Amanda Ferraz Müler é uma menina de 17 anos, que está no 2º ano do ensino médio. Rúbia, que prefere ser chamada de Rubi, é mais que sua melhor amiga, é como uma irmã. Elas enfrentam tudo que vier juntas. Até que o ano letivo começa e tudo vem à tona...
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*LÉO*
As meninas logo voltaram de sua caminhada. A Amanda parecia melhor, mas ainda abalada.
Amanda- Eu vou pegar uma bebida vocês querem?
Léo- Não valeu.
Ela foi em direção à mesa e colocou uma bebida no copo que virou de uma vez fazendo uma careta.
A essas horas a festa já estava lotada, com várias pessoas bebendo e dançando. Rubi, Érick e eu estávamos conversando em um canto enquanto a Amanda dançava loucamente.
Rubi- Ela não está normal – ela diz apontando para a Mandy. – Eu acho que ela nunca bebeu desse jeito.
Léo- Nem é a cara dela também.
Érick- Pois é.
Rubi- Eu vou lá falar com ela.
Léo- Não, deixa que eu vou – digo já indo em sua direção.
Me aproximo e ela começa a puxar e falar (na verdade gritar, já que com aquela música alta a gente não conseguia ouvir nada) para eu dançar.
Tentei leva-la de canto para conversarmos direito, mas no mesmo momento alguma amiga dela passou com um copo na mão (que provavelmente estaria com uma bebida) e a Amanda a parou impedindo que a menina levasse o copo para qualquer pessoa que fosse. Ela virou o copo de uma vez, seguida de mais uma careta.
Amanda- Nossa que bebida com um gosto estranho, parece que tá estragada.
Léo- Amanda, chega! – tirei o copo da mão dela.
Amanda- Mas eu to bem Léo – ela se apoiou em mim.
Léo- Não você não está. Vem, eu vou levar você para tomar um pouco de ar.
Amanda- Mais que coisa, você sempre vive achando o que é ou não é melhor para mim né? Quando você deixar EU cuidar da MINHA vida? – ela se desvencilhou dos meus braços, sumindo na multidão que estava na pista de dança.
Léo- AMANDA! – chamei por ela. – CADÊ VOCÊ?
Andei entre as pessoas mas não achei.
Léo- Eu tentei te ajudar porque você é importante para mim – falei baixinho; mais para mim mesmo do que para alguém ouvir.
Fui até o meu irmão pedir ajuda, mas ele e a Rubi estavam no maior love, então decidi ir procurar sozinho.
O que foi completamente em vão.
Léo- Eu preciso da ajuda de vocês – falei já me aproximando dos pombinhos.
Rubi- O que foi? A Amanda tá bem?
Léo- Se eu soubesse onde ela tá eu te responderia – ironizei já aflito.
Érick- Como assim? Ela não estava com você?
Léo- Estava mas ... – expliquei toda a história para eles.
Rubi- Ok, então vamos fazer assim: eu fico com o jardim, Léo com a parte debaixo da casa e o Érick com a parte de cima.
Érick/Léo- Ok – falamos em um uníssono.
Olhei pela trigésima vez a cozinha, mas só tinha gente bebendo e conversando. Olhei a sala onde só tinha gente dançando. Olhei até a entrada da casa, onde não tinha ninguém apenas copos caídos no chão. Decidi então, subir para ver se o Érick precisava de ajuda.
Quando termino de subir as escadas vejo uma cena que nunca queria ter visto: meu irmão beijando a menina que ... Bom eu não sei o que ela é para mim, mas com certeza uma coisa muito importante.
Léo- Desculpa mas eu acho que eu estou atrapalhando o casalzinho né? – praticamente gritei, pronto para dar um soco no meio da cara do Érick.
Érick- Calma cara! – ele a "empurra" fazendo eles se distanciarem. – Não é o que você está pensando, eu juro!
Léo- Ah não, é o que então?
Érick- É um mal entendido!
Rubi- Gente, o que está acontecendo? – a Rubi aparece na ponta da escada com uma expressão de assustada. – Por que vocês estão gritando?
Léo- Pergunte para eles dois – apontei para eles.
Érick- Eu já falei que não é o que está parecendo!
Rubi- Alguém pode me explicar que merda tá acontecendo aqui? – ela se exalta.
Léo- Parece que meu irmãozinho estava dando uns beijos na sua irmãzinha.
Rubi- Vocês estavam o que? – ela grita com uma lágrima já no olho.
Amanda- Eu juro que não é o que vocês estão pensando!
Rubi- A gente sabe muito bem o que aconteceu Amanda – gritou já virando de costas para descer as escadas.
Eu a segui. Estava sentindo tanta raiva naquele momento que era capaz de socar a cara de qualquer pessoa que aparecesse na minha frente. Eu só não sei de quem eu estou com mais raiva: do Érick que foi capaz de beijar ela, ou a Amanda que foi capaz de beijar ele. Já sei, estava com raiva do dois por eles não terem parado o beijo.
Rubi- Eu não estou acreditando – ela falou já do lado de fora da casa colocando as mão na cabeça.
