Ela nem terminara a frase quando sentiu que seus pés não estavam mais no chão. Indignada, começou a socar o peito que mais parecia uma parede sólida, antes de ser jogada feito um saco de batatas no assento do passageiro. Ouviu a porta ser batida e travada. Louisa ainda forçou com os joelhos para tentar abrir a porta novamente, porém seus movimentos eram restritos graças ao design justo do seu vestido.
No instante seguinte o carro se afastava em alta velocidade, fazendo com que o corpo dela tombasse pesadamente contra o encosto da poltrona.
— Acho melhor colocar o cinto de segurança, antes que se machuque — ele gritou para superar o barulho do motor.
— Deixe-me sair! Isto é um seqüestro! — as palavras saíram num grito furioso.
Manobrando o volante com apenas uma das mãos, Luke aproveitou a que estava livre para apanhar os óculos de sol do porta-luvas.
— Pare de ser melodramática — ele criticou e ajustou os óculos.
— Melodramática?! — Como ele ousava tratá-la desse modo? Nem mesmo o pai dela fizera isso e mesmo assim ela o enfrentara quando ainda era apenas uma adolescente. Com certeza não seria agora que iria suportar tamanha afronta:
— Como pode ser tão atrevido?
Ele diminuiu a velocidade do veículo para poder frear no próximo semáforo e aproveitou para falar:
— Acho que já demonstrei até onde a minha ousadia pode chegar. Você pode escolher entre me enfrentar e suportar outra confusão, em que não conseguirá me vencer ou fazer o que eu digo e preservar sua preciosa dignidade.
Antes que ela pudesse pensar em uma resposta conveniente, Luke engatou a marcha e acelerou assim que o sinal permitiu. Louisa quase saltou no banco.
— Já lhe avisei para colocar o cinto! — repetiu ele, enquanto contornava uma esquina para seguir outra rua. Estava tão furioso que por pouco não atropelou dois pedestres que tentavam atravessar fora da faixa apropriada.
Luisa apressou-se em colocar o cinto de segurança. Afinal, não desejava se matar para salvar o amor-próprio. Em algum momento ele iria parar o carro, então ela aproveitaria para falar o que sentia. Até lá, o melhor a fazer seria ficar calada.
Porém, o plano funcionou por apenas uns cinco minutos. A medida que ele diminuiu a velocidade do carro ao cruzar a Euston Road na direção da Bloomsbury, a curiosidade feminina a venceu:
— Aonde exatamente estamos indo, se é que me permite perguntar?
— Nossa! Quanta educação! — ele exclamou com um sorriso divertido.
— Não precisa ser tão sarcástico! Tenho o direito de saber aonde está me levando!
Luke contornou mais uma esquina, freou e engatou a marcha à ré, retornando até estacionar em frente a um prédio de seis andares, com um terraço no estilo georgiano.
Ele desligou o motor do carro e apoiou um braço sobre o volante.
Direcionou o corpo na direção dela e falou:
— Agendei um horário para você — ele consultou o relógio. — Temos dez minutos — anunciou, como se aquilo explicasse tudo.
Os ombros de Luke pareciam mais largos do que Louisa se lembrava, trajando o terno de excelente qualidade e a camisa branca. Intimidador, ela diria.
Louisa espiou por cima de um ombro dele e leu a placa da rua.
— O que estamos fazendo na Harley Street?
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Sempre Amor
RomanceO sexy milionário Luke Devereaux apareceu no escritório de Louisa, a arrastou para o médico e exigiu que ela fizesse um teste de gravidez. E, para seu total horror e consternação, o resultado foi positivo! Três meses antes, Luke dera a Louisa uma no...