Goodbyes

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Pov Rafa

Eu estava ali, dentro daquela p***a de hospital, olhando ela dormir.

- Eu amo-te. - cheguei perto dela e apertei sua mão. - Acorda logo para irmos para casa.

- Nathan? - ela acordou falando. Caiu-me uma lágrima, de felicidade por ela ter acordado, mas de tristeza pelo nome que ela acabara de dizer.

Limpei a lágrima e não me pronunciei. Saí do quarto.

- Ela está te chamando. - falei para idiota que ela chamou. Sim, eu continuo sem confiar nele.

Ele levantou-se da cadeira sem entender e foi até ao quarto. O ponto de interrogação na cara de Diana era evidente.

- Estás bem? - Diana perguntou olhando para mim.

- Melhor não podia. - me sentei na cadeira sem jeito.

- Vocês podem ir para casa se quiserem. Já estão aqui à muito tempo. Tentem descansar um bocado. - aconselhou a mãe da Gabi.

- Não sei quanto ao Rafa, mas eu vou ficar. - a Diana disse. - Se quiser pode ir. - ela dirigiu-se para Jennifer.

- Ok, mas eu vou falar com ela primeiro. - disse ela. - E tu, Rafa?

- Visto que ela não se lembra de mim, acho que vou a casa ver a minha mãe e arranjar-me e já volto. - disse sem animo nenhum e levantei-me para ir embora.

Pov Gabi

- Olá. - o Nathan entrou no quarto.

- Oi. - sorri.

- Não sorrias como se isto fosse real.

- Mas é real.

- Não. Tu só estás a ser assim comigo porque não te lembras de tudo o que passaste. E até estou a "gostar". Mas sei que não é verdade e que não é o melhor. Devias tentar passar tempo com o Rafael, não comigo.

- Mas eu nem o conheço.

- Tenta conhecê-lo. Por muito que me custe dizer, e por todas as nossos desencontros, ele é um bom rapaz.

- Não sei se vou conseguir.

- Eu sei que vais.

Pouco depois a minha mãe entrou, ficou um tempo a falar connosco e depois disse que ia a casa.

Ficamos o resto da tarde a falar de assuntos aleatórios.

Uns dias depois...

Ainda estou no hospital, mas soube que vou ter alta hoje, finalmente. Já estava farta de estar dentro deste edifício branco e monótono.

Várias pessoas me vieram visitar, a Gi, a Megan, que não me lembrava mesmo de sequer ter conhecido, a prima do Rafa, que deu bastante na minha cabeça para eu 'voltar' com ele, e os rapazes

Fiquei feliz por virem, mostraram que se importavam comigo mesmo eu não me lembrando de muito.

Num dos dias que passei aqui o médico sugeriu fazer uma ecografia então aceitei.

Pude ouvir o coração do(a) bebé e, confesso, comecei a chorar assim que o batimento começou a soar nos meus ouvidos.

Nessa "consulta", como o médico já tinha avisado, podia estar acompanhada de alguém, então pedi para que o Rafa fosse. Se ele é o pai do(a) bebé não vou privá-lo de nada que tenha haver com a criança. E, como suponho que essa foi a primeira consulta, quis que ele assistisse.

Até que correu bem a consulta e não me senti desconfortável à frente dele.

Ainda não deu para ver o sexo do(a) bebé pois ainda é cedo.

O médico Isaac entrou na sala e voltou a repetir aquilo que fazia todos os dias, ouvir a minha pulsação e perguntar como estava.

- Aqui está a carta da alta. A partir de este momento está 'livre' para sair daqui. - sorriu. Nossa, que sorriso. - Sei que não é muito bom ficar preso dentro de um hospital por tanto tempo. Eu próprio já tive essa experiência.

- Sim, foi horrível. Mas acabou. - festejei levantando os braços.

- Bem, tenho que ir ver os outros pacientes, mas se precisar de alguma coisa, sabe onde me encontrar. - voltou a sorrir e saiu.

Me levantei daquela cama onde passei demasiadas horas e fui pegar as minhas coisas. Peguei nos anéis e o colar que me tinham sido entregues e fiquei a olhar para eles durante um tempo.

- Oi. - o Rafael entrou no quarto depois de bater na porta.

- Oi. - virei-me para ele e o mesmo encarou as minhas mãos. - Não chegamos a falar sobre isto.

- Pois... Ouve, eu não te vou pressionar, se tu não te sentires..

- Eu sei... E eu não posso ficar com eles - peguei na mão de Rafa e os pousei na palma de sua mão. - Desculpa.. Só não quero ficar com anéis no dedo e um colar ao pescoço que não são reais para mim.

- Eu entendo, mas peço-te que não desistas. - passou a mão na minha bochecha.

- Não vou. - dei um sorriso de canto. - Além disso temos um bebê para cuidar. - retribuiu o sorriso.

- Quero que saibas que isto não é muito a minha cena mas estou a dar o meu máximo e também que te amo. - disse isso e tentou me abraçar, dei um passo para trás por impulso. - Certo, desculpa. - limpou uma lágrima que tinha acabado de cair em seu rosto. - Vou indo, nos vemos lá fora.

Disse e virou as costas se preparando para sair. Toquei em seu braço e ele se virou novamente.

Pus-me em pontas do pés e pus os meus braços ao redor do seu pescoço, iniciando um abraço. Senti ele encaixando a sua cabeça em meu pescoço, o que me fez arrepiar pois senti a sua respiração sobre a minha pele. Soltei os meus braços devagar e fiquei o encarando por um tempo, apreciando cada traço da sua face.

Sem dizer uma única palavra, ele saiu do quarto e me deixou ali sem saber o que fazer. Me sentindo a adolescente mais confusa do mundo, sentindo um vazio dentro de mim, sentindo a falta de algo, talvez...

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Sou muito cruel em acabar assim a temporada?

Desculpem por só agora postar, só agora começaram as minhas férias de verdade e não estava com muito tempo.💥🤭💓

Ilysm,

Bjs e boa leitura.😘😘

Should We Try?Onde histórias criam vida. Descubra agora