Capítulo 6 - First lesson

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Hellooo!

Este capítulo é um pouco tenso, além de apresentar um fato importante para o desenvolvimento da estória.

See you!

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Camila

É inegável o talento daquela garota. Continuo admirando o esboço que ela fez de mim, sem palavras para descrever o que passa em minha mente ao me lembrar dela concentrada, ora no papel a sua frente, ora me observando atentamente. Seus movimentos com o lápis eram graciosos, para quem olhava surgia a vontade de juntar-se a ela, tamanha a maestria e paixão que a jovem artista deixa emanar naquele momento.

A segurança que ela tem sobre si mesma me cativou, assim como sua entrega ao que lhe é pedido, sem medo de ser feliz. Sente-se livre para dançar, cantar, fazer poses, sorrir. Ela sabe o quão linda é; sabe que tem uma personalidade encantadora. É cheia de vida.

Cada movimento que o seu corpo seguia ao ritmo da música sugou minha atenção. Seus olhos verdes estavam mais claros do que de costume, brilhavam como estrelas em um céu noturno. Vez ou outro eu pude senti-los me fitando, o que me causou certo embaraço. Qual o motivo para eu ser objeto de contemplação para uma garota como ela? A admiração que encontro nos olhos de Brooke não é o que vejo nos da morena, então o que seria? A curiosidade de conhecê-la crescia a cada dia, pois a luz que emitia contagia qualquer pessoa. No entanto, as pessoas que fazem parte da minha vida de forma constante são apenas Dinah e minha tia, as quais confio a minha vida, mas por que essa vontade inconsequente de ter Lauren Jauregui como mais uma pessoa desse meu pequeno círculo?

Minha vida tornou-se uma sequencia ininterrupta de perguntas sem resposta.

– Por que você não manda emoldurar e dependurar na parede do seu quarto? Assim pode continuar babando pelo desenho em particular.

– Você é tão engraçada, Dinah. – Falei sem humor diante de mais uma das piadas enfadonhas da loira.

– Eu sei. – Rebateu jogando o cabelo e soprando beijinhos para mim. – Adorei as garotas.

– Eu não considerei as consequências de deixar você as sós com minhas alunas. Espero que não tenha extrapolado. – Ponderei.

– Relaxa Mila, falei sobre mim e elas sobre elas, somente. – Respondeu tranquilamente. – Ah! Eu perguntei para a Lauren o motivo dela ter corrido de nós aquele dia no restaurante?

– Perguntou? – Minha atenção se voltou à empresária sentada na mesma cadeira de quando chegamos ao estúdio. – E o que ela disse?

– A culpa é sua. – Revelou Dinah.

– Minha? Por quê? O que eu fiz? – A loira desatou a rir com minha apreensão.

– Calma, mulher! Não sabe nem brincar... – Tranquilizou-me. – Aquele gerente engomadinho a proibiu de servi-la. Ele teme que você se recorde do incidente na exposição, em que ela deixou as taças quebrarem, e não queira mais frequentar o lugar.

– Isso é ridículo!

– Sim, por isso fui até o cara de pamonha e informei que a Lauren deve estar disponível para nós sempre que formos lá, e para não implicar com a garota, já que ela não é culpada por nada.

– Você sempre se supera, Dinah Jane! – Ri ao imaginar a cena.

– Agora você pode voltar a frequentar o restaurante sem ficar criando mil e uma hipóteses, cabeça-dura. – A mulher mais velha disse após um bocejo exagerado.

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