EPÍLOGO

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— Acho que eu a odeio! — exclamou Mel em tom zombeteiro e depositou os óculos escuros sobre a mesinha da piscina, ao lado da espreguiçadeira. Em seguida lançou um olhar insinuante para o biquíni que Louisa usava:

— Como se atreve a já estar assim tão elegante?

—Segredo dos ricos e famosos, querida. E não costuma­mos compartilhar isso com qualquer um — Louisa respon­deu, empinando o nariz e prosseguindo com a brincadeira.

— Grande coisa! — respondeu Mel. — Nunca imaginei que o título de Lady Berwick lhe subisse tanto à cabeça!

Louisa riu ao ver a expressão cômica no rosto da amiga. Ambas sabiam que Louisa ainda não havia conseguido per­der o peso extra que adquirira na gravidez do pequeno vis­conde de Berwick e que agora parecia feliz em sugar-lhe o leite umas vinte vezes por dia.

Talvez Louisa nunca mais recuperasse a figura esbelta a que estava acostumada, porém isso não a importava. Estava mais feliz do que nunca. E, afinal, Luke havia demonstrado naquela mesma manhã o quanto adorava a "nova mamãe".

Na beirada da piscina Luke e Jack conversavam anima­damente. Clare, a filha mais velha do casal, repousava a cabeça num ombro do pai, enquanto Cal e Ella se entretinham no banco de areia que Luke e Jack improvisaram na­quela manhã.

Louisa olhou comovida para os "homens" de sua vida e algumas lágrimas de alegria brotaram em seus olhos. Luke amparava o filho quase adormecido sobre os músculos rígi­dos do peito e inconscientemente afagava as costas do bebê, enquanto prosseguia a conversa com o amigo. "Como Luke poderia ter pensado que não seria um bom pai?", pensou Louisa e ao mesmo tempo afastou as lágrimas que agora escorriam.

— Não sei o que existe nos homens e nos bebês que nos fazem chorar — comentou Mel, também com os olhos ma­rejados ao contemplar sua família.

— Olhe só para nós! Parecemos duas tolas. É melhor pararmos com isso antes que eles nos vejam.

— Não se preocupe. Estão muito ocupados discutindo sobre futebol ou política.

Louisa sorriu e cerrou as pálpebras.

— Como pudemos ter tanta sorte, Mel?

— Não se trata de sorte, Lou. Acho que ambas trabalha­mos duro para conseguir conquistar aqueles dois solteirões convictos.

— Tem razão — Louisa concordou com um murmúrio sonolento e uma expressão feliz. Depois, deu um suspiro profundo e se deliciou com o aroma das flores dos jardins de Havensmere, que ela e Luke plantaram juntos naquela primavera.

Ainda meio adormecida, Louisa lembrou-se de que ha­via se esquecido de tomar a pílula anticoncepcional na noite anterior. E o mais fantástico foi que ela nem mesmo li­gou. Não se importava de encher a mansão de pequenos Devereaux, desde que alguns deles fossem meninas. Afi­nal, ela não gostaria que o time feminino da casa perdesse para o masculino...

FIM

***

Acabou Amoras, espero que tenham Gostado.

 Eu Amei cada segundo.

Continuem comigo, ainda há histórias maravilhosas para serem lidas.

Bjs *-*

Sempre AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora