Capítulo 19

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- Você me forçou! Nunca vou lhe perdoar por isso!
Ela virou o rosto com brutalidade, e viu manchas vermelhas no banco.

- O que...você me machucou, Vargas! Isso é sangue!

- Ela disse com desespero.

- Isso é normal.

- Ele respondeu, vestindo-se .
Rafaella soluçou. Quando Felippe estava vestido, se aproximou dela.

- Fique longe de mim, seu monstro! Nunca mais vai tocar em mim!

- Ela gritou, se afastando.
A expressão dele ficou dura como gesso.

- Tocarei em você sempre, porque agora sim você é minha mulher.

- Eu te odeio, Vargas!
Ele sorriu sarcasticamente e se aproximou.

Rafaella se encolheu.

- Eu não disse que podia forçá-la se quisesse?

- Ele perguntou com crueldade.

- Tenha cuidado comigo, pois eu SEMPRE cumpro os desafios que me proponho. E no final você até aproveitou, não?

Felippe mandou-lhe um olhar divertido e saiu dali. Rafella recolheu o vestido rasgado, em prantos. Sentia-se a pior das criaturas, usada, humilhada...e seu corpo inteiro doendo terrivelmente.

Rafaella não tinha forças para sair do carro. E para completar começara a chover muito forte. Ela começou a chorar. Chorou muito até soluçar. A chuva havia aumentado ainda mais. Ela resolveu entrar em casa. O Carro estava muito afastado da entrada, e ela precisou correr em meio a chuva. Foi para o quarto mais, Felippe não estava lá. Tomou um banho e dormiu.
Na manhã seguinte Rafaella acordou com olheiras escuras, e o corpo ardia de tanta dor. Mal conseguia se mover. Felippe pelo visto não havia dormido. Ela não sabia onde ele estaria e nem queria. Estava toda encolhida na cama.

- Madame ?

- Dulce bateu a porta.
Ela não respondeu, os olhos e a garganta ardiam.
Dona Dulce entrou.

- Senhora, está bem ?

- disse se aproximando da cama.
Rafaella continuou imóvel.

- Senhora gostaria de tomar seu café da manhã aqui no quarto? O patrão não está.

“Ainda bem”, pensou Rafaella. Ela continuo sem dizer nada.

Depois de alguns minutos, ele desligou o chuveiro. E Rafa começou a tremer ainda mais.
Ele pegou uma toalha, a enrolou e colocou-a sentada na cama.
- Vai me deixar em paz agora ? - ela disse com os labios roxos de frio.
Ele não respondeu. Foi até o armário e observou que haviam peças que ela nunca tinha usado. Pegou um jeans e um moleton.
- O que você está fazendo Vargas ?
Ele se aproximou e começou a secá-la.
- Ei, eu sei fazer isso sozinha, pare ! - ela disse com vergonha.
- Mal consegue ficar de pé Rafaella. E se for por vergonha me poupe, já gravei cada parte do seu corpo na
minha memoria ontem a noite.
Ela cruzou os braços, querendo um buraco para se enterrar.
- Levante os braços – ele mandou. E assim ela o fez. E ele terminou de secá-la. Lhe vestiu.
- Porque está colocando essa roupa em mim, eu quero ficar na cama e dormir. - ela disse
- Não, não vai ficar aqui.
- Vai descer comigo e agir normalmente!- Ele disse com dureza, olhando-a nos olhos.- Se ficar aqui dentro todo o dia, como uma doente, os criados vão achar estranho. Vai descer comigo, mesmo com febre, nem que esteja morrendo! À noite, quando subir para dormir, pode descansar...mas agora não.
Rafa sentiu os olhos marejarem. Estava com a cabeça explodindo, tonta, o corpo lhe doía, e estava
morta de febre! Só o que queria era descansar para conseguir se recuperar.
- Felippe, mas eu...
- Penteie os cabelos.- Ele mandou, interrompendo-a, enquanto pegava a escova e passava para a moorena.
Ela sentiu vontade de gritar.
Porquê ele a maltratava tanto? Porque ele era tão cruel?
Penteou os cabelos e olhou para o marido, pálida e com raiva.
- Perfeito.- Ele deu um sorriso debochado.- Agora sorria e vamos descer.
Agarrou o braço dela sem nenhuma delicadeza, e a puxou.

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