Capítulo 24 - Fourth lesson

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Oie! Como estão?

Hoje estou cansada, mas como eu já havia programado para fazer a postagem, aqui estou! 

Espero que gostem do capítulo! 

See you!


✧✧✧


Preciso que ela mantenha-se em silêncio, mas se eu tentasse com mais afinco poderia sufoca-la.

– Vai ficar tudo bem. – Eu sussurrava incansavelmente, enquanto tentava bloquear os sons vindos da sala com as mãos firmes sobre suas orelhas.

Não vai ficar bem! Nada nunca fica bem.

Muito escuro e apertado, e o cheiro de coisas guardadas a tempo invadiam minhas narinas ajudando a intensificar a ânsia de vômito crescente.

Eu sentia que alguém ativou o repeat, pois os estalos provindo dos tapas consecutivos; o som de punhos acertando seu corpo com força; os grunhidos abafados juntamente com seu choro reprimido, não cessavam nunca.

Toda vez era assim... Durava uma eternidade.

– Cadê as inúteis das suas filhas? – Ele estava vindo. – Eu quero que elas vejam e aprendam de uma vez que sou eu quem manda na porra dessa casa.

– Por favor... Por favor, as deixe fora disso. – Outro tapa.

Encolhi-me mais do que era humanamente possível e apertei o pequeno corpo em meu colo com tanta força contra meu peito que por instantes pensei que ela pudesse ter desmaiado. Mas era necessário... eu precisava protegê-la.

Ele não pode nos encontrar aqui. Não pode!

– Quando eu achar aquelas filhas da puta ensinarei uma lição a elas. – Seus passos se afastaram, mas logo retornaram, junto com o barulho de portas sendo abertas. – Eu trabalho o dia inteiro para sustenta-las e vocês ao invés de agradecerem ficando em casa como é o correto, mas não... Saem e ainda ficam de conversinha com aquela velha maluca.

Seu tom de voz sempre contido me causava calafrios. Por favor, que ele desista de nos procurar. Por favor! Por favor! Por favor!

– Desgraça! – Após intermináveis minutos ele cansou-se e provavelmente foi dormir. Mas minha noite seria aprisionada dentro daquele armário temendo sair dali.

– Agora está tudo bem Sofi. Dorme, estou aqui com você. Estou aqui...


"Camila?"

"Camila!"


Sentei-me com tanta rapidez que me choquei contra Lauren, que me amparou e envolveu em seus braços.

– Está tudo bem! Estou aqui! – Seu sussurro rouco me fez despertar da nebulosidade que se encontrava minha mente após o sonho, ou melhor, lembrança.

Três noites seguidas e o mesmo sonho; e a mesma angustia com a tentativa de proteger Sofia. Sinto que preciso protegê-la agora também. Algo em meu coração insiste em dizer que ela precisa de mim.

– Aqui! Toma isso, que se sentirá melhor. – A garota colocou em minhas mãos o copo com água que estava sobre a mesa de cabeceira.

Enxuguei as lágrimas e o suor que cobriam meu rosto com a mão livre e olhei aqueles olhos verdes tão preocupados.

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