Louisa pensou em exigir que ele a deixasse em paz e que a decisão de ter ou não o bebê era problema dela. Mas estava tão apavorada com a intensidade da raiva que ele demonstrava que apenas murmurou:
— Eu jamais faria um aborto.
Luke estreitou os olhos. Ainda borbulhava de ira.
— Está mentindo! Eu a ouvi marcando uma consulta com um médico.
— Não é o que está pensando — ela argumentou e tentou inutilmente livrar o pulso que ele segurava. — Estava marcando uma consulta com o meu clínico para acompanhar o pré-natal.
— Por quê? — Luke indagou e finalmente liberou o pulso feminino. — Já não está tudo arranjado?
— Não por mim — Louisa friccionou o pulso que exibia a marca dos dedos dele na pele delicada. A ira subiu-lhe à cabeça. O que ele pensava para tratá-la daquela maneira?
— Eu quero ser acompanhada pelo médico da minha confiança. E isso não é da sua conta.
— Não seja ridícula! A dra. Lester é considerada uma das melhores obstetras do país.
Naquela altura, a fúria havia desaparecido para dar lugar a um tom de comando que ela tanto detestava. O espírito de luta e rebeldia apoderou-se de Louisa:
— Eu não me importo nem um pouco se a dra. Lester está no topo da lista dos obstetra mais famosos. A decisão sobre quem deve cuidar do pré-natal é minha. Como também sou eu quem decide se devo ou não ter essa criança — ela gritou o mais alto que podia. Como ele se atrevia a ditar-lhe o que podia ou não fazer com o próprio corpo? — E, caso não tenha notado, sou eu quem vai ter o filho e não você!
Ele franziu o cenho. Contudo não parecia aborrecido.
— Considerando o excelente trabalho que vem fazendo até agora, deveria estar agradecida pelo meu envolvimento
— Luke ponderou. — Afinal de contas, se não fosse por mim, você nem mesmo estaria sabendo que esperava um bebê.
— Mas agora eu sei. Portanto, pode deixar comigo a partir de agora — ela se inclinou e apanhou o celular do chão.
— Quero que me deixe na próxima estação de trem. Decidi voltar para Londres — revelou com o queixo erguido e colocou o celular novamente dentro da bolsa. — E, de agora em diante, pode manter seu nariz grande e intrometido fora dos meus assuntos.
Louisa estava se sentindo vitoriosa — até tentar passar por ele. Luke postou-se na frente dela e, segurando-a pelos quadris, pressionou o corpo dela contra o dele.
— Não vai escapar tão fácil — murmurou ele, em tom ameaçador.
Ela lutou para tentar libertar-se e ele simplesmente segurou as mãos dela pelos pulsos e aprisionou-as contra as costas femininas.
— O que está fazendo?
— Não irá a lugar algum até que cheguemos a um acordo.
— Não há nenhum acordo para chegarmos.
Luke estava tão próximo que Louisa até podia notar alguns traços de azul nas íris dos olhos acinzentados, enquanto sentia o próprio ventre pressionado contra o volume rígido que ficava cada vez mais invasivo.
Ela sentiu o corpo estremecer numa traiçoeira resposta pelo contato com aquela masculinidade pujante. Odiou a si mesma por isso.
— Sou o pai deste bebê — ele afirmou com suavidade, mas havia um tom de ameaça na voz. — O que significa que tenho o direito de dar minha opinião sobre cada detalhe que diga respeito à vida desta criança. Por isso, acho melhor se acostumar com esta idéia. Nunca me esquivei de minhas responsabilidades e não será agora que farei isso.
O fato de Louisa ter negligenciado a hipótese de estar grávida durante tanto tempo era uma arma que ele usava nas entrelinhas, para derrubar as defesas dela. E nisso ela tinha que admitir que ele havia ganho alguns pontos. E sabia que Luke se orgulhava disso, quando viu seus lábios esboçarem um sorriso confiante:
— Por isso é muito bom que não esteja pensando em um aborto. Caso contrário, iria enfrentar a maior luta de sua vida. Ninguém pode ferir o que me pertence.
De certa maneira, Louisa deveria estar agradecida por Luke estar tão determinado a defender o filho, entretanto, não conseguia suportar a sua atitude machista. Fazia com que ela se lembrasse da adolescência e de como o pai insistia em que ela deveria fazer o que ele achava certo, não se importando se ela gostasse ou não. E, se Luke Deveraux achava que poderia decidir sozinho o que achava ser melhor para ela e o bebê, apenas por ser o pai da criança, estava muito enganado.
— Não sou obrigada a aceitar suas ordens, Devereaux. Nem agora e nem nunca. E acontece que estamos falando sobre uma criança e não sobre alguma de suas propriedades.
Ela apoiou as palmas das mãos sobre o peito dele e tentou afastá-lo. Não conseguiu movê-lo nem um milímetro. Tentou outra vez. Nada. Desistiu, sabendo que esse esforço era inútil. O difícil era encarar o sorriso de satisfação que ele exibia.
Luke a mantinha tão colada ao seu corpo que Louisa sentia um volume cada vez maior roçar-lhe o ventre. Deveria ficar indignada, porém os hormônios não concordavam com a razão e o seu corpo vibrava de emoção.
Ela o olhou com censura:
— Pare de agir como um tirano. Sei que é mais forte que eu, mas nos dias de hoje isso não lhe dá o direito de querer me dominar. Portanto, acho melhor me soltar — ela afirmou tentando parecer aborrecida, apesar do tremor na voz.
— Eu a libertarei quando prometer ouvir o que tenho a dizer.
— Tudo bem, sr. Troglodita. Pode falar — Louisa respondeu furiosa com o fato de ele estar usando os dotes físicos para provocá-la, sabendo como ela reagiria.
— Mas isso não significa que irei fazer o que me disser. — Ele aliviou a pressão nos dedos que lhe seguravam o pulso, mas não o suficiente para permitir que ela escapasse. Ela sentia o aroma masculino e a provocante excitação que prosseguia atormentando-a.
— Você prometeu que me libertaria se eu o ouvisse — ela tentou um apelo desesperado para que pudesse se distanciar dele antes que fosse tarde. Não pretendia permitir que Luke a seduzisse num posto de gasolina, ainda que os hormônios gritassem o contrário.
— Fique quieta e pare de bancar a inocente.
Louisa percebeu a tensão na voz dele e espantou-se com as gotas de suor que se formavam na testa masculina. Foi então que ouviu um burburinho de vozes do seu lado direito. Girou a cabeça na direção do barulho e entendeu a razão de Luke estar tão ansioso em mantê-la tão junto dele.
Ela tornou a encará-lo e dessa vez com um sorriso perverso nos lábios.
***
Oi meus Amores.
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Bjs *-*
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Sempre Amor
RomanceO sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela fizesse um teste de gravidez. E, para seu total horror e consternação, o resultado foi positivo! Três meses antes, Luke dera a Louisa uma no...