Capítulo 17

10.8K 630 31
                                    


- Felippe enfim chegou! - Uma voz grave disse atrás deles. Rafa e Felippe se viraram.

- Paolo !

- Felippe fez um aceno de cabeça, educado, e apertou a mão do homem.

- Só estava esperando por você.

- Paolo disse com alegria.
Era um homem baixo, com cerca de quarenta e poucos anos, moreno.
Ele se virou para Rafa e arregalou levemente os olhos. A morena não gostou daquele olhar em cima dela.

- Então esta é a senhora Vargas ? 

- Sim. Esta é minha esposa, Rafaella Vargas. Rafaella, este é o pai da aniversariante, Paolo Calistos.

- Felippe apresentou, arrogante.

- Prazer em conhecê-lo.

- ela disse.

- O prazer é de todo meu, senhora.

- Paolo respondeu, pegando a mão delicada de Rafa e beijando demoradamente.
Ela limpou disfarçadamente as costas da mão no vestido quando o homem largou-a. (auhsuahushauhsua)

- Que sorte teve hein Felippe, em casar com uma dama tão linda e jovem.

- olhou para Felippe.

- É tive muita sorte mesmo.

- ele olhou para Rafa com um olhar maléfico. Ela desviou.

- Desejam beber algo ?

- Paolo perguntou educadamente.

- Me traga um drinque, e traga algo fraco para minha esposa.

- ele disse antes dela sequer pensar em falar.

Paolo se retirou.

- Eu tenho boca sabia?

- perguntou irritadíssima.

- Eu sei que tem, e por sinal uma boca linda.

- disse passando o dedo indicador pelos lábios dela.

Todos os homens que cumprimentavam Felippe elogiavam a beleza de Rafa, era impossível não elogiá-la. Estava perfeita.

Encontrou Aline, e as duas foram conversar longe de seus maridos. A festa até que estava animada. Elas conversavam animadamente.

Rafaella pediu licença e foi pegar algo para beber. Até que uma mão alcançou o copo antes da sua:

- Para a bela dama.

- ela se virou para e se deparou com o sorriso de Paolo que lhe estendia o copo.

- Obrigada.

- Apanhou o copo e começou a se servir.

- Sabe...estou confuso.

- Paolo se aproximou, ficando ao lado da morena.

- Devo perguntar porquê, senhor?

- Como uma moça como você pode estar casada com o cruel Vargas?

- Paolo perguntou, olhando-a de cima à baixo.

- Uma...moça como eu?

- Rafa perguntou
vagamente, querendo sair dali.

-Sim...tão jovem, tão bela, e tão sensual.

- Paolo pegou um cacho do cabelo dela e ela se assustou.

- Não deveria estar casada com um homem tão cruel. É como ver a doce e inocente Chapeuzinho casada com o Lobo Mau.

- Ele comparou.

- Isso é bizarro.

Rafa ofegou, tentando se afastar. Paolo não deixou e chegou muito mais perto. A morena olhou ao redor ninguém notava nada.

- Sou a prometida do senhor Vargas desde que nasci.

- Ela disse.

- Que lástima. A delicada Bela sendo oferecida ao Monstro cruel como sacrifício...

- Pensei que fosse amigo de meu marido.

- Rafa franziu o cenho, se afastando.

- Vargas não se permite ter amigos.

- Paolo respondeu, encurralando Rafa, que arregalou os olhos.

- Com licença, o Monstro veio recuperar sua Bela.

- Uma voz grossa e arrepiante disse às costas de Paolo.
Rafaella suspirou com alivio, já Paolo ficou pálido quando viu a figura de Felippe parado atras dele com um olhar cortante. 

- Fe..Fe-lippe.

- Paolo gaguejou

- Pare de beber Paolo.

- Claro Felippe.

- Paolo se retirou envergonhado.

- Vamos embora.- Ela ouviu a voz autoritária de Felippe ao seu lado.

Rafaella assentiu. Estavam saindo quando Carlotta parou estupendamente na frente de Felippe.

 - Já vão? Ainda é cedo!

- disse passando a mão pela gravata de Felippe. (hã?)

- A festa acabou para mim, Carlotta. Até mais.- Ele respondeu, fazendo um aceno de cabeça e puxando Rafaella.

- Fique um pouco mais, Vargas!

- Um homem, que estava sentado bebendo com os outros, exclamou ao vê-los passar.

- É, e nos deixe conhecer sua belíssima esposa! Teve sorte, meu caro!

- Outro disse, passeando os olhos pelos cabelos macios de Rafa, os seios, a cintura e a coxa exposta pela fenda do vestido.

- Ma qué bella !

Rafaella não entendeu nada, mas supôs que o homem fosse italiano.

- Não, já é hora de eu voltar para casa com minha esposa.

- Felippe respondeu, puxando Rafa ao encontro de seu corpo como se ela fosse algo que lhe quisessem roubar.

Dizendo isso, saíram finalmente da festa. Entraram calados na limousine.
Quando chegaram na mansão, ainda dentro do carro. Felippe ordenou que Tiago ( o motorista ) saísse, e fosse dormir.

Rafa olhou para Felippe. Ele parecia pálido e congestionado.

- Você está bravo ? - ela perguntou num tom preocupado.

Ele se virou de repente para ela, como um louco, e Rafa foi para trás. Ele a agarrou pelo braço.

- Hoje será minha, Rafaella. Hoje iremos consumar este casamento.

Um Casamento forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora