Louisa desceu a escadaria do hospital e deu um longo suspiro quando atingiu a calçada. Estava exausta. Passara a noite acordada e temia pelo que a ultrassonografia pudesse revelar.
Agora, tudo o que desejava era passar uma semana inteira na cama. Precisava contar as novidades para Mel e cancelar o compromisso para o café. Estava cansada demais para fazer outra coisa que não fosse dormir.
Estava vasculhando a bolsa para encontrar o celular, quando ouviu o guinchar dos pneus de um carro parando bem na sua frente. Ergueu a cabeça e reconheceu o conversível. O último homem sobre a face da terra que desejava ver, acabara de sair do veículo e caminhava na sua direção.
— Já terminou o exame? — Luke perguntou ansioso. Louisa empinou o nariz.
— O que você está fazendo aqui?
Luke segurou-lhe um braço.
— Você está bem? E o bebê?
— O que lhe importa? — ela respondeu com frieza e tentou libertar-se. Não queria que Luke a tocasse, mas estava tão fraca que ele não teve dificuldade em mantê-la segura.
— Apenas responda a minha pergunta. O que o médico falou?
— Ele afirmou que está tudo bem.
Luke relaxou e libertou o braço de Louisa. Depois, suspirou com alívio.
— Tem certeza disso?
— Sim. Tenho certeza. Agora pode ir embora.
Louisa nem mesmo esperou pela reação dele. Girou o corpo e começou a caminhar na direção do ponto de ônibus mais próximo. O que Devereaux pensava sobre ela e o bebê já nem lhe importava mais.
Dera apenas alguns passos quando o ouviu gritar, logo atrás dela:
— Volte aqui! Precisamos conversar!
— Não temos nada para conversar — ela respondeu, sem interromper a caminhada. Se ela caísse na conversa dele mais uma vez, jamais se perdoaria.
Luke ultrapassou-a com facilidade e bloqueou-lhe o caminho com o próprio corpo.
— Por que não me ligou para falar sobre a ultrassonografia e o fato de o médico não ter ouvido o batimento cardíaco do bebê?
— E por que eu deveria? Você deixou bem claro que não queria se envolver em nossas vidas.
— Eu nunca afirmaria isso. O bebê é meu também.
Louisa podia sentir o pânico na voz dele e a preocupação no olhar. Talvez fosse alguma reação de culpa por causa do senso de responsabilidade. Porém, o fato de Luke assumir seu dever, não significava que ele a amasse. Portanto, se não fosse por amor, não lhe interessava a proteção que ele lhe oferecia. Ela se sentia plenamente capaz de lidar com a situação sem a interferência de Devereaux.
— Este bebê não é mais seu filho. É apenas meu. E pode estar certo de que conseguiremos sobreviver sem a sua ajuda. Por isso, pode parar de se preocupar com a nossa vida.
Luke estava tão surpreso com a reação de Louisa que nem mesmo conseguiu falar. Por um instante uma sensação de perda o invadiu. E quando ela tentou contorná-lo para prosseguir na caminhada, ele a impediu segurando-a pelos ombros.
— É evidente que precisa de rnim, Louisa. Como vai fazer para criá-lo? Se eu não assumir a paternidade, ele não passará de um bastardo. E pode acreditar que eu sei a amargura que alguém sente nessa condição. — Então, suavizando o tom, Luke acariciou-lhe um braço e felizmente sentiu uma ligeira reação em resposta. — Pense nisso, Louisa. Você e o bebê precisam de mim.
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Sempre Amor
RomanceO sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela fizesse um teste de gravidez. E, para seu total horror e consternação, o resultado foi positivo! Três meses antes, Luke dera a Louisa uma no...