O Quarto Dos Fundos

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Um grito fúnebre te terror veio de manhã cedo na varanda da casa da família Peixoto. Era da sra Jamila Peixoto. Toda vizinhança correu para frente do imóvel a fim de saber o que tinha acontecido por ali. A casa dos Peixotos estava sendo o alvo do maior falatório dos últimos tempos. E pelo desespero de todos era uma fatalidade ocorrida por lá. A sra Jamila pediu para que as crianças permanecessem em cima, principalmente a pequena Joana, apenas Janete desceu para ver o que estava acontecendo por lá. Chegando lá, viu um homem com uma corda no pescoço. A cabeça parecia mais uma abóbora podre, o corpo já começava a feder, jazia naquela corda o sr Antônio Peixoto.

Logo depois chegava a policia e a pericia para averiguar o caso. A polícia queria entrar em contato com a família do homem mas parecia impossível. Jamila Peixoto estava descontrolada.

"Nos últimos dias ele andava sempre de cabeça baixa parecendo que fez alguma coisa de errado." Disse uma vizinha aos policiais. "Ele era sempre extrovertido, e sempre nos cumprimentava".

Removeram o corpo lá para as dez da manhã. A perícia ainda averiguava alguns fatores por lá.

— O que a sra acha que levou o seu marido a se suicidar? – perguntou um policial a sra Peixoto.

— Não sei. Não sei. Antônio estava muito indiferente nos últimos dias. Principalmente violento.

Na casa, era uma choradeira só. Janete tentava acalmar a pequena Joana que chorava compulsivamente pela morte do pai. Na verdade Janete se dividia em três para acalmar também os outros dois que choravam bastante. Jamila Peixoto se isolou em seu quarto. Janete de vez em quando batia a porta preocupada com a patroa, mas esta sempre dizia que estava bem, para que ela se retirasse.

Passando mais uma vez pelo o quarto da pequena Joana, ouviu a menina dizendo: Você consegue ver o meu pai mesmo? Jura que ele está bem? A resposta parecia ser positiva pois a menina sorria tão solenemente que Janete se arrepiava. Logo Joaninha dormia como um anjo.