Capítulo 24

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O Espécie sem nome rosna frustrado, mas acaba descendo a escada e tomando a trilha que o levaria a Reserva. Talvez se fosse bem rápido conseguisse trazer Tiger e uma equipe e ainda conseguir participar da caçada pelo humano que lhe torturou e levou seu par. Ele corre tão rápido quanto consegue. Ao alcançar a metade da estrada ouve o barulho de um carro que logo aparece na curva. Eram dois espécies oficiais da Reserva. Eles o vêem e param o carro.

– Você é um dos recém libertos não é? – Um deles lhe pergunta sorrindo, saindo do carro e chegando mais perto. Foi ai que o oficial sentiu o cheiro de Vengeance vindo dele. O oficial põe a mão em sua arma de choque o que faz com que o espécie sem nome se ponha em posição de defesa grunhindo.

– Não me ataque!!

– Calma cara! Eu não vou te atacar... Por favor, fique tranqüilo. – O outro oficial também desce do carro com uma mão na arma e a outra estendida na frente do corpo em sinal de pare.

– Eu quero apenas falar com Tiger. Não quero lutar! – Volta a grunhir o espécie sem nome.

– Certo, mas ele não esta aqui. Se você quiser nos podemos te levar até ele.

– Não! Vocês vão levar minhas palavras até ele. – Rosna o espécie sem nome – Vengeance, Rout e Breeze precisam de ajuda, eles estão indo atrás dos seqüestradores da menininha. Avise Tiger. Vengeance não a sequestrou!! – Rosna o espécie sem nome e se vira se embrenhando na floresta. Ele corre seguindo o caminho que fez mais cedo chegando ao ponto do muro onde sentiu o cheiro de seu torturador. Ele se afasta do muro dando um salto para o topo. Logo os alcançaria.

Vengeance segue pelo caminho que fez na noite anterior até chegar ao ponto do muro pelo qual ele trouxe a menina. Ele olha para Rout. – Você vai primeiro. Eu subirei logo atrás. – Olhando para Breeze. – Você irá por último, ok?

Depois de receber a confirmação dos dois Vengeance observa Rout pular olhando logo depois para a menininha, por sobre o ombro. – Nossa vez pequena, segure-se! – Se virado para Breeze. – Te esperamos lá em cima fêmea.

– Certo macho, não se preocupe. – Breeze reponde com o olhar voltado para a menina, contendo a vontade de rosnar um palavrão ao farejar a presença dos humanos – Tenho tudo sob controle, vamos logo acabar com isso, não quero que a menina corra nenhum risco desnecessário.

Vengeance toma um pouco mais de distancia e por estar com a pequena nas costas escala o muro em três toques de pés, sendo ajudado por Rout quando chega ao topo. Eles se equilibram no muro e olham para baixo para ver como a fêmea se sairia.

Breeze observa Vengeance alcançar o topo atenta a reação da menina que ao se mostrar tão madura diante daquela situação mais uma vez arranca um sorriso de Breeze. – Bom, acho que essa é minha deixa. – Breeze diz a si mesma encarando o muro a sua frente. – Hora de bancar o homem aranha Breeze North. – Dizendo isto ela da um impulso a seu corpo, chegando sem dificuldades até onde Vengeance se encontra. – Essa foi moleza! – Breeze sussurra enquanto pisca para a menina, na tentativa de fazê-la sorrir. – Manda outra grandão, só não me peça para voar, não levo jeito para passarinho. – Breeze finge bater asas na direção da menina sentindo o quanto estava satisfeita por estar com ela naquela missão, sabendo que daria sua vida se preciso fosse, para garantir o bem estar daquela menina que despertava nela instintos até então desconhecidos por Breeze.

Vengeance sorri ao ver Breeze tentar arrancar um sorriso da pequena que apesar da determinação não consegue esconder o quanto esta tensa e ansiosa. – A descida é mais fácil pequena. Vamos usar as árvores. – Vengeance observa Rout descer, seguindo logo atrás. Ao chegar ao chão se volta novamente para a pequena. – Vamos rastrear o caminho que você fez pequena, se sairmos do rastro nos ponha de volta na direção certa se puder. Só precisamos que você confirme se estamos no lugar certo quando encontrarmos alguma cabana. Ok? – A pequena confirma com a cabeça e Vengeance fareja o ar pegando o caminho por onde a pequena passou.

Eles andam por algum tempo até que a pequena lhe acaricia o rosto lhe chamando a atenção. Ela aponta para uma direção. – É por ali? Estamos perto? – Antes que a menina possa responder ela estremece com o grito feminino, que todos escutam, vindo da direção a que ela apontou. Seu rostinho empalidece enquanto lágrimas se formam em seus olhos.

"... Se acalme ainda temos tempo. Prometi a Caroline não iniciar antes que ela volte". 

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