Capítulo 41

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....e desabo em lágrimas.

- Mel, você...
Ele estava saindo do banheiro, passando a mão nos cabelos, retirando o excesso de água. Assim que me viu naquele estado (deplorável) correu em meu encontro.

Antes de qualquer outra coisa, sinto minha vista pesar e acabo por desmaiar.
 
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Acordo em um quarto branco, e uma mulher, aparentemente de meia idade, organizando alguns fios, conectados a mim, e anotando algumas coisas em sua prancheta. Provavelmente a enfermeira. Olho pro lado, com minha vista ainda um pouco ruim, e avisto Iv, que sorri pra mim.

- Oi
Ela diz e levanta pegando em minha mão.

- O-oi - Digo falha.

- Está se sentindo bem ? - A enfermeira pergunta.

- Sim, um pouco dolorida; mais bem - Digo lenta.

- Eu fiquei preocupada - Iv, diz e põe um riso nos lábios.

- Obrigada - Digo e sorrio.

- Quando ela vai ter alta ? - Iv pergunta pra enfermeira.

- Hoje mesmo - Amém? Amém.

- Quem fez isso com você? - Ela pergunta assim que a enfermeira sai, nos deixando sozinhas.

- Vinícius.

- Como assim ? Ele não tinha desaparecido? - Ela pergunta confusa e com raiva.

- Ele reapareceu. Disse que queria "voltar", que iria ser tudo como antes. Eu recusei é claro. Mais ele não aceitou minha resposta, e acabou que ele me agrediu
Vejo já estar com os olhos marejados.

- Aquele desgraçado, eu mato ele
Ela diz enquanto dá voltas no quarto.

- Ei, calma. Eu tô bem.
Digo rindo, ao ver sua expressão furiosa.

- Mais poderia não estar.
Ela diz óbvia.

- E Dylan?
Pergunto, e ela me olha.

- Ele até tentou vir, mais você sabe né, fãs, fotógrafos, uma loucura.
Ela diz fazendo gestos.

- Eu entendo.
Digo e um médico chega no quarto.

- Como se senti Melissa ?
Ele pergunta se aproximando.

- Bem.
Digo.

- Certo. Irei providenciar sua alta.
Ele diz e sai antes mesmo de eu falar alguma coisa.

Ficamos conversando um pouco, até Eugênio (meu advogado) chegar, ele disse que viria. Iv se retira.

- Será que todas as vezes que vamos nos encontrar vai ser em um hospital?
Ele pergunta divertido.

- Olha, não é culpa minha.
Faço sinal de negação com as mãos rindo.

- Então, vim pra você assinar os papéis. Os outros processos, requerem sua presença no tribunal, então só vim adiantar o que se pode fazer ausente.
Ele diz e me dá uma pilha de papéis, os quais eu assino.

- Prontinho.
Entrego-lhe a caneta, e minha mão chega a doer.

- Até mais, e espero que em sua casa.
Eugênio diz e sai, e Iv entra.

- Ótima notícia! Já podemos ir.
Iv diz enquanto entra sorridente. Iv, me ajuda a por uma roupa, e com seu auxílio vamos caminhando até meu carro, o qual Dantas está me esperando.

Amando por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora