Capítulo 21 - Discoveries Part 2

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Como anunciado, aqui está a segunda parte.

O capítulo é menor que o habitual, mas não deixa de ter relevância, pois mais um ocorrido do passado de Camila nos será apresentado. Boa leitura!

Os possíveis erros corrijo assim que identificá-los. 

See you!


✧✧✧


Camila

Quando a campainha tocou minha inquietação interna triplicou, mas fechei os olhos me concentrando em manter a faixada de indiferença. Mas foi olhar naqueles malditos olhos verdes que eu me desfiz, como uma escultura de gelo diante de uma fonte de calor imensurável.

– É muito bom vê-las novamente, garotas. – Tia Aurora cumprimentava a todas com entusiasmo, assim como Dinah.

Mantive o pano que enxuguei as mãos como um mecanismo de distração, pois o torcia infatigavelmente. Abracei Allyson primeiramente, em um aperto firme demonstrando apoio ao seu sofrimento e indicando que eu estava ali por ela. Segui os cumprimentos com Keana e Normani e olhei a morena de olhos verdes que acenou com a cabeça, retribui o gesto, mas Dinah aparentemente não gostou nada disso, pois com ajuda de seu corpo voluptuoso me empurrou na direção de Lauren, me pressionando entre ambas.

Após esse gesto exagerado, perfurei minha amiga com os olhos enquanto sentia minhas bochechas em chamas. Já Lauren tentava esconder a diversão, mas falhava miseravelmente.

Com o gesto bruto de Dinah anteriormente, percebi um franzir de dor por parte de Lauren. Suas mãos estavam encobertas por ataduras, impossibilitando que eu pudesse ver de perto o resultado da briga.

– Estamos quase terminando o almoço. – Tia Aurora também parecia divertida ao olhar entre a garota de olhos verdes e eu. – Sintam-se a vontade. Mi querida sobrina, aconsejo mirar su pudín.

¡Oh Dios mio! – Gritei diante o lembrete e sai correndo em direção à cozinha. – Tía, puede ayudarme aquí?

Claro que sí. – Escutei a voz da mulher mais velha, e segundos depois a mesma adentrou o ambiente com Lauren em seu encalço.

– Deixe-me ver como estão suas mãos. – Pediu tia Aurora. A morena concordou desenrolando as ataduras.

Aproximei-me depois de depositar o recipiente do pudim sobre a pia para poder ter uma melhor visão, e quando me deparei com pequenas lacerações nos nós dos dedos envoltas por uma coloração arroxeada e levemente inchadas, fiquei boquiaberta e por impulsividade deu um tapinha no braço da garota.

– Ouch! – Lauren me olhou em um misto de surpresa e divertimento. – Gostou mesmo de me bater, hein?

– Alertei diversas vezes sobre seu ímpeto de agir sem pensar nas consequências. – Ignorei a provocação anterior, e repreendi sua atitude.

– Impossível eu me manter impassível diante a cena que presenciei. – Ela defendeu-se, mas a sombra de um sorriso contornava seus lábios.

– Eu faria o mesmo. – Minha tia se pronunciou e eu lancei-lhe um olhar repreensivo, mas a mulher mais velha apenas deu de ombros, divertida com minha explosão momentânea.

– Aquela sua infusão com plantas medicinais funciona neste caso? – Perguntei a tia Aurora, preocupada com as implicações daqueles machucados e de sua conduta, pois se suas mãos estavam naquele estado eu não queria imaginar o rosto do senhor Ogletree.

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