Amanda Ferraz Müler é uma menina de 17 anos, que está no 2º ano do ensino médio. Rúbia, que prefere ser chamada de Rubi, é mais que sua melhor amiga, é como uma irmã. Elas enfrentam tudo que vier juntas. Até que o ano letivo começa e tudo vem à tona...
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*AMANDA*
Lembra que eu falei que tinha um plano? Então, eu não queria apenas falar para eles que aquilo que eles pensavam, não passava de uma confusão; eu queria FAZER algo para compensá-los. Eu já tinha algo formulado em mente, mas já o Érick do jeito que ele é, adivinha: não tinha!
Bom, era sábado de tarde e eu estava indo para a casa da Rubi. E antes que você pense: "Ah, então isso quer dizer que está tudo bem entre nós duas não é?", mas a resposta é: NÃO! Ela continuou me dando patada o resto da semana.
De qualquer jeito eu estava indo para a casa dela (sem ela saber), porque eu precisava da sua ajuda e também explicar que não era verdade o que ela pensava que rolava entre eu e o Érick.
Aperto a campainha e espero alguém atender.
Amanda- Oii, eu preciso de você! – falo quando percebo que é a Rubi.
Rubi- Ah, então quer dizer que você só veio aqui porque precisa da minha ajuda?
Amanda- Rubi para vai?! – ela apenas me olha. – Eu posso entrar?
A minha irmã mesmo com um olhar de reprovação, me deixa passar.
Subimos as escadas e finalmente chegamos ao seu quarto.
Rubi- Então o que você quer de mim? – ela senta na cama e fica me olhando.
Amanda- Primeiro, eu preciso te falar uma coisa que você no fundo eu sei que já sabe: o que aconteceu na noite da festa, não passa de uma confusão.
Rubi- Você já me falou isso a semana inteira.
Amanda- Mas você parece não ter aceitado – ela não responde. – Deixa eu te explicar a história toda: logo depois que eu briguei com o Jack, eu fui beber alguma coisa, lembra? – Ela assente. – Então eu acho que tinha algo a mais na minha bebida, porque ela estava com um gosto estranho e adivinha quem foi que preparou? A Bárbara!
Rubi- Ai Amanda você já está viajando né? – Ela comenta incrédula.
Amanda- Eu não sei se foi ela ou não, eu acho. Mas enfim, quando eu virei o copo, eu fiquei com um gosto horrível na boca, e a bebida subiu rapidinho.
Rubi- Talvez porque era uma bebida alcoólica?
Amanda- Meu Deus! Deixa de duvidar de tudo que eu falo!
Rubi- Tá bom! Só continua...
E eu terminei de contar toda a história.
Amanda- E agora você acredita em mim?
Rubi- Amanda para ser sincera, parte de mim quer acreditar, mas a outra parte reluta – ela dá uma pausa. – Eu sei que você não seria capaz de me magoar assim desse jeito; mesmo que eu e o Érick não temos nada, você sabe que ele é algo especial para mim. E sem contar o Léo né? Mas eu acho que você pisou na bola em relação à isso; se eu estivesse no seu lugar, teria empurrado ele na mesma hora.
Amanda- Eu sei amiga, me desculpa! Eu estava bêbada e eu não tinha muito noção do que eu fazia ou não. Se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria e não faria nada disso.
Rubi- É mas você não pode – ela comenta triste mexendo no zíper da almofada.
Amanda- Ei! – chamo sua atenção carinhosamente enquanto me sento ao seu lado. – Desculpa! De verdade – dou um abraço na mesma que sem excitar retribui.
Rubi- Tudo bem – ela comente depois de um tempo. – Mas ELE não estava bêbado.
Amanda- Eu sei, mas eu tropecei no exato momento em que o Léo chegou. Ele não iria fazer isso, pelo menos não intencionalmente, disso eu sei.
Nos distanciamos e percebo que tem algumas lágrimas escorrendo pelo canto da sua bochecha; ela as limpa rapidamente e me dá um sorriso triste.
Amanda- Ainda bem que você me entendeu!
Rubi- E quem disse que eu te entendi? – Eu fico sem reação. – Só acho que não tem mais o porquê de eu ficar assim depois desse tempo todo e também você sabe que eu não sou aquele tipo de menina que fica chorando por meninos então, vida que segue – eu assinto com um sorriso murcho.
Eu acho que a Rubi sabe o que faz. Eu sei que o que aconteceu não foi certo, mas não adianta mais se lamentar por algo do passado.
