Amando por Acaso

Capítulo 45

Depois de responder cuidadosamente todas as perguntas do juiz, me encaminhei a escola. Por conta do compromisso, perdi praticamente todas as aulas.

Arrasto minha mala de rodinhas pelo corredor vazio da escola. Girei a maçaneta e empurrei a porta contra... algodões?! Olhei pra frente dando de cara com Dylan e seu semblante de tristeza, mais assim que me viu abriu um largo sorriso revelando suas covinhas.

- Que zona é essa? - Larguei a mala e olhei ao redor. Ele estava com uma fantasia de ursinho, e do lado o outro ursinho que eu havia ganho do Léo. Ele apenas caminhou em minha direção me abraçando em seguida.

- Que bom que está aqui - Ele apoiou seu queixo no topo de minha cabeça acariciando meus cabelos.

- Aconteceu alguma coisa? - Olhei pra cima podendo encara-lo.

- Só estava preocupado, da última vez que se atrasou, sumiu por 3 meses - Ele riu, sorri sem mostrar os dentes.

- O que aconteceu? - Apontei pra calamidade do quarto.

- Eu iria fazer uma surpresa, mais você se atrasou, eu fiquei com um pouquinho de raiva e rasquei o pobre urso - Dei uma risada gostosa.

- Você é um babaca assassino de ursinhos - Empurrei ele de perto de mim.

- Desculpe - Ele pediu - Sobre o tempo que pediu, já se decidiu? - Seus olhos castanhos me olhavam com atenção.

- Na verdade, sim.

- E.....

- Não tem jeito, eu não consigo - Seu semblante morreu no mesmo instante, ele piscou várias vezes seguidas, o que me fez rir - Não consigo ficar longe de você, otário - Seus lábios contornaram um lindo sorriso.

- Eu acho que você ama, esse otário - Ele me olhou divertido enquanto apontava pra si mesmo.

- Érr.. Fui amaldiçoada - Ele revirou os olhos com cara de tédio.

- Insensível - Ele começou a juntar todos os algodões do chão.

- Talvez, eu tenha mesmo nascido pra ser sua - Agachei do seu lado. Ele virou o rosto em minha direção me encarando profundamente - Eu quero ser sua - Dei um leve risinho quando percebo minha melancolia exagerada.

- Eu também - Ele me entrelaçou em seus braços dando-me um longo abraço.

- Eu te amo Dylan - Inspirei seu perfume na curva de seu pescoço.

- Eu te amo Melissa - Me inclinei um pouquinho, o bastante para que ele pudesse me beijar. Sua pele quente me causou diversos arrepios. Seus dedos perdidos em meus cabelos. Ele era só, o melhor beijo de todos.

- Eu preciso ir - Ele levantou, e me ajudou em seguida.

- Certo, tudo bem - Ele me deu um selinho demorado.

- Você termina de arrumar isso aqui? - Dylan fez biquinho.

- Sai logo daqui, idiota - Ele riu e foi pro banheiro com sua fantasia de ursinho, ou melhor dizendo, metade dela.

Depois de terminar de catar todo o algodão espalhado pelo quarto, sentei na cama exausta.

Esses últimos dias foram tão corridos, mas de uma coisa eu tenho certeza, preciso abrir uma queixa contra Vinícius, ele pagará caro pelo que fez.

- Essa tarde irei em casa ver minha mãe, queria que você fosse, tudo bem? - Dylan sai do banho com uma calça preta e sem camisa, me perco no seu abdômen sarado - Melissa? - Ele estala os dedos próximo ao meu rosto me tirando de devaneios.