Capítulo 28

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Acordo com meu celular tocando, Leonardo dorme ao meu lado; Atendo.

Ligação On

- O-i-i - Digo falha.

- Oi minha filha, ainda bem que você atendeu - Ela diz desesperada.

- Mãe calma, o que aconteceu? - Pergunto nervosa.

- Seu pai Melissa - Ela começa a chorar - Ele morreu - O celular caí, minha garganta fecha automaticamente.

Ligação Off

Me desespero. Começo a chorar. Leonardo acorda.

- O que aconteceu? - Ele pergunta, me abraçando.

- Meu pai Leonardo - Digo em meio a soluços - Ele morreu - Choro ainda mais.

- Eu sinto muito - Me acolho em seus braços.

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Neste exato momento, estou na poltrona do avião, indo para New York. Felizmente encontrei vagas para hoje cedo. Peguei todas as minhas coisas de Londres, inclusive minha transferência de escola. Leonardo não pode vir, eu entendi que ele está no último ano, e não pode faltar aulas.

Meu pai morreu, e eu não pude me despedir, nem muito menos pedir desculpa. Eu sinto que nunca irei superar. O meu sofrimento.
Durmo, e quando acordo, já estávamos chegando. Pego um táxi e vou direto pra casa. Chego e vejo alguns familiares e amigos cumprimento todo mundo, e recebo abraços acompanhados de um "sinto muito", vejo minha mãe chorando perto, do caixão e vou direto pra lá, lhe abraçando em seguida.

- Que bom que está aqui minha filha - Ela me abraça forte, chorando.

- Eu sempre estarei ao seu lado mãe - Digo.

                          -----------×----------

Acordo com o sol me incomodando. Levanto indo em direção as persianas na intenção de fecha-las, mais acontece, que a vista é tão linda, que desisto. Tomo um banho demorado, visto um moletom, confortável amarro meu cabelo, ponho o óculos e desço, minha mãe está escorrada na mesa, chorando.

- Mãe - A abraço apertado.

- Filha, ele se foi - Começo a chorar também.

- Temos que superar, tudo isso - Digo limpando suas lágrimas - Vamos assistir um filme ? - Digo a puxando pra sala. Começamos a assistir.

Por mais que esteja doendo, preciso fazer papel de forte pra minha mãe.
Meu pai, teve um ataque cardíaco, e não resistiu.  Minha mãe se culpa por não ter o levado pro hospital, mais rápido. Mais, ninguém tem culpa. Ele morreu.

- Filha, você está tão mudada - Ela diz me analisando.

- Esta se referindo as minhas roupas - Pergunto.

- Também; mais você parece, tão mais madura - Ela diz calma.

- Bom, esse rempi sozinha me fez bem - Digo.

- Se tornou uma mulher, responsável- Ela diz contente - Sem falar, que não recebi nenhuma reclamação da sua escola - Ela diz - E suas notas, melhoraram muito - Ela diz feliz.

- Bom, decidi estudar mais - Digo por fim.

- Filha você vai ficar aqui ? - Ela pergunta.

- Sim - Digo.

- Que bom, você irá me ajudar a passar por esse momento difícil - Ela diz cabisbaixa.

- Sempre - Me aproximo lhe abraçando - Bom vou comer - Digo indo pra cozinha.

- A única coisa que não mudou foi seu apetite - Ela diz me fazendo rir. Termino de comer aquele saboroso café da manhã. Subo.

Ivanna e até Thómas que estava estudando fora vieram pro velório do meu pai, me ajudar. Meu celular começa a tocar; Atendo.

Ligação On

- Oi - Digo assim que atendo.

- Oi, Mel. Como está ? - Leonardo pergunta.

- Bom, estou melhor - Digo triste.

- Vai ficar tudo bem - Começo a chorar assim que me lembro do acontecido.

- Será? - Pergunto em meio a soluços.

- Claro que vai - Ele diz consolador.

- Espero que sim - Enxugo algumas lágrimas.

- Olha, assim que acabar aqui, eu vou te ver - Ele diz me fazendo sorrir.

- Sem problemas Leonardo - Digo.

- Bom, preciso ir - Ele diz.

- Está bem - Digo.

- Fica bem, bjs - Ele desliga.

Ligação Off

É sábado. Amanhã vou na escola, a mesma escola que Dylan está. Espero não ficar no mesmo quarto novamente. Saio de meus devaneios, com a porta do meu quarto sendo aberta, e Thómas entra.

- Oi - Ele diz me abraçando, retribuo.

- O que faz aqui ? - Pergunto confusa.

- Ai nossa, quer que eu vá embora ? - Ele põe a mão no bolso, fingindo estar ofendido, eu rio.

- Claro que não. E só que achei que já estivesse ido embora - Digo óbvia.

- Já que estou faltando, decidi ficae mais alguns dias, vou embora na terça - Ele diz sentando na cama.

- Obaaa - Digo saltitante, sentando no seu colo - Não sabe como eu estava com saudades - Digo.

- Imagine eu - Ele diz divertido.

- Sabe de Ivanna ? - Pergunto o olhando.

- Pra falar a verdade não - Ele ri.

- Bom, o que podemos fazer ? - Pergunto ainda em seu colo.

- Quer mesmo saber ? - Ele diz malicioso.

- Meu Deus, seu pervertido - Levanto, saindo de seu colo.

- Ué, então vamos assistir filmes ? - Ele diz pulando na minha cama, ligando a TV.

- Ok - Subo na cama, pondo minha cabeça em seu peito, podendo sentir seu perfume. Que homem cheiroso meu Deus.

O filme, era até legal. Mais eu acabei dormindo.

Oi, amoressss.
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Amando por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora