Era dez de dezembro, fim das aulas da faculdade e entrega de diploma pra mim.
Estava feliz, finalmente poderia exercer minha função com êxito.- parabéns - Blue diz passando a mão no meu rosto
- Se livrou de nós - Thay diz dando um tampinha fraco no meu ombro.
- graças a Deus - eu ri e ela me repreendeu com o olhar.
- vamos pra algum lugar? - Oliver questionou.
Fomos para uma lanchonete e ficamos conversando a manhã toda, assuntos aleatórios, ale o casal vinte ir embora.
- eu vou sair de casa, já está na hora - disse olhando Blue, e acariciando seu cabelo ruivo.
- eu já estou saindo - disse rindo
- nem me lembre disso - respirei fundo.
- sabe oque eu lembrei, do seu presente de aniversário. - eu sorriu singela
- A carta, já posso abrir, a curiosidade volto - disse animado
- vai ter que esperar porque está comigo, te aluguei, paguei pra Thay. - eu ri
- nossa, eu tenho duas donas agora - dei de ombros.
(...)
Eu ainda tinha que trabalhar, então quando deu meu horário fui pro posto.
- cadê Liz? - questionei olhando o mercado todo, não sei porquê mas estava com um mal pressentimento.
Liguei pra ela.
- Liz?
- oi - sua voz estava estranha
- cadê você, tá tudo bem?
-tá tudo ótimo. Obrigado por perguntar - ela riu, um riso forçado.
- então venha trabalhar preguiçosa! - ela riu de novo dessa vez de verdade, eu a conheço.
Desliguei o celular, esperava que ela aparecesse logo, mas não aconteceu.
O mesmo sentimento voltou a tomar conta de mim, algo não estava certo, algo ruim aconteceria, eu estava muito incomodado. Assim que deu meu horário fui pra casa dela impulsionado porbessa angustia.
Bati na porta. Quatro vezes, então me atrevi a girar a maçaneta, estava aberta.
- Liz, desculpa entrar assim, mas... Eu preciso ver você muito, depois você me bate- eu ri imaginando que ela bateria mesmo, quando entrei na cozinha vi a pior cena do mundo.
Liz estava desmaiada no chão da cozinha, um corte imensamente fundo em seu pulso que ela jurara não cortar mais.
Droga. Eu não sabia oque fazer, olhei se ela estava respirando.
Liguei pra ajuda, e então liguei pra Blue chorando muito.
- amor
- ai meu Deus oque houve Lorham? - nem tinha falado nada ainda, mas eka conhecia ate minha voz trémula
-minha amiga tentou se matar eu.. - ela me cortou
- já chamou ajuda?
- já, mas seu coração está batendo muito fraco, ela vai morrer.. - me cortou novamente
- que isso Lorham, use a sua fé que ela ficara bem, você não acredita mais não?- me repreendeu, quem me trouxe até lá foi Deus, eu sei disso.
Eu toquei seus cabelos e desci as mãos até a veia no seu pecoço, pulsava fraca.
Orei com força e muita fé, tirei fé de onde não tinha e disse " Meu Deus, agora eu sei que ela volta a acreditar em ti"
Meu choro se intensificou, senti seu pulso mais forte ouvindo a ambulância ao longe, Deus a salvou.
" obrigado" sussurrei
Blue ainda estava na linha, mas eu só conseguia chorar, Liz era alguém com a qual eu me importava muito, eu a amava.
A toquei de novo, senti seu pulso, uma onda de duvida tomou conta de mim.
A toquei mais uma vez, não tinha pulso.
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Pedaços de um coração partido
SpiritualEssa é a historia de Lorham, um garoto aparentemente comum, porém escondia várias marcas, não só externas, marcas na alma de um passado frio e solitário, onde ele estava perdido e imerso numa solidão constante, e mesmo assim ainda sorria e fingia q...