Meraki

Capítulo 49 - Resentments

Olá bebês! Tudo bem?

Primeiramente quero agradecer as mais de 100k visualizações da fic. Vocês são incríveis! ❤😘

Músicas do cap.: *Shawn Mendes - In My Blood *e *Meaning Of Life -Kelly Clarkson*

Boa leitura!

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Lauren's POV

– Ora, ora! – A voz próxima fez Camila estacar. – Como se diz? Ah! O bom filho a casa torna.

Quando meus olhos focaram no dono daquela voz senti uma fúria infindável tomar conta de mim. Trinquei os dentes enquanto minhas mãos se fechavam em punhos, mas ao notar Sofia e Sinuhe atrás do homem meu coração comprimiu-se.

Quando o padrinho de Camila, Franklin, contou a mesma sobre o aspecto debilitado em que sua mãe se encontrava ele não mentiu. A mulher aparentava ter vários anos acrescidos a sua idade real e o aspecto conturbado apenas acrescentava essa impressão. Os olhos de Sofia fez um nó surgir em minha garganta, são totalmente opacos; a criança rechonchuda que vi nas fotos não existia mais, a garota está copiosamente magra.

Camila... A mulher parada ao meu lado estava lívida e com os olhos arregalados, aproximei e apoiei minha mão esquerda na base de suas costas, ela tremia. Seu corpo instável mostrava-me que ela não suportaria manter-se de pé por muito tempo, então a pressionei contra mim, não me importando com o que Alejandro pensaria, a latina é minha maior preocupação nesse momento.

– Não foi essa a educação que lhe dei garota. Não cumprimentará sua família? E quem é a sua amiga? Lembre-se dos bons modos e faça as devidas apresentações. – Alejandro mantinha um sorriso cínico nos lábios e seus olhos nos avaliavam atentamente, além de ser possível notar o ódio disfarçado com o indesejado encontro.

– Eu tenho boca, posso eu mesma me apresentar... Sou Lauren Jauregui. – Adiantei-me em responder, pois Camila estava concentrada em observar a mãe e principalmente a irmã.

– Prazer em conhecê-la eu sou...

– Eu sei quem é... – Interrompi-o e vi sua mandíbula contrair. – E não sinto nenhum prazer em conhecê-lo.

Qualquer autocontrole que reside em mim dissipou no instante em que coloquei meus olhos no crápula a minha frente. Ele não merece nenhuma civilidade nessa interação inesperada. Cada palavra, choro e cicatrizes espalhadas pelo corpo e alma de Camila retornaram a minha mente e atingiram meu coração impetuosamente.

– Você escolhe muito bem suas companhias, Karla. – Suas narinas inflaram-se. – Porque será que não estou surpreso?! Sempre nos decepcionando.

– Não ouse preferir mais nenhuma palavra contra a Camila, senão... – Dei um passo à frente, mas sem deixar de apoiar minha namorada.

– Senão o quê? – Perguntou com os dentes cerrados, também avançando para perto de mim. Seu tom de voz controladamente baixo não escondia sua raiva.

– Todos os métodos de tortura imagináveis seriam poucos para fazê-lo pagar seu desgraçado. – Disparei raivosa.

– Você sabe com quem está falando sua vadiazinha? – Pude ver seus olhos coléricos próximos, poucos centímetros nos separavam. Eu já não estava mais ao lado da minha latina, a raiva me deixou insana.

– Com um merda.

– Alejandro... – Uma voz feminina, que supus ser de Sinuhe soou próxima.

– Cala a boca! – O homem vociferou, sua voz mantinha-se baixa durante todo o tempo.