A Fuga

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POV CHRISTIAN

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POV CHRISTIAN

Após quatro horas de viagem, aquela trilha de pedras pela floresta findava na rodovia principal nas proximidades de Versalhes. Tudo aparentava estar calmo e eu procurava ao máximo distanciar-me das invasões alemãs nas proximidades.

Pelo caminho alternativo eu passei por algumas fazendas, as quais eu consegui trocar meu carro por outro um pouco inferior, porém vale tudo pela proteção de Anastasia e a minha. Precisamos passar despercebidos.

Eram dez e meia da noite e eu precisava fazer uma parada para esticar minhas pernas e me preparar para mais cinco ou seis horas de viagem, dependendo do caminho que eu faria para chegar ao porto de Brest.

Além do mais, preciso contatar Elena em Menz para checar a situação por lá e também verificar a possibilidade dela me ajudar. Afinal, os bilhetes de Karla expiraram e eu preciso encaixar ela e Ana em um navio com urgência.

Encontro um Bistrô em pleno funcionamento nas proximidades da estrada e decido parar ali, procurando estacionar pelas sombras das árvores para meu carro não ficar tão aparente.

Anastasia dormia com a cabeça apoiada ao vidro com extrema tranquilidade. Minha pequena passou a dormir muito mais na medida em que a gravidez avança e nossos gêmeos se desenvolvem dentro dela. Não deve ser fácil carregar uma barriga, ainda mais sendo delicada como Ana.

— Ana, acorde... – Acaricio o rosto da minha amada com calma para que ela acordasse tranquila, sem nenhum susto.

— Hmm... – Ana despertava aos poucos e bocejava antes de abrir seus olhos para encontrar os meus.

— Vamos fazer uma parada? Assim tu podes alimentar-se e descansamos um pouco para seguirmos, o que acha? – pergunto de modo a integrá-la naquela decisão, deixando que dê sua opinião sobre.

— Boa ideia, estamos com fome – resmunga Anastasia enquanto vai desencostando da janela e alisa sua barriga, mostrando que ela e nossos filhos estavam famintos.

— Então vamos – digo pegando dois casacos no banco de trás. Levanto-me, abrindo a minha porta e saindo do veículo. Coloco meu sobretudo, agasalhando-me pouco antes de abrir a porta para Anastasia.

Assim que minha pequena levanta e sai do carro, apoio o outro sobretudo em suas costas de modo que eu a esquentava enquanto fechava a porta do carro e o trancava.

Caminhávamos em direção à porta do bistrô enquanto o vento gelado daquela estação cutucava-nos a pele feito várias pontas de agulha.

Ao abrir a porta do estabelecimento, podia o perceber pequeno ambiente, porém muito aconchegante e quente. Puxava a cadeira de uma mesa para ajudar minha pequena a sentar-se e acomodar-se e logo após já puxava outra cadeira para mim.

— Bonne nuit. Voulez-vous la suggestion du chef ou préférez-vous le menu? – questiona educadamente uma garota de aproximadamente quinze anos para nós.

Minha Querida Francesa AnastasiaOnde histórias criam vida. Descubra agora