10 - borboletas

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A garota segurou minha mão, porem eu levantei a deixando só, indo pro banheiro.

- Nathalie, oque esta fazendo aqui? - o barman falou isso enquanto eu via um assassino no espelho.

(...)

A reunião foi incrível, como sempre, o pastor falou aquele versículo " bem aventurados os que choram, porque seram consolados"
E pregou em cima disso.
Quando a reunião acabou puxei Blue, sua avó nem a esperava, então não teria problema.
Como sempre, estava radiante.

Talvez Nick tivesse uma ponta de razão, sinto algumas borboletas quando estou perto dela, mas não sei se apenas sou muito agradecido, ou se estou gostando dela.
Afinal, eu só usava as garotas quando estava afim, sinto nojo de mim mesmo por isso.

- você sabe muito sobre mim, e eu não sei quase nada sobre você...- murmurei olhando ela quando finalmente nos sentamos no banco de uma praça no caminho.

- bom, meus pais morreram num acidente de avião, eles tavam indo pra algum lugar e o avião caiu, e então fui criada pela minha avó, vim de Sumol uma cidade media perto de Los Angeles, me converti com 15 anos, quando cansei de ser uma garota revoltada e procurei a verdadeira felicidade. Jesus. - ela riu - só tenho três anos de igreja sendo assim, terminei os estudos com 17 e agora faço faculdade de historia, quero ser professora, mas acho que falta bastante ainda. Acho que contei tudo. - ela deu de ombros e cruzou as pernas me olhando. - sua vez.

- há, eu sou complicado você sabe - ela levantou as duas sobrancelhas me incentivando a falar- bom não se assuste - ela meneou a cabeça- quando eu era pequeno eu era violentado pelo meu pai- ela arregalou os olhos, eu sabia que ia se assustar, continuei - e então um certo dia eu vi ele... - corei, me lembrava como se fosse a horas atrás- na minha irmã, e então peguei um vaso e bati com raiva, muita raiva na cabeça dele, não imaginei que ele iria morrer com a pancada, achei que ele estaria desmaiado, porém quando a ajuda chegou ele já estava frio. Minha mãe começou a me odiar, mesmo alguns exames dando que eu era violentado, ela amava muito o meu pai e depois que eu ... Er, ela me exilou e eu comecei a me cortar e a beber porque eu acreditava no que ela dizia, que eu era um monstro. Um assassino. - incrivelmente, eu não estava chorando, eu não tinha mais o peso do meu pai sobre mim.

Ela apenas me abraçou.

(...)
2 meses depois...

Era sábado, estava jogado no sofá sem camisa quase dormindo, minha irmã estava no chão lendo isolada quando a campainha tocou.

Ela levantou num pulo, estava aprontando eu a conhecia, colocou o livro de qualquer jeito na mesa e foi pra porta mudando totalmente de vigor.

- eu te chamei aqui pra Ver um filme Blue - quando ouvi o nome dela meu coração acelerou, e as borboletas voltaram ao meu estômago - mas eu não tô me sentindo muito bem, você pode ficar aqui com meu irmão, eu ate já tinha feito até a pipoca.

- nossa, mas você tá se sentindo muito mal eu posso te ajudar? - a feição de Blue caindo na da Nick foi ótimo.

- não, não, eu devo ficar melhor com um bom descanso - ela sorrio, nesse instante em que elas entravam na sala lembrei que estava sem camisa.

Blue corou muito,e praticamente não me olhou envergonhada.

- vou colocar uma camisa - disse subindo as escadas, quando voltei com uma blusa de manga, Bué estava só com dois pacotes de pipoca, brigadeiro e um edredom.
Nickola é ridícula.

- desculpe pela recepção - sentei no sofá, ela deu de ombros.

- seus braços são todos marcados mesmo - murmurou, eu sentei no chão ao lado dela e abri a pipoca.

- pois é, espero que um dia suma. - levantei e fui pegar refrigerante. - oque vamos fazer?

- não sei, ver um filme? - ela ergueu um pouco os lábios- ah, vai sumir, você é pálido - ela se aproximou mostrando algumas marcas, ela está praticamente em cima de mim, de um jeito inocente.

- pálido e lindo - disse levantando o rosto dela pra mim, sorrio ainda inocente.

- palido, lindo e principalmente humilde. - disse se sentando no chão novamente. Eu ri.

- não gostei do seu tom irónico moça - ela arqueou uma sobrancelha

- você que é desulmilde - ela deu uma virandinha de cabeça encantadora, borboletas, era ridículo a conhecia a pouco tempo. Mas eu parecia um bobo a olhando, algo que nunca senti por nenhuma garota.

- pare de me olhar assim Lhou - ela me deu língua e semicerrando os olhos virou o rosto.

- pare de ser assim.. - fiz um bico olhando a tv desligada.

- assim como ? - ela franziu o cenho me olhando
A coragem veio a tona.

- apaixonante - infinitas borboletas, a puxei para mim numa ação rápida e a beijei.
Poderia levar um tapa na cara depois, mais eu queria muito aquilo, de uma hora pra outra.
Aprofundei mais o beijo, só paramos quando ouvi um barulho de plástico caindo no chão.

Olhamos pra cozinha. A suposta
garota que estava se sentindo mal pegava um pacote de salgadinho.

- desculpa - Nick murmurou constrangida, olhei o rosto de Blue meio corada.
Eu a abracei, ela se aconchegou no meu peito.

- eu gosto de você. - sorri, ela gostava realmente de mim, as garotas com a qual eu fiquei geralmente falavam " eu te amo"
Um eu te amo falso.

- eu também Blue, acho que não podemos ficar assim. - eu murmurei

- sim, isso foi errado, mais eu deixei, a culpa também foi minha, mas eu aceito orar com você - ela sorrio me encarando no fundo dos olhos

- eu não pedi ainda, sua convencida- disse rindo.

Ela revirou os olhos, e estendeu o dedo mindinho pra mim.

Então cruzamos nossos mindinhos.

- seja feita a vontade de Deus - sorrimos, algo reciproco.

Então eu abracei ela com carinho.

".postei um capitulo apresentando os personagens, foi mal por não fazer isso antes, e o primeiro capitulo, qualquer duvida é só ir lá ok?
De estrelinha pra deixar essa garota feliz,
Beijocas "

Pedaços de um coração partidoOnde histórias criam vida. Descubra agora