Ajuda

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“Me perdoe Hélio, faço isso pelo nosso filho.”

Eu repetia em minha mente enquanto avançava o sinal vermelho. Tentava respirar fundo e pensar com coerência, não podia deixar o nervosismo me tomar, era a vida do meu raio de sol em jogo.

Logo já estava saindo da cidade, seguindo o caminho que Tânia havia dito. MALDITA.

Eu mesma daria uma lição nela, Deus que me perdoe, mas eu iria matá-la.

Após sua ligação, precisei garantir para todos em minha casa de que nada tinha acontecido, disfarçar era necessário.

Agora estou eu, sozinha, despreparada, e querendo uma única coisa: meu filho a salvo.

Avistei o galpão após vários minutos de estrada de chão. Eu precisava ser forte.

Desci do carro, olhei para o céu já escurecendo, pedindo proteção e torcendo para que eu esteja fazendo a coisa certa.

Dei a volta encontrando a entrada, o cadeado aberto mostrava  que já  estavam me esperando. Enquanto eu abri, senti uma presença por trás, antes que eu pudesse dizer algo, uma pancada na minha cabeça fez tudo escurecer….

**Enquanto isso…

A agente olhava pelo binóculo ao longe toda a cena.

“Caramba Bia, você tá só piorando a situação.” pensou enquanto pegava seu celular já indo atrás de ajuda.

Achou melhor mandar uma mensagem para seu superior, que já estava a par do acontecimento. Sabia que mesmo longe, ele não pegaria ajuda a ela, por tudo o que ela tinha feito até hoje, precisava que ele estivesse do lado dela.

Eles não chegariam tão cedo ali, e ela não poderia ficar parada esperando, a vida de pessoas que ela amava estava em jogo.

Era hora de entrar em ação, era hora da verdade.**

Ponto de vista do Hélio

Desespero, aflição, medo, angústia...eu poderia juntar todos os sinônimos que não chegaria nem perto do que estava sentindo.

Eu não poderia acreditar no que estava acontecendo. Meu filho, por aí, nas mãos de uma louca que um dia considerei família. E como se não bastasse isso, aqui estou eu, rodando todos os cantos da casa a procura de Beatriz. Onde ela se meteu?

-Chequei a garagem, o carro dela não está lá.-Lucas disse.

Botei a mão na cabeça que latejava sem parar, era só o que me faltava agora.

-Tânia deve ter entrado em contato com ela, e no desespero saiu obedecendo, isso é típico nesses casos.- Sérgio disse com toda experiência.

-Porque essa louca não entrou em contato comigo? O problema dela sou eu.- exclamei exasperado.

-Já mandamos rastrear o celular de Beatriz, para assim conseguirmos ver de onde veio a ligação e…- o celular de Sérgio tocou, ele franziu o cenho em uma expressão de surpresa antes de se afastar pedindo licença e atender.

-Fique calmo meu amigo, dará tudo certo, logo eles estarão em casa.- meu amigo veio até mim, assenti concordando com suas palavras, desejando no fundo de minha alma que fosse verdade.

Pouco tempo depois, Sérgio chega até nós, ao mesmo tempo em que meu celular vibra no bolso.

-Temos novidades, a Polícia Federal está no caso, eles tem uma agente infiltrada que sabe do paradeiro de Beatriz, estamos confiantes de que tudo acabará bem.

-Infiltrada? Como assim? Igual nos filmes? Juro que não sou eu.- Lucas disse sem conseguir manter a boca fechada, se fosse em outro momento eu teria que rir da situação e falar que meu amigo não tinha capacidade para isso, se fosse eu outra situação eu teria ficado chocado e pensando nas possibilidades de que tivesse algum farsante entre nós, se fosse em outra situação eu não teria desejado a morte ao abrir meu celular e ver do que se tratava.

Era uma foto de Beatriz desacordada em um lugar desconhecido, com a seguinte legenda.

“VOCÊ FEZ A ESCOLHA ERRADA”








Meu Vizinho BombeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora