capítulo 22

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Katy

Tentei gritar mas minha voz não saía

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Tentei gritar mas minha voz não saía. O sujeito soltava gargalhadas que me fazia estremecer cada vez mais.

Quem era ele?  Por que eu?

- Não vou te machucar, Katy. Só gosto de ver esse teu rostinho clamando por socorro. Gosto de ver teu sofrimento estampado em seus olhos. Gosto de ver como você fica cada vez que se perde em suas tormentas de pensamentos. - ele nesse momento, desvia o olhar mas logo em seguida volta a fitar meus olhos. - Deve estar se perguntando como sei disso, não é mesmo? - ele solta outra gargalhada. - Eu sempre sei, Katy. - ele continua e seu semblante volta a ser sério.

Seus olhos eram negros, tão negros que era possível se perder em tamanha escuridão. Feito abismo, algo me fazia ficar perdida. Feito um buraco de minhoca, ele conseguia absorver tudo e não devolver nada.

Aquele sorriso de canto era provocador, sua gargalhada me fazia sentir arrepios. Quem era ele? Por que ainda não tentou nada comigo?

- O que vai f-fazer comigo? Eu vou gritar se não me deixar ir agora! - digo.

- Calma. Não vou te machucar. - ele fala tampando a minha boca. - Só quero conversar um pouco com você e lhe dar um aviso. - ele continua.

Resmungo tentando dizer algo mas sua mão estava me impedindo de conseguir dizer qualquer coisa, sem pensar duas vezes, mordo a mesma fazendo com que ele grite e me solte.

Saio correndo para o lado oposto do dele.  Eu queria correr para o meu carro mas ele estava lá e não daria tempo. Então, eu só corri, Mas eu não estava tendo o controle de mim e de repente caí sobre a calçada e senti o gosto de sangue em minha boca.

- Droga! - sussurro.

Olho para trás e não o vejo. Quando volto a olhar para frente, dou um grito e de repente tudo fica escuro.

O sujeito estava na minha frente, ele me deu uma pancada na cabeça que me fez desmaiar.

Como era possível?

***

Um feixe de luz acendia e apagava quando meus olhos piscavam lentamente. Eu estava acordando.

Passo a mão na cabeça que estava doendo muito e havia sangue na minha mão. Eu estava sangrando. Também sentia o gosto de sangue do corte que havia feito em minha boca.

Estava voltando em si quando me lembro do ocorrido. Olho para trás pelos retrovisores e não havia ninguém ali além de mim.

No momento em que eu ia ligar o carro para sair imediatamente do local, uma mulher surge do nada do lado de fora.

- Você está bem? Eu ouvi o barulho, um outro carro bateu contra o seu. - ela fala com um tom de voz desesperada.

- O que? Não... - sussurro fitando as minhas pernas.

   Colecionador de EmoçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora