Capítulo Cinquenta e Cinco - Ilhabela (Parte X) ~ Alguma coisa para fazer

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(Capítulo impróprio para menores de 14 anos, conteúdo sexual).

KATE BLANK:

Quando acordo, os braços de Ethan envolveram a minha cintura, e não há nenhuma chance de conseguir me desprender de seu corpo quente. Levo minhas mãos às suas e então ele pragueja bem pertinho do meu ouvido.

- Que merda.

- Que foi? - Cochicho, um pouco preocupada.

- Você. Nem tente fazer com que eu te solte. Sabe que não vai rolar. - Encaixa seu corpo perfeitamente no meu, fazendo com que minha respiração fique desregulada.

- Preciso levantar Heiter. - Suspiro impaciente.

- Foda-se. Não me importo com o que você precisa fazer. Me importo com o que você quer fazer. E eu sei que você não quer sair daqui. - Diz. Viro o rosto para encara-lo e me deparo com um Ethan de olhos fechados, resmungando as palavras, com sono.

- Na verdade, eu quero sair daqui. - Dou ênfase. Ele os abre rapidamente e me encara.

- Kate, e-eu... Como assim? - Pergunta, confuso e um pouco assustado. Eu abro um sorriso pervertido.

- Quero fazer outra coisa Heiter. - Digo. Seus olhos são tomados pelo ar do interesse.

- Ah é? E o que seria essa "coisa", Srta. Blank? - Beija o meu pescoço. Estremeço e começo a rir, já que provocou cócegas.

- Queria que você me desse sugestões do que poderemos fazer agora. - Volto a sussurrar. Olho para o lado. - Estão todos dormindo ainda, mas você sabe que não se pode arriscar esse tipo de coisa.

- Tá certo. - Balançou a cabeça e jogou o lençol para longe. Ele se levanta e começa a se vestir, então, enquanto subia o zíper da calça - e eu o via fazer isso - falou: - Tenho milhões de ideias do que fazer com você, e é bom que saiba disso. Mas seria arriscado, você não... você não usa o anticoncepcional e não quero fazer a mesma merda que o Mike. - Seu rosto fica incompreensível e ele olha para os pés, sinto minhas bochechas ficando rosadas. Por questão de segundos, descubro que minha mente não trabalha com a racionalidade:

- Ethan, não me importo de correr o risco. Não com você. - Falo. Ele levanta a cabeça e balança a cabeça.

- Não, você não está pensando direito, Kate. Não está.

- Ethan, eu sei que com você nada disso vai acontecer.

- Não pode abusar da sorte dessa forma. - Comunica.

- Você consegue suportar? - Pergunto, claramente aflita. Ele concorda com a cabeça mas mesmo assim tenta me convencer de não fazer isso.

- Kate, e se por acaso eu não conseguir? Você vai fazer o que? - Pergunta. Ele cerra o maxilar e lubrifica os lábios, cobrando uma resposta que eu não sei se teria.

- Eu iria fazer alguma coisa. E-Eu tomaria a pílula do dia seguinte, vou tomá-la de qualquer forma e...

- Kate... - Ele junta as palmas das mãos, como se fosse rezar. Fecha os olhos, respira fundo e assim que os abre, percebo o motivo de tamanha dramatização. - Caso nada disso funcionar. Caso você ficar grávida... o que vai fazer?

Sei que com essa pergunta ele me pegou. Não tenho uma resposta muito boa para dar. Nada que o faça se sentir mal por perguntar algo assim, ou nada para o incentiva-lo a deixar esse assunto de lado, porque no fundo, sei que tudo o que ele está fazendo, é o certo.

- Eu não sei o que eu faria Ethan. Eu iria precisar de você. Só isso. Forçaria você a ir comigo para os Estados Unidos, e a gente iria descobrir o que fazer. - Falo, torcendo para ser a coisa certa a se dizer. Ele se aproxima, pega a minha mão e à coloca no seu peito, onde sinto seus batimentos cardíacos. Ele a acaricia com uma das mãos e com a outra, toca de leve o meu rosto, tira uma mecha do meu cabelo loiro despenteado e me faz o encarar quando segura meu queixo.

- Ok. Você consegue me convencer a fazer alguma coisa com tanta rapidez, que até me assusto. Mas quero que me prometa uma coisa: se acontecer, você vai me contar e não vai abortar. Nós vamos dar um jeito, certo? - Afirmo. - Agora... Vem comigo! -Estende sua mão e eu a seguro. Ele me guia e atravessa o quarto até o banheiro.

Assim que entro junto com ele, ele se vira pra mim e fecha a porta atrás de nós, passando a chave com cuidado para não fazer barulho. Seus olhos percorrem meu corpo de cima a baixo.

- Sou toda sua Ethan. - Dou um sorriso brincalhão e mordo os lábios, por mania.

- Eu sei. - Fico com vontade de dar um soco nele - por pensar em mim realmente como propriedade dele, e vontade de beija-lo ao mesmo tempo, não sei qual das opções escolher até que ele toma a iniciativa de me beijar. Sua mão desce pela manga da minha blusa e imploro baixinho para que ele não a rasgue, gosto tanto dela.

- O que devo fazer? - Pergunto assim que percebo que o pedi para que me comandasse.

- Tira a blusa. Ela tá só me atrapalhando. - Pede encarecido e eu me apresso em satisfazer sua vontade. Ele cerra o maxilar de novo, mas seus olhos se reviram como se não estivesse suportando a minha presença. - Você é tão bonita, Kate. Não consigo não desejar você. Não consigo nem pensar na possibilidade de não te ter do meu lado.

- Então vem comigo Eth. Vem comigo. - Imploro, me ajoelhando na sua frente, apenas com a parte de baixo do pijama e de sutiã.

- Não posso, Kate. Juro que não posso. - Eu podia ver: ele estava com raiva de si mesmo. Não sabia se queria se matar ou se queria chorar. Tudo em Ethan é indeciso.

- Por que não pode? É claro que pode! - Resmungo. Ele morde os lábios, mas ao invés de me dar a resposta, resolve fugir me empurrando para dentro do box. - O que quer fazer? - Perguntei quando o vi concentrado. Ele passa suas mãos pelas minhas pernas e arranca a minha bermuda do pijama. Logo depois, seus dedos ágeis tiram o meu sutiã e a minha calcinha com precisão.

- Você vai ver...

^*^
Enrolei para postar dessa vez por dois motivos: preciso escrever o restante da história para começar logo o terceiro e último livro, e também porque esse capítulo, junto com o próximo, me pareceram talvez um pouco inapropriados, mas... mesmo assim espero que tenham gostado.


Beijos, Fran...

Dona Do Meu PensamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora