Din-don.
Din-don.
Din-don.
A campainha toca insistentemente lá em baixo enquanto leio sossegadamente um livro em meu quarto. De repente ela para. Suponho que Alguém deve ter aberto a porta. Da janela do meu quarto vejo fogos de artifícios irrompendo no escuro céu noturno. As cascatas coloridas se espalham lindamente lá no alto avisando a toda cidade da comemoração pela vitória dos Hell's Bulls no jogos municipais que aconteceram ontem. Desde então a cidade está em êxtase e não se fala outra coisa nos jornais locais ou nas redes sociais a não ser do excelente desempenho dos atletas e da brilhante vitória em cima do time vencedor veterano dos últimos anos. E a grande estrela da noite não poderia ter sido outra, Antony Sanders.
Escuto passos urgentes subindo as escadas. Batidas aflitas reverberam em minha porta. Reviro os olhos. A última coisa que quero no momento é ser incomodada, justamente na parte mais emocionante na história.
— Querida, a mãe do Antony está lá embaixo querendo falar com você.— anuncia minha mãe após abrir a porta.
Levanto a cabeça e fito-a.
— porque ? Alguma coisa aconteceu?
— Ora, eu não sei. Mas ela parece estar preocupada.
Penso nas minhas opções e avalio seriamente pedir a minha mãe que diga a ela que estou dormindo ou alguma coisa do tipo que evite com que eu tenha que encontrá-la.
— Nem pense nisso. Não vou mentir pra ela. Desça e vá lá falar com a mulher.— ordena minha mãe como se lesse meus pensamentos.
Lentamente deixo minha cama e desço ao seu encontro. Lá em baixo vejo uma pessoa familiar sem o habitual sorriso que costumava acompanha-la aonde quer que fosse. Nesse momento ela está visivelmente transtornada e abatida. Sinto um calafrio subir a espinha.
— Boa noite senhora Sanders.
— Elize! Graças a Deus ! — seu rosto sombrio se ilumina — meu anjo preciso da sua ajuda.
— Pode falar. Seu eu puder ajudar, farei com prazer. — sorrio levemente a fim de tranquiliza-la. — a senhora não gostaria de sentar e tomar alguma coisa?
— Oh, não. Serei breve. É sobre o meu filho.
Enrijeço.
— Ontem foi o campeonato de basquete e como você dever ter sabido, o time dele venceu. — ela lambe os lábios — Desde então o Antony saiu para festejar com seus amigos e não deu mais notícias. Liguei para o seu celular várias vezes mas ele não atende. Queria poder ligar pra as mães dos seus colegas mas não sei o número de nenhuma. Eu.... não sei mais o que fazer... estou muito preocupada. Você sabe onde ele pode estar?
— Senhora Sanders... — seus olhos miúdos castanhos cintilam com ansiedade e esperança pela resposta e me obrigo a pensar aonde o seu filho poderia estar. Então finalmente uma luz surge na minha mente e lembro de que os alunos da minha turma estavam planejando uma festa para o fim de semana na casa de um cara, caso o time vencesse. Natasha tentou me convencer a ir, mas preferi ficar em casa — Talvez eu tenha ideia de onde ele possa estar. — ela sorri triunfante e enfatizo: — talvez. Não tenho certeza.
— E onde ele está? Pode achá-lo para mim?
— Tá tendo uma festa agora por causa da vitória do time. Eu acredito que ele esteja lá. Vou ligar para uma amiga que foi pra confirmar isso.
— Oh! Muito obrigada meu anjo.— ela põe as mãos sobre o coração e uma lágrima enxerida serpenteia por sua bochecha.
— Não se preocupe. Vou achá-lo para a senhora.
*****
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Diverso
Teen FictionElize é uma garota comum, com uma vida comum, que vive em um lugar comum. Contudo certas escolhas que ela faz mudam sua vida de cabeça para baixo, fazendo desmoronar tudo aquilo que ela construiu e no que ela acredita. Por isso, nunca subestime uma...