A Sonhadora

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POV ANASTASIA

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POV ANASTASIA

— Depois você desce pra conversarmos tá bem? – digo assim que saio do quarto de hóspedes depois de tomar banho. Elliot havia me esperado terminar para que pudesse finalmente entrar. Já estava com minha camisola e por cima com meu roupão.

— Tudo bem Ana, daqui a pouco estou lá em baixo! – E é tudo que ouço dele assim que termino de fechar a porta.

Confesso que conversar com Elliot me distrai muito. Ele me faz rir e é cuidadoso com as palavras. Posso dizer que ele é meu melhor amigo. E eu preciso muito de um amigo nesse momento em que me vejo abandonada pela minha mãe que se vai sem dizer nada, deixando-me sem saber o que pensar.

Quando me dei conta de que nunca mais veria minha mãe e de que ela corre milhares de perigos lá foram sem a proteção dos Grey, uma tristeza profunda se instalou em meu peito. O abraço de Christian foi muito caloroso e me fez voltar a me recompor. Ele nunca havia me abraçado antes. Foi muito bom estar em seus braços, e só de pensar nisso já me ponho a sorrir.

Vou andando pelo corredor até passar ao lado do quarto de Christian e Katherine, e o que eu escuto não é bem aquilo que eu esperava após toda a situação que ocorreu há poucas horas atrás.

Posso ouvir gemidos, urros e estrondos. Sei muito bem o que isso significa. Quando eu era muito criança eu descobri o que era sexo.

Minha mãe tinha um namorado secreto e o levava para nosso quarto enquanto ela me mandava fazer outras coisas. Um dia, eu e os meninos brincávamos de pique esconde e eu acabei dentro do armário do meu quarto e do quarto de mamãe. Estava escuro, mas pela fresta de luz que entrava das janelas eu podia ver nitidamente o ato.

Fiquei quieta todo tempo dentro do armário, e depois de uns 40 minutos eu pude sair sem que ninguém me visse. Desse dia em diante, eu sempre espiava quando sabia que eles iriam se encontrar. Não apenas para ver o ato em si, mas pela pequena esperança de tal homem poder ser meu pai e que esse era o único modo que eu podia vê-lo.

Sempre que perguntava à minha mãe sobre meu pai, ela mudava de assunto, e quando era mais direta ela me mandava esquecer.

Não ter nem uma pista de quem seu pai é, causa muita dor. Ouvir a pessoa que você ama se deitando com outra, causa muita dor. Ter que conviver com isso é quase impossível.

Tento manter a cabeça erguida e descer as escadas com firmeza, ignorando os ruídos daquele quarto que se tornavam cada vez mais distantes.

~*~

— E aí você se lembra de como ele me olhou com aqueles olhos esbugalhados pensando como eu tinha conseguido sair ileso daquele tombo?! – Elliot dava gargalhadas ao lembrar de nossa infância.

Estávamos falando de um verão em que fomos para o interior e eu e Elliot inventamos de descer um morro correndo. Chistian estava muito bravo com a ideia. Elliot decidiu correr primeiro e caiu muito feio. Mas levantou sem nenhum arranhão!

Minha Querida Francesa AnastasiaOnde histórias criam vida. Descubra agora