Escuridao

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- Árvores? Aonde eu estou?.

Sentei vendo a estrada a minha frente, o asfalto estava quente e ao longe o sol estava se escondendo para dar lugar a escuridão.

Levantei olhando ao redor sem entender o que estava acontecendo.

Seria um sonho?

Não! Era muito real para ser um simples sonho.

Uma visão?

É, poderia ser.

Comecei a caminhar pela estrada, meus tênis faziam barulho sobre o asfalto cinza, o vento soprava calmo e balançava as folhas das enormes árvores que cercavam aquele lugar.

O que era aquela sensação?

Senti meu peito leve, eu estava feliz! Nenhum sinal de preocupação nem de medo, do que eu estava fugindo mesmo?

Será que morri? Essa é a sensação de estar morta?.

Continuei caminhando até ver o que parecia ser um...

- Espelho?

Corri até onde o mesmo estava vendo apenas meu reflexo e nada mais, nem a estrada, nem as árvores, nada!

Me aproximei ficando apenas alguns milímetros do espelho, o mesmo nem se quer embaçava com a minha respiração, levantei minha mão vendo o reflexo fazer o mesmo.

Delicadamente encostei meu dedo indicador no espelho, que formou ondas, me afastei um pouco vendo o vidro como quando jogamos uma pedra em um rio.

Aos poucos o mesmo foi se estabilizando novamente e voltou a sua forma original, mais meu reflexo já não estava lá, vi a mulher de cabelos roxos.

- Danbi?.

A mulher sorriu, seu vestido vermelho impecável nem se mexia com o vento que soprava, nem seus longos cabelos se moviam.

- Porque você é tão familiar?.

Danbi esticou seu braço estendendo sua mão, por mais que algo me dizia para não me aproximar eu não conseguia não fazer, era como um imã, como a Bela adormecida atraída pela roca afiada.

Minha mão encostou na sua, a corrente elétrica se espalhou pelo meu corpo e me fez lembrar de tudo, como uma enxurrada devastadora.

- Você não poderá fugir de tudo Mina!. - a mulher disse. - E também não suportará tudo sozinha!.

- Não! Não! Não!. - as palavras escapavam da minha boca.

A feição de Danbi foi mudando, seu rosto estava pálido e queimado, a boca escancarada com dentes afiados e amarelados, os olhos haviam sumido, no seu lugar estavam esferas negras e fundas, a mão que agarrava meu braço tinha garras pretas com unhas enormes que davam voltas.

- ME DEIXA ENTRAR!. - a voz grotesca da mulher disse aos berros tentando me arrastar para dentro do espelho.

- NÃO!. - gritei tentando me soltar.

Meu rosto era banhado por lágrimas, aquele monstro horrível estava conseguindo me arrastar pra dentro, eu queria me soltar, queria meu Appa!

- ME. - o monstro me puxou e eu caí. - DEIXE. - as garras seguraram em minhas pernas. - ENTRAAAAR!. - fui puxada pra dentro do espelho.

- NAAAAAAO!.

- MINA! MINA! CALMA!. - o maior segurava meus ombros.

Abracei Seokjin o mais forte que pude, minha respiração estava descompassada, eu só queria que tudo aquilo acabasse eu não aguentava mais todo aquele pesadelo.

Runnin // BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora