Capítulo 10

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Mas eu não quero.

- Ela começou a chorar.

- Eu vou gritar.
Felippe não percebeu o choro dela. E continuou dizendo:

- Grite então, ninguém virá aqui. 

- Você é um homem cruel, eu tenho medo de você.

- disse chorando, mas ele não percebeu.

-Mas o que...você está... Está chorando?

- Felippe murmurou, como se nunca na vida tivesse presenciado uma mulher chorando e como se aquilo fosse algo sobrenatural.

- Não.

- Ela disse, enxugando os olhos e tentando conter os soluços. Mas não estava sendo bem sucedida. 
Felippe ficou em silencio. Rafaella tinha a respiração alta devido ao choro. Ela não o olhava, mas sentia que ele estava olhando-a.

- Tem mesmo medo de mim ?

- disse se aproximando.

- Tenho, tenho muito medo de você.

- respondeu sincera.

Felippe deu um soco na parede ao lado da cabeça dela, ela sentiu como se ele fosse bater nela e rapidamente levou as mãos ao rosto, mas ele saiu do quarto.

Rafaella não aguentou e começou a chorar tudo aquilo era horrível demais, chorou muito até não  ter forças para continuar então resolveu tomar um banho. O banheiro não era diferente do quarto era enorme e luxuoso com banheira e chuveiro

Tomou um banho rápido, estava com medo que Felippe voltasse. Secou-se. Abriu um enorme guarda roupa, e todas as suas roupas, acessórios e produtos estavam lá. Colocou uma camisola longa e se deitou. A morena passou a noite toda com os olhos abertos, tinha medo de que Felippe entrasse afinal, ele dormia ali, uma hora ou outra ele teria que entrar. As hora foram passando, e nada dela baixar a guarda, quando conseguiu pegar no sono já eram 5h00 da manhã.

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- Senhora? Senhora acorde. Já está tarde.

A morena abriu lentamente os olhos, viu uma senhora de uns 50 ou 60 anos na sua frente. 

- Que bom que acordou "senhora" Vargas.

- Rafaella achou estranho ser chamada de senhora e ainda mais de senhora Vargas. 

- Que horas são ?.

- disse espreguiçando-se

- Já são 14h00, já passou da hora do almoço, o senhor Vargas pediu que eu a acordasse.

- Ele está em casa ?

- Sim senhora, ele está na estufa.

- disse sorrindo

- Estufa ?

- Sim, ele cuida de plantas há muito tempo. 

- Bom, o senhor me deu ordens para levar a senhora para comer e depois lhe mostrar a mansão. Será um prazer para mim.

- Ok, vou me vestir e já desço.

- Sim senhora, estarei lhe aguardando ao lado da porta, a mulher se retirou. 
Rafaella fez sua higiene e se arrumou colocou uma de suas saia uma blusa, se olhou no espelho, e pela primeira vez não gostou do que viu, não estava mais gostando usar aquelas saias longas. Enfim, saiu do quarto.

- Está linda senhora.

- Obrigado.

- disse timidamente.

- Desculpa, mas qual seu nome?

- Oh senhora perdão, meu nome é Dulce.

Rafaella estava feliz de poder ter Dona Dulce ao seu lado, e não Felippe. Ela sentou-se na comprida mesa. E comeu um pouco. Quando terminou Dona Dulce se aproximou.

- Gostaria de conhecer a mansão agora senhora?

- Claro Dona Dulce, vamos.

- disse animada.

Saíram da sala de jantar, e caminharam até o Hall de entrada. Começaram pelo andar de cima, Dona Dulce, mostrou os quartos a casa tinha 3 andares tinha aproximadamente uns 12 quartos, mas Dona Dulce parou na frente do ultimo quarto do ultimo andar e disse:

- Senhora nunca, jamais tente entrar nesse quarto, ele sempre está trancado, as vezes o senhor Vargas esquece de trancá-lo, mas se algum dia encontra-lo aberto, me prometa que nunca entrara.

Rafella, ficou muito assustada, oque sera que tinha de tão importante assim ?

Um Casamento forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora