Amando por Acaso

Capítulo 33

E eu sou um reabilitado
querendo
liberdade.
Liberdade de você,
das suas fotos
e de tudo o que você me causa.
Da inquietude,
da falta de ar.
Da falsa solitude,
do medo de me entregar
pra outro alguém.
                  
                                        -- joão doederlien
                                           @akapoeta

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Segunda-feira:

Dia em que a preguiça domina qualquer um.

O sono, atualmente é meu aliado e inimigo, ao mesmo tempo. Vejamos :

Por um lado, ele me faz esquecer dos problemas, e das tristezas.

Por outro, ele me faz perder compromissos, e momentos.

Lado bom e ruim. Eles sempre estarão ali.

O som, perturbante e insuportável do meu despertador, invadi meus ouvidos, me fazendo acordar. O desligo.

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Desço as escadas, correndo. Rose me analisa.

- Bom dia - Ela diz ao me ver - Que roupas são essas ? - Ela diz se referindo ao meu capuz, preto, e minha calça moletom.

- Minhas roupas - Digo pegando uma maçã.

- Vai pra escola ? - Ela pergunta.

- Sim - Digo subindo meus óculos, com o dedo indicador.

- O advogado, virá no final de semana, quando você estiver disponível, pra ver as questões do testamento - Ela diz.

- Certo - Digo saindo da cozinha, e logo depois, de casa.

- Senhorita - Dantas pega as malas pondo no carro.

- Apenas, Melissa - Digo entrando no carro, com minha mochila nas costas.

Dantas liga o carro, dando partida.

Porque será que Ivana, e nem Thómas aparecerão? Porque não vieram me consolar, nesse momento difícil?

A cada dia, minhas amizades estão diminuindo. Isso me dói, muito.

7 minutos depois.

Entro no elevador, sozinha. Me olho pelo elevador, vendo o trapo em que me tornei. Feia.

Algumas lágrimas escorrem, mais logo as limpo.

Chego no quarto, entro. Ponho minhas malas, no canto do quarto. Saio do quarto, indo pra sala de aula. Entro, recebendo alguns olhares, talvez de nojo ? pena? Talvez. Sento no fundo da sala. Observo pela janela, a brisa da manhã nublada. Alguém dá tapinhas no meu braço, chamando minha atenção.

- Melissaaaaaaa - Iv diz dando pulinhos, e gritos de felicidades.

- Oi - Digo com um sorriso forçado.

- Nossa, você tá diferente - Ela me analisa.

- Bom, vejo que não sou a única aqui - Digo me referindo a sua ausência.

- Como assim ? Estou idêntica - Ela se analisa.

- Você não soube ? - Pergunto.

- Soube o quê? - Ela pergunta sentando na carteira, ao meu lado.

- Minha mãe morreu - Digo cabisbaixa.

- Mais como ? Meu Deus - Ela põe a mão no rosto, começando a chorar - Eu sinto muito - De joelhos, ela me abraça.