Você É Tudo Que Eu Tenho! - Concluído.

Capítulo 22

Pov: Ethan

Ao deixar Emanuely no hotel, uma expectativa crescente dominava minha mente. O encontro com Peter Walker, meu primo, parecia o momento ideal para desviar a atenção de tudo que me rodeava.

— Ethan, e aí, cara? — Ele me recebeu com um abraço caloroso, um gesto de amizade que sempre me confortava.

— E aí. — A resposta veio de forma automática, mas a conversa logo se aprofundou.

— Uê, cadê a sua noivinha? Ela não veio com você? — Peter perguntou, com um sorriso curioso.

— Está no hotel.

— Por que não a trouxe aqui? Queria tanto conhecê-la. — Seu entusiasmo era palpável, mas eu sabia que a realidade da situação era mais complexa.

— Sabe que não é minha noiva de verdade. — A sinceridade escapuliu antes que eu pudesse pensar duas vezes.

— Mesmo assim, quero conhecê-la. — Ele sorriu, insistente. — Como você está?

— Melhor impossível, e você? — O pequeno bate-papo seguiu, as banalidades do dia a dia sendo trocadas entre nós.

— Estou levando. — Ele suspirou, como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros. — E o Petrick te ligou?

— Sim, eu disse que você já estava no caminho e que não demoraria tanto para chegar.

— Vou avisá-lo que cheguei. — Peguei meu celular do bolso e liguei para a família Montam.

— Alô, Ethan, já chegou na cidade? — A voz do Patrick soou do outro lado.

— Cheguei.

— Ótimo! Podemos nos ver à noite?

— Claro, que horas?

— 22h00 no restaurante Macaé.

— Ótimo. — Desliguei, guardando o celular de volta no bolso, e encontrei Peter me olhando, a curiosidade estampada em seu rosto.

— Quando irá assinar o contrato com eles? — Ele indagou.

— Ainda não sei, só torço para ser o quanto antes. — A incerteza pesava em mim, mas eu me esforcei para manter uma postura tranquila.

A conversa fluiu por algumas horas, repleta de risadas e lembranças do passado, até que voltei para o hotel. Ao abrir a porta, encontrei Emanuely adormecida, seu rosto sereno irradiando uma beleza inesperada. Me aproximei dela, observando cada detalhe enquanto ela dormia.

— Até que a minha noiva de mentirinha é bonita, — pensei, um sorriso involuntário surgindo nos lábios — ao menos minha mãe soube escolher.

Afastei esses pensamentos, focando na realidade. A vida seguia em frente, e eu precisava me preparar para os desafios que viriam. Dirigi-me à cozinha e preparei meu café da manhã, permitindo que a rotina me envolvesse e me ajudasse a esquecer a complexidade da situação em que estava.