Ela virou o rosto, e Felippe deu um sorriso malévolo, e se afastou dela.
O dia passou mais lentamente do que o normal, Rafaella estava passeando pelo jardim morto, quando desabou uma tempestade daquelas, ela estava longe da casa, saiu correndo em direção da casa. Mas não evitou que ela chegasse toda ensopada à varanda da casa.- Onde você estava?
- perguntou Felippe furioso pois ele estava procurando-a.
- Fui dar uma volta, não vi que ia chover.
- disse fechando a porta
- Quando se virou de frente, viu que Felippe tinha os olhos pregados em seu corpo, e que o rosto dele (por mais inacreditável) estava afogueado.
Rafella não entendeu, quando olhou para baixo, Jesus, ela estava com uma blusinha branca, que estava transparente, dava para ver cada detalhe do corpo, principalmente os seios.
Ela corou na hora, não sabia onde colocar a cara, cruzou os braços na frente dos seios. Felippe pareceu sair do transe e a olhou.
- Suba agora, e tome um banho quente... não pode ficar assim.
- disse numa voz dura e cortante.
Rafaella subiu rapidamente para seu quarto, estava morrendo de vergonha. Tomou um banho longo e quente. Estava se sentindo bem melhor. Se enrolou em uma toalha branca e foi escolher uma roupa para usar.
Estava em pé, quando Felippe entrou no quarto e a olhou de cima a baixo.- O que faz aqui Vargas ?
- Estou no meu quarto.
- disse ironico
-Sim, mas...
-Não se engane, Rafaella.
- Ele disse firmemente.
- Este quarto é de nós dois, e você é minha esposa. Vamos compartilhar tudo, inclusive a cama deste quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Casamento forçado
Roman d'amourViver de aparências, pode não ser muito fácil quanto parece, ainda mais quando se está presa a um casamento que não desejou, e onde não há escolha, a não ser continuar FINGINDO! "E quantas vezes você já respirou fundo e engoliu o choro ?"