Amanda Ferraz Müler é uma menina de 17 anos, que está no 2º ano do ensino médio. Rúbia, que prefere ser chamada de Rubi, é mais que sua melhor amiga, é como uma irmã. Elas enfrentam tudo que vier juntas. Até que o ano letivo começa e tudo vem à tona...
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*LÉO*
Mesmo que não tenha nada sério entre mim e a Amanda, eu achei muita mancada; eu acho que se caso eu e a Rubi não tivéssemos ido para fora, eu poderia ter quebrado a cara do Érick, mesmo ele sendo meu irmão.
Érick- Cara, eu preciso falar com você – ele entra esbaforido no quarto.
Léo- Você já está falando – comento grosso.
Érick- Credo! Que bicho te mordeu hein?
Léo- Fala logo Érick, eu não tenho o dia todo!
Érick- Eu preciso de um conselho.
Léo- Então está pedindo pra pessoa errada. Fala com a Rubi.
Érick- É exatamente pra ela.
Léo- O que você quer?
Érick- Eu vou fazer alguma coisa, mas ainda não sei, por isso eu preciso de você.
Léo- Você ainda tá pedindo ajuda pra pessoa errada – ele me olha confuso. – Fala com a Amanda, já que vocês estão tão próximos!
Érick- Ah, mentira que você ainda tá assim! – Eu não comento nada. – Olha, deixa eu te explicar o que aconteceu...
Ele me conta toda a história.
Não comento nada, porque sei q se eu falar alguma coisa eu posso perder a razão, então...
Érick- Dá pra você falar alguma coisa?
Léo- E o que você quer que eu fale? – retruco irritado.
Érick- Não sei fala alguma coisa.
Léo- Você é um idiota! – explodo.
Érick- Eu sei...
Léo- E o pior é que é mais que um nível normal, é além do extremo! – começo a me revoltar.
Érick- Eu sei...
Léo- Ah, eu também esqueci que você é um babaca, traidor e um filho da mãe!
Érick- Ei, calma – ele tenta amenizar a situação (em vão).
Léo- Calma? Lógico, por que não? – ironizo. – Você também não quer que eu te agradeça por ter ficado com a menina que eu gosto?
Érick- Eu já falei que foi um acidente!
Eu não consigo mais pensar.
Saio do quarto e vou em direção à porta de entrada. É melhor eu sair antes que eu acabe fazendo alguma coisa que eu me arrependa.
Escuto os gritos do Érick chamando por mim até o meio do quarteirão mas no momento em que viro a esquina e coloco o fone no volume máximo, não escuto nada mais que meus pensamentos:
A gente pode não ter nada sério, mas dá pra perceber que é algo além da amizade.
Será que eu não estou conseguindo ver o lado deles?
MAS QUE LADO DELES?
De que foi um "acidente"? Eu queria tanto que eu não tivesse encontrado os dois naquele momento!
Mas a Amanda só sumiu porque a gente brigou. Será que se a gente não tivesse brigado, nada disso teria acontecido?
Talvez eu tenha uma fração de culpa também, não?
O que eu faria se tivesse acontecido comigo?
Primeiro eu iria perguntar o porquê da Amanda estar chorando; segundo eu a levantaria já apoiando ela nos meus ombros ou até mesmo ter chamado o Érick e a Rubi pra me ajudar a pensar o que fazer ou qualquer coisa do tipo; por último se por acaso a gente se beijasse eu na hora iria me separa e ficar todo desconcertado.
Mas eles fizeram alguma coisa? NÃO!
Mas a Amanda estava bêbada, será que eu não estou sendo insensível?
Sim, a Amanda estava bêbada mas e o Érick? Já ele, não estava!
Aliás, por que a Amanda estava bêbada? Ela nem bebeu tanto. E outra ela nem é de beber, (pelo que eu sei).
A raiva já estava inteira em mim, tinha que me controlar.
Fui até o parque mais próximo e coloquei o meu celular no modo avião para não receber nenhuma ligação que com certeza eu iria receber.
Fiquei observando as crianças, tão felizes brincando uma com as outras sem essa questão de beijos, namoradas e tudo mais. Essa época era maravilhosa né?
Lembro de quando eu e o Érick éramos pequenos e nós brincávamos todos os dias no parque do bairro. Uma hora, dizíamos que íamos ser astronautas, já outra super-heróis e não nos importávamos com o amanhã, ou com o que as pessoas pensavam sobre nós com as nossas fantasias que todo dia eram diferentes das do dia anterior.
Fico horas e horas pensando em coisas aleatórias, quando olho no relógio já são seis horas da tarde e decido que é melhor eu voltar para casa, mas não antes de tomar sorvete na minha sorveteria preferida (até agora).
Vou com meu sorvete de pistache andando pelas ruas movimentadas de São Paulo com a maior calma do mundo.
Uma pessoa de cabelos ruivos para na minha frente do nada e eu obviamente como estava distraído, tropeço.
Léo- Ai, me desculpa, eu não te vi – falo enquanto essa pessoa se vira em minha direção.
XXX- Imagina.
Meu Deus! Eu não acredito!
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Oioi gente! Tudo bem?
E aí quem vocês acham que é essa pessoa?
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