Capítulo 10

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— Eu realmente tinha o plano de levá-la para a cama... mas acho que não dará tempo.

Recuando um passo, Luke apanhou do bolso traseiro da calça uma pequena embalagem contendo um preservativo.

As mãos dele estavam tão trêmulas que Louisa direcionou as mãos para ajudá-lo.

Luke agarrou-lhe os pulsos e pediu:

— Não. Não faça isso. Não quero desapontá-la.

Ela abriu a boca para protestar e dizer-lhe que não ficaria desapontada com o que quer que acontecesse. Porém, as palavras morreram-lhe na garganta no momento em que ele abriu o zíper e começou a colocar o preservativo. Uma an­tecipação do prazer a deixou entorpecida. Será que já havia visto algo tão magnífico?

Ele a ergueu com facilidade. Os braços fortes ampara­vam-na pelos quadris e mantinham as costas femininas pressionadas contra a parede.

— Enlace suas pernas na minha cintura — Luke pediu e ela obedeceu.

Louisa ofegou no momento em que ele começou a intro­duzir-se dentro dela. O desconforto inicial foi sendo substi­tuído aos poucos por um prazer lento e contínuo.

Após ter certeza de ter conseguido chegar ao máximo da profundidade, Luke começou a mover-se. Ela arquejou afli­ta ao sentir que estava perdendo o controle novamente, à medida que os movimentos dele tornavam-se mais rápidos.

Louisa sentiu a musculatura inteira se tencionar.

— O que houve? Por que ficou tão rígida de repente? — ele quis saber.

— Sinto muito. Não consigo me controlar.

— Não faz mal. Não se preocupe com isso. É que você é tão apertada que não quero machucá-la — ele ajustou o corpo dela de modo mais confortável. — Vamos tentar des­sa maneira.

Ele reiniciou as investidas e dessa vez ela conseguiu re­laxar. Pouco depois, ela ouvia a própria voz gritando exta­siada ao alcançar um clímax de puro deleite que jamais al­cançara antes. E agora Luke também gritava enquanto a seguia no prazer máximo.

"Droga!" — ele praguejou no instante em que desmoro­nou sobre ela. Depois permitiu que o corpo dela deslizasse devagar até atingir o piso.

Louisa sentiu os joelhos bambearem e ele a agarrou pela cintura para equilibrá-la.

— Uau! — ela exclamou com um suspiro. Parecia que as inibições tinham acabado junto com o coquetel perfeito de paixão e excitação. — Então é sobre isso que eu ouvia tantos comentários!

Luke ficou surpreso. Ele supunha que Louisa estivesse sentindo-se dolorida ou mesmo embaraçada. Mas, a julgar pela euforia que ela demonstrava, dava a impressão que ele lhe proporcionara algo que ela nunca experimentara na vida.

— Você não sabia como era?

Enquanto apanhava as roupas do chão e começava a ves­tir-se, Louisa respondeu:

— Apenas para que saiba, é o primeiro homem que con­segue me fazer chegar a um orgasmo. Acho que merece uma medalha. Conseguiu passar no teste de Meg Ryan.

— Fico feliz de receber uma medalha. Mas o que é o teste de Meg Ryan?

Ela riu diante do olhar espantado dele.

— Trata-se de uma brincadeira que fazemos entre as co­legas do escritório, por causa da comédia clássica estreada por Meg Ryan. Ela finge um orgasmo quando transa com Harry. Por isso, o teste de Meg Ryan significa que uma mu­lher não teve um orgasmo verdadeiro — ela deu uma pausa quando sentiu um rubor esquentando seu rosto. — Sabe... O orgulho masculino costuma ser muito frágil e por isso antes dessa noite, eu sempre fingi... — Louisa hesitou. Afi­nal, por que deveria ter iniciado essa conversa?

— Eu entendo — Luke sorriu. As linhas finas ao redor dos olhos se pronunciaram e Louisa sentiu o coração subir na garganta.

— Receio que a minha falta de experiência me deixou carente.

Luke segurou-lhe o rosto entre as palmas úmidas e aca­riciou-a com o canto dos polegares.

— Estou orgulhoso por você não precisar simular seus orgasmos comigo. — O beijo que ele depositou nos lá­bios dela revelavam uma docilidade repleta de ternura e afeição.

— Acho melhor tomar cuidado — ela murmurou, com um sorriso que considerou mais para patético do que char­moso. — Está correndo o risco de eu me apaixonar perdidamente por você.

No minuto em que Louisa acabou de falar, percebeu que havia cometido um erro. Luke ficou tenso e o bom-humor desapareceu de suas feições.

— Se importaria se eu usasse o banheiro por um minuto? Ela piscou duas vezes para encobrir o susto com a súbita mudança de comportamento de Luke, que parecia demons­trar uma espécie de culpa.

— Claro que não! Fica no final do corredor. Enquanto isso, vou preparar o café que lhe prometi.

Ele assentiu com um gesto de cabeça.

— Ótimo!

***

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