Capítulo 27

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Louisa podia ouvir o zunido dos insetos se mesclar com o som da respiração acelerada de Luke, enquanto as últimas ondas de prazer se acalmavam.

Ela nunca se sentira mais exausta e nem mais completa em toda a sua vida. Imaginava que Luke já havia lhe mos­trado como o sexo poderia ser bom, na primeira vez em que fizeram amor. Porém, o que ela experimentara naquela noi­te não chegava nem próximo do que acabara de provar.

Ela lhe estudou as bonitas feições e por um momento sentiu um estranho sentimento brotar em seu coração. Não poderia acreditar na possibilidade de estar se apaixonando por Luke Devereaux. Se isso acontecesse ela estaria em tre­menda desvantagem. Não. Não se tratava de amor. Ela es­tava cometendo o erro de confundir sexo com amor.

Uma palmada firme na região polpuda a tirou dos de­vaneios.

— Oh!

— Não se atreva a dormir em cima de mim! — Luke exclamou, fingindo indignação. Depois girou o corpo com ela e erguendo-se estendeu-lhe a mão. — Vamos nos refres­car no lago antes de voltarmos para casa. Depois de termos feito amor contra uma parede e no meio do campo, está na hora de experimentarmos uma cama normal.

— Eu não quero entrar no lago. Quero vestir minhas roupas!

Com toda a facilidade que seus músculos lhe proporcio­navam, ele a ergueu nos braços sem o mínimo esforço e começou a caminhar na direção da água.

— Ponha-me no chão! — Louisa gritava e se debatia para livrar-se dele. — A água deve estar gelada!

Ele prosseguia a caminhada sem se importar com os pontapés.

— A água está fresca e o lago não é muito profundo.

— Mas estou grávida e o choque pode prejudicar o bebê.

— Bobagem. Não vai acontecer nada com o bebê. Ele é tão saudável quanto você.

Louisa deu um grito agudo no momento em que atingi­ra a superfície da água. Estava tão contrariada que se es­queceu de fechar a boca.

Luke não conseguiu conter o riso ao vê-la engolir um bocado de água e depois praguejar em voz alta.

CAPÍTULO DEZESSETE

— Vamos, Bela Adormecida! É hora de acordar! — Luke murmurou. — O café está esfriando!

— Vá embora e me deixe dormir... — Louisa resmungou e afundou o rosto no travesseiro, deliciando-se com o aro­ma refrescante de linho.

— Já que é assim, terei que acordá-la da maneira mais difícil... — Luke arrastou as cobertas pelos pés da cama e Louisa sentou-se num ímpeto, tornando a puxá-las para co­brir-lhe a nudez.

Antes que esperasse, dois braços fortes a agarraram.

— Você é um monstro! — ela gritou, enquanto ele ruma­va para a mesinha do café. — Não estou com fome!

— Bobagem! Você está faminta, como sempre — ele de­clarou sorrindo e a colocou sentada em uma das cadeiras.

— Não vou tomar o café da manhã nua! — ela protestou e, ajustando o lençol no busto, girou o corpo e preparou-se para voltar para a cama.

—Ah, vai sim! Olhe só o que temos aqui! — ele destam­pou uma das travessas e o cheiro do bacon com ovos se es­palhou pelo ar.

Louisa tornou a acomodar-se no assento da cadeira, ten­tada pelas delícias que ele ia descobrindo: salsichas, toma­tes grelhados... O estômago roncou.

— Não vale! Isso é trapaça! — ela reclamou.

— Talvez — ele declarou, enquanto colocava os talheres lado do prato dela e depois um copo com suco de laranja. — E perder faz parte do jogo — ele provocou com um sorriso jocoso.

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