capitulo 1 - O despertar

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O dia começou como qualquer outro dia, nem sol nem frio, era um clima ameno e sem graça, talvez perdido, como todos os pensamentos de Emma Swan ultimamente. Já era costume todos os dias as cinco da manhã  ela acordar com aquela sensação horrível de estar caindo de um maldito elevador. A noite passada não  fora fácil para ela, do jeito que ela chegou, ela se deitou na cama. Encontrava se agora com toda ela borrada, seu rímel e seu lápis haviam se misturado as suas olheiras de noite acordadas, seus lábios borrados de um batom quase vermelho. E sua roupa cheirando a whisky.  Sua cabeça alterava a cada feixe de luz que entrava pela janela.

Emma arrastou seu corpo para beira da cama como pode, e levou a mão  na cabeça,  massageva suas têmporas afim de aliviar o que parecia uma britadeira. Ela piscou os olhos algumas vezes em busca de tentar ver melhor as coisas. Engoliu a saliva e aquele gosto forte de ferro voltou ao seu paladar.

—Maldição! Porque você  foi idiota assim Emma. — Ela brigava consigo mesma, sabia que tinha feito escolhas ruins na vida, mas sem dúvidas Killian Jones foi a pior delas. Emma resmungava e quase podia ouvir a lição de moral de seus pais. Naquele momento Emma só desejava poder encher a cara, ter o álcool em cada partícula do seu ser, afim de amortecer tudo que ela estava sentindo naquele momento.

A loira respirou fundo e se levantou da cama, seus passos tortos não a derrubavam, mas faziam com que ela se apoiasse nos móveis. Emma estava de certa forma devastada por dentro, foram tantos meses planejando, desejando algo, para chegar naquele minuto onde ela o tinha dentro de si. Sim alguém crescia dentro de Emma, mas não fora nem de longe como ela sonhou. Eram tantos sentimentos variados e notoriamente devastadores que ela tinha dentro de si, ela queria gritar, mas sentia que se gritasse, sua voz seria abafada. De fato ninguém se importaria com sua história. Sua própria mãe disse a ela, " Abriu as pernas, agora seja mulher e daqui 9 meses crie esse filho, e torça  pra não ser mulher, para nao te dar as mesmas desilusões que está me dando." Mary nunca foi uma mãe  carinhosa, ela é seu irmão diziam que o pai sempre foi a parte carinhosa, e que sua mãe era uma sargento do exercício seca e horrível. O telefone tocou, E o ouvido da loira chegou a zumbir. Ela esperava que a pessoa desistisse, mas o telefone continuou tocando incasalvemente, e era menos doloroso atender do que continuar ouvindo ele tocar.

—Emma? — a voz da melhor amiga, fez com que a loirinha apenas começa  se chorar do outro lado. —Ei calma, o que aconteceu lá.

—Killian é  um babaca.

—O que ele fez?

—Fui até a casa dele, primeiro que ele disse que não era dele, pois não  nos falamos há três meses. E depois quando falei que estava de quatro meses, ele me deu um cheque e me mandou tirar.—A gravidez aconteceu toda errada, Emma jamais imaginou engravidar de um homem bêbado que a forçaria mesmo ela pedindo para parar. Mas ainda sim tinha esperança de que Killian só estivesse muito bêbado.

—Oh meu amor eu estou indo pra i.

—Ele teve a coragem de me falar, para tirar esse feto, pois ele não queria ser pai agora.—Emma soluçava, chorava a plenos pulmões, totalmente chateada com tudo aquilo.

—Emma, me escuta,  preciso que você  tome um banho e se acalme, ou vai acabar tendo uma crise daquelas e sozinha.—Emma havia perdido o chão  de tantas maneiras. Várias lembranças atormentavam a jovem fotógrafa. Os planos que estavam sendo feitos. Os detalhes escolhidos depois de longas discussões. A felicidade compartilhada. Os passeios. Todas as festas as quais foram juntos. A preocupação falsa que ele tinha com ela. Seus olhos arderam; lacrimejaram. As lágrimas tomavam conta de seu rosto sem cerimônia alguma. Ela correu a mão  pelo móvel de madeira e apanhou uma carteira de cigarros, chegou a pegar um na mão.

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