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Antônio Peixoto estava perturbado. À noite, sentia alguém puxar os fios da cabeça. Acordava sobressaltado olhando a escuridão do quarto. Não era ninguém, mas quando estava para pegar no sono, mais uma vez o puxavam. As vezes era os braços, outra as pernas; mas o mais atemorizante era quando empurravam sua cabeça. Aquilo era medonho, sobrenatural, fantasmagórico, redundantemente falando. Aquilo perdurou por uma semana. Antônio Peixoto envelheceu bastante neste intervalo de tempo. Parecia também mais violento e vivia resmungando na mesa na hora da oração da família. A sra Peixoto e os filhos já nem lhe dirigiam a palavra. A própria Joaninha começou a ter medo do pai que parecia mais a encarnação do diabo.

Bianca, assim que chegou da escola, certa tarde, levou um amigo, o garoto Harold, para o seu quarto a fim de fazerem um trabalho. Aquela era mais uma paquera da menina. O garoto tímido sentou na beira da cama, estava nervoso.

— Seu quarto é mesmo massa. — disse o garoto.

— Obrigada. — sorriu Bianca. — Escute, feche os olhos que eu vou me trocar, viu.

— Tá bom.

Bianca tirou a blusa do colégio e jogou na cama. O coração de Harold bateu forte. Depois a menina tirou o sutiã e exibiu os seios ali, na frente do garoto que continuava com os olhos tapados. Que idiota, pensou ela.

— Continue com os olhos fechados, Harold. Estou me trocando.

— Eu estou.

Depois Bianca baixou a saia e ficou desta vez apenas de calcinha. Uma calcinha fina, transparente, os poucos fios que circundavam o sexo aparecendo. O tecido adentrava nas nádegas, o busto à mostra, tudo aquilo na frente de Harold que continuava com os olhos vedados.

Percebendo o quão idiota era o garoto, Bianca vestiu uma camisa longa deixando as belas pernas a mostra.

— Prontinho. — disse ela.

— Já?

— Já.

Os olhos do garoto foram diretos nas pernas da menina. Subitamente ficou com tesão, o pênis roçando a calça, querendo pular para fora, doido para ser tocado por Bianca.

— Vamos trabalhar. — disse ela fitando a saliência na calça do rapaz.

Sentou-se ao lado de Harold e começou a tirar os seus materiais da escola. Harold foi logo fazendo o mesmo.

— O professor disse que temos que decorar a tabela periódica dos elementos para resolver tais questões. — disse Harold.

— Decorar tudo isto? Ele é doido ou o que?

— Não sei. Mas temos que fazer isto.

— Ain, tô cansada. — disse Bianca se deitando na cama, as pernas cruzadas.

— Temos que fazer isto aqui, Bianca. É pra amanhã.

— Eu sei. Mas tô mesmo muito cansada.

— Eu também.

— Ah, então vem deitar também. — disse Bianca, agora sentada, as pernas abertas exibindo a calcinha. Harold viu aquilo e engoliu seco a saliva. Bianca mordia o lábio inferior, os cabelos jogados para o lado acariciando os seios.

— Só um pouco. — disse Harold subindo até o lado de Bianca.

— Tire os sapatos.

Harold tirou seus sapatos e se deitou.

— Se você quiser ficar mais a vontade pode ficar. — disse Bianca.

— A vontade como?

— Tire a camisa. Tá calor. – Bianca o despiu e se atraiu bastante pelo o físico magrela do rapazinho. – Assim não está melhor? — perguntou ela.

— Sii..sim. Está.

Bianca se inclinou perto de Harold para estender sua camisa curta na cabeceira da cama e seus seios foram diretamente na boca do rapaz. Harold o beijou carinhosamente e Bianca demorava o quanto podia para aquilo se prolongar mais. Harold agora lambia os seios. Bianca se recompôs na cama e Harold pensou que a menina tivesse se arrependido. Mas ela disse:

— Não aguento mais de calor. – então tirou a blusa e os seios agora estavam livres. — Assim está bem melhor.

— Está mesmo. — disse Harold chupando deliciosamente aqueles apetitosos seios da garota. O menino pincelava um dos mamilos e com a outra mão apertava violentamente o outro. Bianca só faltava flutuar de prazer. Até que enfim vamos fazer, pensou ela, naquele momento. Mas acontece que alguma força sobrenatural empurrou Harold na batente da cama com tanta força que o rapaz viu estrelinhas.

— O que você fez, Bianca ? Você está louca?

— Mas, mas eu não fiz isto!

— Ah, não?! Então quem foi se está só nós dois aqui?

— Não sei. Não sei. Meu Deus o que aconteceu?!

— Primeiro me provoca e agora quer se fazer de santa.

— Harold, eu tô falando sério! Eu não fiz isto com você.

— Quer saber de uma coisa ... eu vou é embora. — Harold vestiu sua camisa e saiu bruscamente do quarto de Bianca.

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