Truth about someone

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*2 dias depois*

Pov Gabi

Estou neste momento deitada no sofá, como disse que iria ficar, a ver todos os episódios de séries que posso.

O último episódio acabou e eu fiquei um pouco triste, porque realmente era uma boa série. Levantei-me do sofá e fui até à cozinha para comer qualquer coisa. Peguei num pedaço de bolo que tinha em cima do balcão e num copo de sumo.

Comi e quando acabei me dirigi ao meu quarto. Decidi ficar a mexer no meu telemóvel. Fui no meu Instagram e a primeira coisa que me apareceu à frente era a última que eu queria ver.

"Realmente umas boas férias @StephyCollins"

Estava na legenda de uma foto do Rafa e da P-U-... Stephanie, ups. No fundo da foto dava para ver a casa branca. Nesse momento caiu-me uma lágrima. Eles estão a usar as férias que supostamente...

Levantei-me rápido e fui lavar a cara, não quero deixar cair nem mais uma lágrima por ele. Olhei-me no espelho.

- Tens que ser forte. - disse para mim mesma.

Saí da casa de banho e fui ter com a minha mãe no quarto dela. Bati à porta.

- Pode entrar. - ela disse. Vi que ela tinha demasiada papelada à frente.

- Desculpa, eu não queria te interromper. - ia sair.

- Não, não se preocupa. Eu também tenho que me distrair um pouco destes números e papéis e mais números e papéis. O que era?

- Ah,... Hum... Será que...

- Gabi, vem aqui. - ela fez sinal para eu me sentar na cadeira. Me sentei. - Fala comigo, com calma. O que quer pedir?

- Como sabes que vim te pedir alguma coisa? - ela revirou os olhos.

- Pelo simples facto de seres minha filha.

- Ok, entendi. Mas então uma pessoa pode vir aqui nas férias?

- Que pessoa? E como assim?

- Tipo ele dormir aqui e assim...

- Ele quem?

- O Nathan. Eu quero companhia e ele é meu melhor amigo...

- E a Diana?

- Vai passar as férias com o Lucas!

- A Gisele?

- Henrique!

- Seu nam...

- Foi de férias com a Stephanie! - a interrompi.

- Como assim?

- É, nós estamos brigados por causa...

- Deixa, não precisa falar se não quiser! - fiquei calada. - Eu te entendo, eu já fui da sua idade, eu já tive meus relacionamentos e eu sei que é difícil. Agora vai lá ligar para o Nathan. - abracei-a o mais forte que conseguia. - Não me esmague.

- Desculpa. - uma pergunta martelava na minha cabeça, mas eu não sabia se devia de perguntar ou não... - Mãe, posso te fazer uma pergunta...

- Claro.

- ... sobre o meu pai?

- Ah,... Sim. Pergunte o que quiser!

- Como vocês se conheceram? Você nunca me chegou a contar isso e eu sempre tive essa curiosidade.

- No meu trabalho. - ela riu-se ao lembrar-se. - Eu trabalhava numa loja de roupa e o seu pai trabalhava na empresa em que entregavam as roupas lá. Eu era a encarregue disso tudo, até que um dia, no meio dessas trocas, ele pediu meu número eu, ainda com receio, dei. Mal sabia eu o que ia sair dali. Ficamos conversando e, como sempre acontece, o amor acabou por aparecer. Tínhamos 20 anos nessa altura. Nós estávamos namorando, mas como nenhum namoro é como nos contos de fadas, eu errei. Sim, eu. Eu traí o seu pai e me arrenpendi muito depois. Foi difícil, mas eu contei para ele, eu não queria que ele descobrisse por outras pessoas. Ele ficou furioso, e com razão. Nós nos separamos. Um mês depois eu descobri que eu estava grávida e eu tinha certeza que era dele, eu fui para lhe contar, mas ele não acreditou na minha palavra. Disse que você não era dele. Então eu desisti dessa vez. Mas minhas amigas sempre me ajudavam então elas me convenceram a falar uma vez mais com ele. Uma semana se passou e a coragem apareceu. Liguei para ele e pedi para que fosse em.minha casa para falarmos. Ele veio, eu contei de quanto tempo eu estava grávida e ele pode verificar que as datas correspondiam. Ele aí já acreditou, não totalmente, mas o suficiente. Ele deu-me um dinheiro pra mim e pra você e disse que voltaria... - minha mãe suspirou e as lágrimas estavam rolando na cara das duas. - Ele saiu do prédio e foi à sua vida, pensei eu. Uma hora depois ouvi ambulâncias a chegar. Me enrolei em uma manta e desci o prédio. Vi quem era e... bem, você entendeu...

- Eu não... eu não fazia ideia...

- É, mas ele teria sido um bom pai, tenho a certeza! - abracei-a.

- Te amo.

- Também te amo filha. Mas agora vai lá ligar para o Nathan.

- Ok! Obrigada.

Saí do quarto e fui para o meu quarto. Peguei no meu telemóvel e marquei o número.

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Capítulo meio sad. Mas agora ficam a saber um pouco de como "tudo começou".

Espero que tenham gostado do capítulo. Desculpem ter andado um pouco ausente, mas não tenho conseguido escrever.

Amo-vos a todos.

Beijos e boas leituras.😉😘😘

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