Meraki

Capítulo 14 - Lumus

Hellooo!

Mais um capítulo. Espero que gostem.

Os erros conserto quando visualizá-los, ou caso vocês indique-os para mim. 

See you!

✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧✧

Camila

A noite foi totalmente inusitada, principalmente quando o sono se apossou dos convidados da minha "festa", dormindo espalhados pela sala. Aquela situação não era a mais confortável, então fiquei por várias horas fitando o teto enquanto ouvia ressoar a respiração do pessoal.

As músicas do ipod de Lauren me faziam falta, e sair da rotina não ajudava em nada com minha insônia. Então resolvi ir até a cozinha para tomar um copo com água, levantei–me com cuidado, pude ver Dinah perto de mim com Normani do seu outro lado. Procurei pela dona dos olhos verdes e a vi entre Allyson e Issartel, dormindo pacificamente.

O dom que a garota possuía para a música me surpreendeu mais uma vez. Eu já a havia escutado cantar, mas de um jeito desleixado apenas se divertindo com Dinah. Não sabia que poderia ser tão incrível aquela voz rouca e aqueles dedos hábeis dedilhando as cordas daquele violão... fechando os olhos vez ou outra sentindo a música... Soltei o ar que estava preso nos pulmões e sai rapidamente dali para a cozinha e em seguida para o andar superior onde minha tia dormia – já que ela justificou–se que não estava mais tão nova para estripulias, como acabar com as costas naquele chão.

Caminhei até o quarto que anos atrás me pertencia, continuava igual por todos esses anos, e era ali que eu ficava toda vez que resolvia passar uma noite ou um tempo com minha tia. Caminhei até a cômoda onde tinha deixado a caixinha que Lauren me presenteou, peguei-as e sentei na parte de baixo da cama contemplando aquele objeto tão significativo.

– Foi ela? – Saltei com a voz vinda da porta. Tia Aurora estava parada com os braços cruzados me observando.

– Que susto, tia! – Falei apertando mais a caixinha que quase derrubei com o sobressalto.

– Escutei os sons bastante familiares da minha vampirinha. – Crispei os lábios ao ouvir o apelido que minha tia deu–me quando percebeu minha predisposição para caminhar durante a noite pelo escuro.

– É estranho dormir com todas aquelas pessoas tão próximas.

– Imaginei que você não sentiria confortável. – A mulher mais velha me fitava com aquele olhar de quem conhecia mais de você do que você mesmo. – E essa linda caixinha?

– Lauren. – Falei simplesmente, voltando a fitar meu nome sobre a tampa.

– Ela é uma jovem com uma sensibilidade muito apurada. Conversamos pouco, mas foi suficiente para poder perceber como ela é um ser humano especial. – Era exatamente como eu me senti desde que a vi na exposição no final do ano passado.

– Ela consegue captar detalhes que passam despercebidos pela maioria das pessoas e parece entender as diferentes características que formam a personalidade das pessoas. Eu aprecio isso.

– Imaginei que sim. – A mulher com traços latinos tão marcantes quanto os meus afagou meu ombro com um sorriso nos lábios. – Ela gosta de você, deu para perceber. Vi sinceridade naqueles lindos olhos verdes. Tenta quebrar essa barreira que afasta as pessoas, pois se lembre de que eu sou boa em percepções, hein?! Dinah é um exemplo, mesmo que ela tenha um parafuso a menos, eu sempre apoie a insistência dela com a amizade de vocês, e acredito que Lauren pode seguir um caminho parecido.