(Leiam com a música aqui acima ❣️)
Passei a mão sobre a página em branco, havia apenas uma rosa murcha colada sobre a folha, já sem cor alguma em suas pétalas pretas pelo tempo.
Respirei fundo sentindo um aperto imenso em meu peito, eu estava sozinha no quarto a algum tempo, a caligrafia no diário era leve e carregada de emoção.
As imagens desenhadas a próprio punho eram fantásticas, aquilo me levava para mais perto da história, me levava para mais perto dos meus pais.
Toquei levemente a rosa murcha e uma onda de choque percorreu meu corpo me transportando para outro lugar.
- Isso é um ultraje! Essa criança não pode existir!. - um homem de certa idade com grandes assas sobre as costas dizia em fúria. - Ela rasgará o véu que nos mantém ocultos!.
- A profecia não mente!. - outro homem disse batendo suas mãos em punho sobre a mesa em que estavam sentandos.
- Se o véu for rasgado o equilibro entre os mundos ficará fraco e poderemos ser atacados!.
- Essa criança deve morrer!.
Todos que estavam na mesa começaram a gritar em aprovação ao que o homem dizia, me afastei olhando aquela cena desaparecer como uma névoa e logo eu já estava em outro lugar.
O campo era verde e uma leve brisa passava, a mulher estava sentada sobre a sombra de uma grande árvore que deixava cair algumas de suas folhas.
- Omma?. - sussurrei para mim.
A mulher passava a mão sobre a barriga fazendo carinho, as lágrimas já desciam pelo meu rosto, eu queria vê - lá de perto mais eu estava presa ali no mesmo lugar, eu só podia olhar de longe.
Um homem se aproximou segurando duas canecas em suas mãos e logo se sentou ao lado da mulher, seu sorriso era encantador e sua beleza incomparável, assim como a de minha mãe.
Me ajoelhei deixando as lágrimas descerem, meu peito doía tanto, eu queria abraça- los, eu tinha tantas perguntas.
- Omma! Appa!. - disse vendo a névoa.
Tudo ficou escuro e uma pequena vela era transportada pela escuridão, me levantei rapidamente e enxuguei as lágrimas seguindo aquele foco de luz.
Mais à frente havia um portão de ferro enferrujado, parei meus passos vendo que era uma mulher que carregava a vela em mãos, aquele portão não me era estranho.
A mulher passou pelo portão com certa dificuldade, eu a segui um pouco de longe, mesmo sabendo que ela não poderia me ver, a vela foi apagada assim que a mulher entrou no local.
- Essa é a igreja que eu fui criada. - disse quando entrei na capela.
A mulher estava ajoelhada aos prantos, fui chegando mais perto, já podia ouvir com clareza o que a mesma dizia.
- Xiiiu meu amor, vai ficar tudo bem. - a mulher balançava os braços. - Eles não vão te encontrar aqui! Você está segura meu anjo.
Passei pela lateral e fiquei de frente para a mulher, havia uma criança enrolada por algumas mantas, a mulher embalava a criança como modo de acalma- lá, era minha mãe.
- A senhora precisa de ajuda?. - ouvi a voz familiar me virando.
Meu pai estava mais novo, a velha batina e o olhar de compaixão, meu pai se ajoelhou vendo o estado em que minha mãe estava.
- Por favor fique com ela!. - estendeu a criança a colocando sobre os braços de meu Appa. - Ela está em perigo! Por favor!.
- Eu não posso ficar com ela!. - o padre dizia desesperado.
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Runnin // BTS
Fanfiction- Calma meu anjo, monstros não existem. Por um longo tempo eu acreditei naquilo, mais conforme você vai crescendo, você percebe que monstros existem sim, e que eles são piores do que você imaginava. Mina descobre que vai morar com sete irmãos em uma...