Um Casamento forçado

Capítulo 6

Entrou no carro com a mãe, e seguiram em direção a igreja. 

Ao chegarem, Aline, prima de Rafaella foi ajudá-la.

Abraçaram-se, ambas eram muito amigas porém, Aline se casara, dificultando assim, que elas se encontrassem. 

- Que saudades de você !

- disse Rafaella abraçando-a e completou

- Não imagina como é importante que esteja aqui hoje!

- Saudades também minha prima linda !

Aline ajudou Rafaella a subir as escadarias da Igreja. Estava tudo perfeito.

Quando chegou no topo ficou de frente para a porta pela qual iria entrar. A porta não estava totalmente fechada, havia um pequena brechinha onde ela conseguiu enxergar um pouco dentro da igreja. 
Pensamento de Rafaella ::

Isso tudo é muito ridículo. É uma palhaçada.

Fim do pensamento :: 

Aline aproximou-se de Rafaella, tomou as mãos dela nas suas e disse :

- Preste bem atenção no que vou te falar agora

– disse com a voz embargada

– eu sei exatamente o que você está prestes a enfrentar agora, não será fácil, mas pode ter certeza, eu estarei do seu lado sempre, e agora mais ainda.

- O que você quer dizer com isso Aline ?

- perguntou confusa e ao mesmo tempo fingir saber do que se tratava.

- Eu sei que está se casando por
obrigação, eu também me casei por obrigação

– Rafaella espantou-se 

- Mas vocês pareciam tão felizes.

- disse sem entender.

- Aparência e fingimento, essas duas palavras agora farão parte da sua
vida.

- disse triste entregando-lhe o buque.

- Mas.... nossa nunca imaginei.

- tomou o buque em suas mãos e ficou a observá-lo

- É por isso que eu te falo sei o que você está prestes a passar, e pode contar comigo, porque não será fácil, acredite.

- Mas como Aline? Como eu vou contar com você? Nem sei onde você está morando... 

- Vamos ser vizinhas

– disse abrindo um grande sorriso

-Hã ?

- É amiga, seu marido mora duas casas depois da minha. 

As duas ficaram muito felizes e por uma fração de segundos Rafaella esqueceu tudo o que estava por vir. Até Alfredo, parar ao seu lado e lhe oferecer o braço. A marcha nupcial começou a tocar. As portas se abriram. Rafaella começou a tremer. Queria muito chorar e não conseguiu conter que lagrimas escorressem por seu rosto. Conforme ela adentrava a igreja rostos desconhecidos cumprimentavam e sorriam para ela. Ela tinha o rosto serio, duro. Olhou para frente e pode ver Felippe esperando por ela próximo ao presbitério. Ela gelou. Alfredo a entregou para Felippe. Ela esperava que ele dissesse algo do tipo “cuide bem dela” mas Alfredo nada falou. Ela olhou para seu noivo, e pode ver o quão lindo ele estava. A cerimonia seguiu rápido. Rafella sequer prestava atenção, estava longe pensando em como seria sua vida dali para frente. Até que viu Felippe ficar de pé. Era a hora das alianças.
Felippe pôs a aliança no dedo dela e lhe beijou a mão. Rafaella fez o mesmo, mesmo morrendo de nojo. O padre então fez a famosa pergunta: