Caixinha de música

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Entramos na casa e ela estava uma bagunça só, a casa estava toda fechada e por isso o cheiro de mofo estava muito forte.

-Nós teremos muito trabalho

-Infelizmente, mas só a gente trazer as ajudantes da minha mãe ou paga para alguém limpa –Disse Robin

-Nós mesmo pode limpa, vai dar trabalho mas nós demos conta

-Pode ser, quando começamos?

-Não sei, pode ser amanha

-Mas nós temos duas semanas então como vamos limpa isso tudo em apenas uma?

-Então começamos hoje então

-Mas e a reunião?

-Eu cancelo, essa não é das fortes –Disse rindo

-Então vamos

-Vai lá para casa pega algumas coisa para limpeza e trás para cá, eu vou ficar aqui para ver o resto da casa

-Ta bom

-Se minha mãe estiver ela que vai ser um milagre e ela pergunta alguma coisa fala que é para coisa atoa, não fala nada sobre isso

-Sim senhora –Disse já saindo

Ele saiu e eu subi para o segundo andar, a casa era muito estranha silenciosa, eu teria que mandar Robin trazer o som lá do meu quarto, pois nem TV aqui não tem. Entrei nós primeiros quartos e não tinha nada alem de ratos enormes, logo que os via fechava a porta rápido, pois era muito nojento. Os quarto não tinham nada de interessante, sempre com as mesmas coisas como o cheiro de poeira, mofo e os bicho, mas logo que tento abrir a porta do ultimo ela estava trancada, olhei para os cantos para ver se via alguma chave mas não encontrei nada, ate que me lembrei que tinha um clipe no meu bolso da calça, o peguei e tentei abrir e com muito cuidado e paciência logo consegui, abri a porta com cuidado pois não sabia o que tinha lá e o porque de estar trancado, olhei para os lados e havia muitas fotos, uma cama de casal, um guarda-roupa velho com poucas roupas dentro dele, o quarto era um suíte pois tinha um banheiro no canto que estava com o piso que era branco estava marrom por conta da poeira. Como um casa dessa tem tanta poeira, meu deus?

Vi que havia algumas caixas fechadas e como a minha curiosidade é grande acabei indo ate elas e abrindo, e achando uma caixinha pequena, eu me lembrava muito bem daquela caixa.
Era uma caixa que tocava musica e tinha uma bailarina, eu havia ganhado do dono da casa pois havia ajudado ele a arrumar o jardim, mas minha mãe não gostou muito de ter ganhado presente de pessoas que ela não conhece então me fez devolver, eu devolvi mesmo querendo muito pois pelas poucas noites que eu fiquei com ela eu sempre deixava tocar na hora que iria dormi, pois eu dormia rápido com a bela musica que tocava da caixinha.

-Regina

-EU TO AQUI EM CIMA

Continuei vendo as coisas na caixa e logo Robin apareceu e se sentou ao meu lado no chão.

-Achou o que ai?

-A minha caixinha –Disse sorrindo –O dono tinha me dado, mas minha mãe me fez devolver

-E ficou triste?

-Mais o menos, pois ele gostava de mim mas depois acabei ficando o dia todo com ele e acabei deixando ele feliz e esqueceu que eu devolvi

-Ele parecia legal, como ele se chamava?

-Olavo, ele era como um pai pra mim

-Do que ele morreu?

-Eu não sei, alguns dias antes eu me mudei para Boston e não vi ele quando voltei para cá, para pegar o resto da mudança que minha mãe tinha deixado e eu vim visitar e avisar que eu iria embora ele tinha ido primeiro –Disse deixando as lagrimas escorrer

-O meu amor –Disse me abrasando – Ele esta em um lugar bom, ele esta olhando para você, Emma e Killian lá de cima sorrindo, ele ta feliz por você ter se tornando essa grande mulher que você é hoje, ele ta feliz por você ter encontrado essa caixinha e se lembrado das boas lembranças que ela trás para você

-Ele foi muito importante pra mim, pois sempre que não tinha minha mãe por perto ele era quem me acolhia, mesmo as vezes me dando bronca por ter fugido da minha mãe e vindo aqui brinca com ele

-Quantos anos ele tinha?

-Ele tinha apenas 97 anos –Disse chorando mais ainda

-Ele foi forte ate o momento que ele conseguiu segurar...

-Ele me prometeu que nunca iria ir embora

-Mas a um dia que todos nós vamos embora, e vamos reunir em uma lugar bem bonito e melhor

-Assim espero, pois quero muito ver ele, e abraçá-lo ate não aguentar mais

-Ele com toda certeza vai gostar muito desse seu abraço

Fiquei encarando a caixinha e pensando em tudo que Robin disse, e voltando ao passado me lembrando de Olavo. Eu amava muito ele e ainda amo mesmo estando longe, mesmo não podendo sentir as suas mãos macias em minha pele, ele foi um herói pra mim e sempre vai ser.

-Quer ir embora?

-Não, eu quero morar aqui

-Você sabe que não pode né Regina

-Porque? Ele era meu paizinho

-Eu sei, mas a casa ainda é dele e ele ficaria triste em saber que você veio aqui e mudou a casa toda, pois eu sei que você vai fazer isso, e mudou a casa toda que um dia ele viveu feliz com as crianças que eram a sua alegria

-É tem razão

-Se quiser nós podemos reforma - lá mas mudar alguma coisa não

-Não, vou deixar do jeito que esta, pois foi assim que estava quando entrei no meu primeiro dia

-Então ela ficará assim

Olhei para ele e sorri, pois Robin por mais novo que fosse ele parecia com o Olavo, era doce, carinhoso, atencioso, sempre fazia as pessoas ir e também tirar do serio.

-Queria saber onde ele esta enterrado

-No quintal

-Ham?

-Quando estava chegando, vi que no jardim havia uma parte sem a grama, eu fui ate lá e lá estava aquelas placas que coloca o nome das pessoas que morreu

-Ele deveria ter um enterro decente

-Amor, aposto que naquela época ninguém tinha muito dinheiro

-É verdade, mas já que ele está lá, eu não vou mexer, pois sinto que ele queria ser enterrado lá para ficar perto de casa onde ele se sente seguro

-Com toda certeza –Disse sorrindo

Deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos, ouvindo a pequena musica que tocava na caixinha de musica.

O irmão da minha melhor amiga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora