Capítulo 9

15.6K 1K 2
                                    

Ela ofegou no momento em que ele a ergueu nos braços e avançou para dentro do hall do apartamento. As feições boni­tas do rosto de Luke demonstravam determinação e a respira­ção acelerada era tão descompassada quanto a de Louisa.

Com o corpo estremecido pela emoção, ela enlaçou o pescoço dele para manter o equilíbrio. Se a excitação au­mentasse um pouco mais, Louisa sentia que corria o risco de desmaiar e estragar tudo.

Luke a liberou bem devagar, permitindo que o corpo del­gado deslizasse suavemente sobre o seu próprio.

Com o movimento, a saia dela se ergueu aos poucos e a pele nua das pernas roçou o jeans dele, provocando ainda mais tensão erótica.

Finalmente, Louisa acabou aprisionada entre a parede do hall e o corpo poderoso de Luke.

— Estou louco por você desde que nos conhecemos — confessou ele, a voz enrouquecida e os lábios roçando o ponto sensível atrás do lóbulo de uma orelha. — Diga que sente o mesmo por mim.

— Eu sinto — Louisa sussurrou, enlaçando os braços ao redor do pescoço masculino, enquanto ele invadia sua inti­midade, afastando o tecido rendado da calcinha preta e in­troduzindo dedos ligeiros e exigentes.

Ela liberou um gemido ao sentir um calor espalhar-se por todo o corpo. Quando a tensão aumentou, Louisa agar­rou-lhe o pulso.

— Por favor, pare — ela implorou, sabendo que estava prestes a desabar no precipício das emoções e extravasar o prazer que não conseguia mais conter.

— Shh... — ele apenas sussurrou. — Deixe fluir, Louisa. Será bom...

— Não posso... — Louisa revelou com embaraço. A musculatura ficou tensa e ela simplesmente não conseguia se deixar levar pelas sensações. Ele deveria estar pensando que ela era louca ou qualquer coisa assim. Mas ela não se arriscaria a perder o controle sobre si mesma.

— Apenas relaxe, Louisa. Prometo que não irá se arre­pender.

Ela o afastou com as palmas das mãos pressionando o tórax imenso. Odiava admitir, mas nunca se sentira mais exposta em toda sua vida.

— Talvez seja melhor deixarmos o café para outro dia.

— Qual é o problema? — ele quis saber.

— Acho que não estou mais no clima — respondeu, fi­tando o peito masculino.

Luke ergueu-lhe o queixo com a ponta de dois dedos e a forçou a encará-lo:

— Estava tudo indo tão bem e de repente você ficou tensa. O que aconteceu?

Ela balançou a cabeça e prendeu o lábio inferior com os dentes para impedi-lo de tremer.

— O que importa? — ela murmurou, decepcionada con­sigo mesma.

Luke tomou o rosto miúdo entre as palmas de suas mãos e com um polegar acariciou-lhe um lado do rosto.

Louisa sentiu o coração apertado. A ternura e com­preensão que ela via no rosto dele lhe davam vontade de chorar.

— Claro que importa! Olhe, tudo o que precisa é relaxar — ele direcionou as mãos para os ombros dela e massageou-os com delicadeza. — Está completamente travada! Não é à toa que não conseguiu prosseguir.

Vagarosamente ele trabalhou com os dedos em movi­mentos circulares nos ombros e pescoço. Aos poucos a rigi­dez começou a se atenuar. Ele lhe beijou o queixo e depois os lábios.

Com um longo suspiro, ela começou a relaxar.

No momento em que os polegares masculinos acaricia­ram a curvatura dos seios firmes, os mamilos reagiram com espontâneo enrijecimento.

— Está vendo? Você consegue — Luke falou com satis­fação e depois a beijou novamente. E dessa vez explorou um pouco mais o interior da boca feminina, até perceber que ela estava completamente relaxada. Então deu um pas­so atrás e pediu:

— Agora quero apreciar o seu corpo, Louisa.

Ela permaneceu imóvel enquanto ele a livrava do vesti­do. Agradeceu a penumbra que de certa maneira escondia sua timidez. Sentiu o coração dar pulos quando as mãos fortes libertaram o fecho do sutiã e atiraram a peça íntima no chão. Os olhos acinzentados fixaram-se no busto expos­to e em seguida, com os polegares, ele acariciou os delica­dos botões intumescidos.

Ela poderia estar embaraçada, afinal estava praticamente nua e ele ainda vestido. Contudo, o olhar firme e confiante dele a deixava perfeitamente calma. A não ser as pontadas de excitação que começavam na base da espinha e percorriam o corpo inteiro, provocando uma ansiedade quase dolorosa.

Luke inclinou a cabeça e provou um dos mamilos, torturando-o com suaves mordiscadas até finalmente engolfá-los em uma forte sucção.

Ela gemeu e reclinou a cabeça, provocando, fazendo com que o colo ficasse ainda mais exposto às carícias.

Luke aproveitou para dirigir a atenção para o outro mamilo e repetir a mesma e deliciosa tortura.

— Tudo bem. Agora vamos ao ponto central do proble­ma — revelou ele e, introduzindo os dedos na cintura elás­tica da calcinha de renda preta, fez com que a peça deslizas­se e chegasse até o chão. Louisa ergueu um pé de cada vez, para que Luke terminasse de retirá-las. Ela sentia as pernas tremerem.

Ele estendeu a palma da mão para tocar a parte úmida e sensível. Louisa agarrou-se ao pescoço largo e poderoso e ele a beijou.

O desejo crescia entre eles e a urgência parecia impossí­vel de ser contida.

Ela moveu os quadris, induzida pelo toque exigente dos dedos dele. As sensações eram delirantes. O corpo femini­no deu um solavanco no momento em que Luke atingiu o ponto mais vulnerável.

— Não entre em pânico, Louisa. Dessa vez iremos de­vagar.

Ele imprimiu um ritmo cadenciado até senti-la pratica­mente decolando num voo livre e delirante que terminou em uma explosão gloriosa que a fez gritar de prazer.

— Viu só? Não foi tão difícil, foi? — ele perguntou, en­quanto ela enterrava a cabeça no peito musculoso e o corpo ainda estremecia com os últimos espasmos provocados pelo orgasmo que acabara de atingir.

O perfume másculo que ela inspirava era tão bom que Louisa abriu os lábios num sorriso satisfeito. Ela havia conseguido! Era como se tivesse acabado de conquistar o universo.

Ele tomou seu rosto entre as mãos e olhando nos olhos dela, sugeriu:

— Que tal sentir essa sensação de novo. Juntos, dessa vez?

— Parece que tem um plano, não é? Ele sorriu.

***

Sempre AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora