Capítulo 7

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Vengeance se esforça mais ainda para conter o espécie e tenta farejar a menina. Rout solta o espécie, a agarra afastando-a dos dois e também a fareja, a menina se retorce e sorri, lhe segura a cabeça pelas orelhas e acaricia seu rosto. Isso faz Rout voltar a olhar para Vengeance e para o espécie, deitados no chão.

– Ela não está mais com medo de mim Vengeance!! – Exclama fascinado, completando em seguida. – Ela tem o cheiro de outra fêmea e também de um macho humano. Acha que é dele que esse ai, está falando?

Vengeance olha para o espécie que ainda não tirou os olhos da menina e lhe da um cascudo para fazê-lo lhe olhar. Ele solta um rosnado zangado, mas se volta para Vengeance que lhe grunhi.

– Você não vai atacá-la. Eu vou te soltar e você vai se acalmar. Já estive onde você está. Eles não são todos iguais, e com certeza essa menininha não é nossa inimiga. Entendeu?

Vengeance espera que o espécie deixe de rosnar e concorde com a cabeça para começar a solta-lo devagar. O espécie sem nome rosna, se levanta, mostra as presas e anda, nervoso, de um lado a outro tentando se acalmar. Ele começa a caminhar para perto da menina, Rout que ainda a segura começa a se afastar quando vê que a menina está se agitando, assustada, em seus braços.

Vengeance se põe na frente do espécie sem nome e rosna com ferocidade. – Se não pode se controlar vá embora!! Ou iremos lutar e dessa vez você não irá mais se levantar.

O espécie sem nome recua, mas novamente volta a avançar enquanto fala – Não vou machucá-la, mas preciso saber porque estão ajudando o que parece ser a cria do humano que nos aprisionava?

– Nos não estamos ajudando a cria de nossos inimigos, não sabemos do que você fala. Ela estava perdida e alguém a machucou. Eu decidi trazê-la para dentro de nossos muros. – Vengeance responde.

– Ela cheira a ele, tenho certeza! – O espécie sem nome ainda nervoso volta a caminhar de um lado para o outro, as mãos enterradas nos cabelos pretos raiados de laranja.

– Vengeance? Você me contou sobre a fêmea de Hero. E se essa criança for como ela? Isso explicaria ela ter o cheiro desse humano que ele sente. E também explicaria ela não falar, e o porque não teve medo quando ele rugiu. Talvez ela só saiba rosnar. – Rout termina de falar e se volta para a menina, rosnado com uma careta. A menina o olha por alguns momentos e leva as mãos ao rosto dele colocando os indicadores no canto de sua boca tentando esticar seus lábios para cima, como se quisesse desenhar um sorriso.

Vengeance observa a interação dos dois e acaba ele próprio sorrindo. Seus sentidos ainda estão focados no espécie sem nome a sua frente que parece ter escutado com interesse a teoria de Rout.

– Do que ele está falando? – O espécie sem nome pergunta.

– A fêmea de um dos nossos foi posta, pelo próprio pai, com ele quando os dois ainda eram filhotes. Ela era humana. – Responde Vengeance com o cenho franzido. Seus olhos se cobrem de frieza mortal. – Isso não poderia mais ser possível Rout, nenhum dos nossos poderia ainda ser criança, não é? Desde que atingimos a maturidade fomos postos em programas de procriação. Se eles tivessem conseguido nos fazer procriar, teríamos sido exterminados. Somos todos adultos agora. E não há o cheiro de nenhum dos nossos nela.

Rout coça a cabeça – Esse é um bom ponto. – A menina ainda os está olhando atenta a conversa. 

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