Capítulo 7

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- Felippe Vargas aceita Rafaella Chaves como sua legitima esposa ?

- Sim.

- Olhou para Rafaella.

- Rafaella Chaves aceita Felippe Vargas como seu legitimo esposo ?

Rafaella estava um tanto confusa, ela olhou para Felippe, ele deu um sorrisinho de lado muito lindo, fazendo ela admitir em pensamento. O padre refez a pergunta.

- S-sim.

- disse por fim, selando seu cruel destino ao lado daquele homem.
- Pelo poder investido a mim, eu os declaro marido e mulher.

- Rafella fechou os olhos, triste

– Pode beijar a noiva.
Todos estavam atentos e esperando a cena do beijo. A cena mais ridícula da vida de Rafaella. Um beijo?! Naquela hora, e na frente de todos?
Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Felippe baixou a cabeça e tomou os lábios dela com dureza e possessividade.

Ele lhe ofereceu o braço, ela entrelaçou o dela. Ambos seguiram pelo corredor. Rafaella estava seria. Entraram no carro e seguiram para a festa. Durante o caminho foram calados até Felippe dizer:

- Agora você é minha.

- disse com um ar triunfal

- Eu nunca serei sua.

- rebateu o marido.

- Você sabe que é sim, e arrume essa cara à muitos acionistas e empresários que irão ajudar a empresa, então desfaça essa cara emburrada, o que não combina nenhum pouco com a sua beleza.

- disse apertando o nariz dela por fim. Deixando-a corada.

Rafaella sentia ódio por aquele homem, muito ódio. Ao chegarem no salão da festa, Felippe foi tragado por uma multidão, que praticamente lhe engolfava com falatórios empolgados e tapinhas nas costas. 
Mais tranquila com a ausência daquele homem grande e arrepiante, Rafaella escapuliu para tomar um pouco de ar e beber algo. Estava nauseada com tudo aquilo.

- Não devia estar com seu Marido Rafaella ?

- disse uma voz sarcástica atras dela.
Olhou e viu sua irmã, com um sorriso sínico.

- Desculpa irmãzinha querida, mas eu não lhe devo satisfações.

- devolveu no mesmo tom 

- Nossa, como você é burra, um homem tão lindo e maravilhoso como Felippe lá dentro sozinho e você aqui, tisc tisc.

- Balançou a cabeça negativamente.

- O que a inveja não faz não é querida ?

- Rafaella não gostou do que a irmã disse, e entrou para o salão.
Enquanto ia em direção ao salão, viu seu pai vindo à sua direção, com um semblante totalmente furioso.

- Rafaella !

-  Alfredo se aproximava, lívido.

- Onde você se meteu? Seu marido está te procurando !

- Por quê ?

- ela perguntou assustada.

- Como por quê? Vocês são um casal agora, não podem ficar a festa inteira em cantos separados! Venha já!
Rafaella acompanhou o pai, ainda assutada.
Quando chegaram dentro do salão, Felippe estava sentado à mesa principal. Quando viu Rafaella, seus olhos brilharam. E ela sentiu muita maldade naquele olhar.

- Aqui está ela Felippe.

- disse o pai segurando-a pelo braço

- Agora vou procurar Mirian, com licença.

- retirando-se para o desespero dela.
Não queria ficar sozinha com aquele homem!

Rafaella olhou para Felippe com os olhos arregalados na mesma hora. Ele riu baixinho, parecendo divertir-se. 

- Sente-se, eu não mordo.

- Ele disse em tom inflexível.
Rafaella sentou-se, mortificada. Afastou a cadeira dele, mas Felippe puxou a cadeira (com ela sentada) para mais perto com uma só mão, de uma vez. A morena se assustou com o ato brusco.

- O que está fazendo?

- Não se afaste de mim.

- Ele disse com a voz dura, segurando-a pelo queixo.

Ela sentiu os dedos macios dele tocando seu queixo e sentiu um leve arrepio.

- Agora que finalmente você é minha, não permito que se afaste.- ele disse. 

- Você espera pelo casamento...há muito tempo?

- ela perguntou baixo, para cortar o clima tenso.

- Não, não espero pelo casamento. Espero por você há muito tempo.- ele corrigiu.

Rafaella sentiu o estômago pular. Deus o que estava acontecendo? Por quê aquele homem lhe passava tantas sensações contraditórias e estranhas?

- Mas...como você pode esperar tanto por uma pessoa que nunca viu na vida? Que não ama?

Felippe arregalou levemente os olhos.

- Do que está falando? Você é minha
prometida quase desde que nasceu...e eu sou seu prometido também. Você me amará.

- O homem disse como se fosse a coisa mais óbvia.

- Como sabe?

- Porque eu vou ser seu marido e nós vamos compartilhar uma vida juntos.- Ele endureceu a voz.

 - Confie em mim, você acabará me amando de uma forma ou de outra. Está escrito, não há como escapar do que já é previsto há quase vinte anos. 

- Previsto por meus pais e pelos seus,
o que não quer dizer nada.

- ela rebateu.

- Para um casamento se fazer feliz e para se amar alguém de verdade, nada disso pode ser previsto por ninguém.
Ele sorriu para ela, um sorriso diabólico.

- Gosto desse seu jeito rebelde.

- disse, olhando com o mesmo olhar.
Até que tocaram a Valsa, e ele se pôs de pé e lhe ofereceu a mão, como um convite para dançarem. Rafella nunca havia dançado com nenhum homem, ou melhor com ninguém. Sentiu-se gelada, pois todos olhavam eles, esperando que começassem a dançar. 

Um Casamento forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora