"Chamada on"
- Oiii Gigante! - disse assim que ele atendeu.
- Oi Pikena. Tudo bom?
- Não. E com você?
- Calma aí. Não porquê?
- Há alguma possibilidade de vires passar essas férias aqui comigo?
- Acho que há, mas tenho que avisar a minha mãe e tu a...
-Já avisei.
- Ah, ok. Então espera 5 minutos. Vou perguntar-lhe.
- Ok.
[...]
- Já avisei. Ela disse que não havia problema.
- Ainda bem. E só para avisar-te que eu quero-te aqui no máximo amanhã. Entendido? - disse num tom de brincadeira.
- Entendido Capitã! - e começamos a rir.
Ficamos a falar e a rir sobre assuntos aleatórios e quando chegou a hora de jantar desligamos a chamada.
- Então? - minha mãe perguntou quando me sentei à mesa.
- Ele vem amanhã em princípio.
- Quem? O Rafa? - meu irmão perguntou.
- Meninos vão lavar as mãos. - minha mãe falou. Dei um sorriso para ela. - Não fique assim. Pense que manhã seu melhor amigo vai estar aqui para passarem um bom tempo juntos. - beijou a minha testa e foi buscar os meus irmãos que já deviam estar a sujar a casa de banho toda.
Eles vieram e começamos a comer. Assim que acabei fui para a sala e liguei a televisão.
Netflix aqui vamos nós. Me joguei no sofá e me cobri com uma manta.
Deu 3 da manhã e eu decidi ir para a cama. Como assim eu passei quase 6 horas deitada naquele sofá?
Subi para o quarto, vesti o pijama, lavei os dentes e fui dormir.
- Gabi! Acorda! - alguém gritava ao meu ouvido e me abanava.
- É muito cedo, só mais cinco minutos.
- É muito cedo?
- Sim, muito. Agora me deixa dormir.
- Você sabe que horas são?
- Sei, são dez da... - disse eu na esperança.
- São 14:40! E além disso, levanta. Você disse que me queria aqui no máximo hoje e agora só quer dormir?
Finalmente percebi quem era, levantei-me num pulo e me atirei no colo dele.
- Só percebeste agora que era eu, não foi?
- Sabes como eu sou. Deixa de implicar. - beijei a sua bochecha e voltei a sentar-me na cama.
- É que nem penses em deitar-te nessa cama outra vez! Levanta-te agora. - ele disse e eu resmunguei.
- Mas eu estou com sono.
- Mas eu não. Agora levanta-te.
- Ah, tabom seu chato. - disse e comecei a correr para a casa de banho.
Tranquei a porta e fiz minha higiene matinal. De seguida, fui no meu closet escolher uma roupa. Peguei na primeira que me apareceu à frente e vesti.
Quando voltei a entrar no quarto ele estava mexendo no telemóvel.
- Vem, vamos tomar o pequeno almoço. - puxei-o.
- Pequeno que? Já são quase 3 da tarde!
- Mas eu ainda não comi nada e como acordei agora tenho que tomar o pequeno almoço. É a refeição mais importante do dia! - comecei a rir com as próprias palavras. - De qualquer forma, vamos.
Fomos lá para baixo e minha mãe e meus irmãos estavam lá fora. Dava para ouvir os gritos deles a brincar.
- Boa tarde Ellen. - disse sorridente. Coisa que não tenho estado ultimamente.
- Boa tarde. - disse o Nathan.
- Boa tarde meninos.
- Pode preparar qualquer coisa para eu comer? - perguntei.
- Claro. O que vais querer?
- Qualquer coisa. - sorri.
Ela foi fazer "qualquer coisa" e eu fiquei na conversa com o Nathan. Contei-lhe o que aconteceu e ele ficou tão chocado como eu.
A Ellen me entregou a comida e, assim que acabei, fomos lá para fora.
- Boa tarde Bela Adormecida. - minha mãe disse. Fui ter com ela e beijei sua bochecha.
- Oii! - meus irmãos vieram a correr ter comigo.
E o que aconteceu? É óbvio que caímos no chão.
- Para que isso tudo? - perguntei rindo.
- Você está crescendo muito rápido. - meu irmão disse.
- Sou só eu? - perguntei.
- Mas não somos nós que daqui a um tempo vai sair de casa! - disse minha irmã de braços cruzados.
- Sim, eu vou sair, mas eu venho aqui sempre. - sorri e abracei-os.
O Nathan e minha mãe só estavam vendo a cena. Me levantei da relva e fui pro baloiço, chamei o Nathan pra vir junto.
- Então, como se está saindo na escola? - ele perguntou e eu olhei pra ele. - Esquece, nem sei porque perguntei. - rimos os dois.
- Mas por acaso ainda não fui ver as minhas notas.
- Se quiseres podemos ir. E no caminho comemos um gelado.
- Pode ser. - me levantei e puxei-o.
Fui buscar as minhas chaves de casa e saímos. Decidimos ir a pé mesmo.
No caminho estávamos a falar de coisas completamente aleatórias. Chegamos na escola e fomos ver as notas que estavam afixadas.
"Aluna Gabriela Cooper - média de 18"
Sorri ao ver a minha média. É um BM começo para a faculdade que quero fazer.
- Parabéns! - ele me abraçou.
- Obrigada. - sorri. - Mas agora vamos comer o gelado, preciso de doces. - comecei a saltar.
- Só mesmo tu. - ele riu-se das minhas figuras e eu parei porque percebi que os funcionários da escola estavam a olhar para mim.
Puxei-o dali para fora e começamos a rir, muito mesmo. Só mesmo eu.
Seguimos até uma gelataria e pedimos os gelados. No caminho para casa encontramos o David.
- Oi. - comprimentei-o.
- Oi Gabi.
- Então, como vão as férias?
- Vão bem. E as tuas?
- Vão indo...
- É, eu soube, qualquer coisa que precisares eu estou aqui ok? - beijou a minha bochecha e foi embora.
- Que cara é essa? - perguntei.
- Não é nada, só não confio muito nele.
- Ah, Nathan. Ele é meu amigo agora. E você ouviu, ele vai estar lá para mim.
- Ok, vamos deixar este assunto de lado.
Ele passou o braço por volta do meu pescoço e fomos andando até casa.
---------------------------------
Bjs, boas leituras.
Ilysm😘😘
VOCÊ ESTÁ LENDO
Should We Try?
Teen FictionA simples vida de uma adolescente chamada Gabriela. Ela tem uma vida muito fácil... pelo menos até aos 17 anos. Ela vai passar por muitos desafios na companhia da sua melhor amiga, Diana. Mas será que só uma pessoa é capaz de entender e ajudar a Gab...
