Meu Vizinho Bombeiro

Xícara de açúcar

A campainha tocava incessantemente. Nunca fui de receber visitas, quando alguém vinha sempre me avisava.

A expectativa tomou conta de mim ao imaginar quem seria. Olhei pelo olho mágico, sorri quando vi Hélio segurando uma xícara nas mãos.

-Olá vizinha, poderia me emprestar um pouco de açúcar?- ele piscou e sorriu de modo sacana, claramente era uma desculpa para vir até mim, pisquei de volta resolvendo entrar no jogo.

-Claro vizinho, entre que já pego pra você.- ao passar por mim pude finalmente reparar, Hélio estava somente com um samba canção azul e chinelo, exalava um cheiro de pós banho, alguns pingos de água ainda estavam em suas costas e...PQP, que tatuagem era aquela?

-Você fica ocupada demais em outras partes que nem prestou atenção, acho que estou ofendido.- Hélio disse fazendo drama quando eu deixei escapar por minha boca os pensamentos. Não pude responder ainda tentando me recuperar, no meio das costas dele havia desenhada uma Fênix ( ave que renasce das cinzas),  a tinta preta contrastando com sua pele alva, o que o deixa ainda mais sexy.

-Para um bombeiro, até que é meio clichê.- ele soltou uma gargalhada alta e rouca com minha tentativa de ironia o que na verdade era uma disfarce para me recuperar.

-Então a Bia está de bom humor? Temos uma trégua agora?

-Depende, o que fará para me manter sempre assim?

-Evitarei bagunças pelo corredor e som nas alturas...-revirei os olhos e bufei, não era isso que tinha em mente- E também, te farei gritar e gozar a cada encontro.- sussurrou a última parte em meu ouvido, enquanto uma de suas mãos ia para minha cintura me puxando de encontro a ele e a outra para a minha nuca desfazendo o nó do meu cabelo e em seguida me beijou.

Suspirei ao sentir o hálito mentolado dos seus lábios, minhas mãos já apalpavam seu peito definido, desci por todo seu torso o arranhando, o que surtiu efeito já que Hélio me puxou mais para si me fazendo sentir seu membro já duro me cutucar.

-Acredito que seja necessária minha presença no seu quarto, por conta do incêndio sabe.- Hélio insinuou, eu ofegante e sem querer parar de beijá-lo apenas apontei.

Ele riu contra meus lábios, suas mãos foram para minhas pernas e com impulso e muita facilidade me pegou no colo.

Senti a maciez do colchão abaixo de mim, o corpo quente de Hélio me fazendo entrar em combustão, suas mãos trabalhando avidamente para me livrar das roupas, abri meus olhos quando o contato parou, Hélio estava me devorando com o olhar, senti minha pele esquentar diante disso.

-Você é perfeita.- falou enquanto beijava meu pé, subindo seus beijos por toda minha perna, quase alcançando meu centro de prazer que a essa altura já estava pingando por ele.

Repetiu o mesmo na outra perna, e ignorou minha buceta distribuindo beijos por minha barriga chegando até meus seios onde deu uma maior atenção.

-Viu só? Eles cabem perfeitamente em minhas mãos.- apertou meus dois montes sensíveis, me fazendo contorcer , com o polegar afagava meus mamilos, enviando ondas de prazer por todo meu corpo.

-Hélio, preciso de mais.- implorei já enlouquecida com a tortura.

Soltou meus seios e desceu uma das mãos onde eu mais ansiava, beliscou meu clitóris me fazendo soltar um gritinho de prazer, sua boca que antes estava no meu pescoço desceu até lá, senti ele inspirar profundamente, como se aprovasse meu cheiro de feminilidade e excitação.

Quase desfaleci quando senti sua língua quente e ágil em mim provocando minha entrada, insinuando a tão esperada penetração.  Me penetrou com dois dedos de uma vez,  com a outra mão fazendo pressão no meu baixo ventre, ofeguei com a sensação que isso me causou, agarrei fortemente os lençóis ao sentir sua língua no meu clitóris, era tantas sensações, prazer demais, logo minhas pernas estavam tremendo, seus dedos aceleraram dentro de mim, a pressão aumentando e então explodi.

Pude jurar ouvir sinos em meus ouvidos, meus olhos apertados, o grito que não saiu de mim tamanha a intensidade do ato, tremores espalhados por todo meu ser, poderia ter passado segundos, minutos ou horas que eu não perceberia.

Quando me acalmei, Hélio estava distribuindo beijos calmos por todo meu rosto.

-O que foi isso?.- exclamei em um fio de voz, ao tocar meu rosto, pude senti-lo molhado lágrimas? Eu havia chorado?

-Isso meu amor, são orgasmos múltiplos, coisa que se depender de mim, você terá sempre.- Nunca havia sentido algo tão inexplicável, era necessário muito esforço para me fazer gozar mas Hélio sabia exatamente o que fazer, sabia exatamente como me viciar.

-Espero que já esteja recuperada, pois eu preciso ter você agora mesmo.- falou enquanto vinha sobre mim, era incrível como só ouvir a sua voz rouca eu já ficava excitada.

Devido aos orgasmos e consequentemente minha exacerbada lubrificação, Hélio me penetrou com um pouco mais de urgência.

Era deliciosa a forma como meu corpo o acomodava, parecia que  tinha sido feito para recebê-lo com maestria. O vai-e-vem cada vez mais acelerado, as mãos dele apertando cada pedaço meu e tudo o que podia pedir era por mais.

-Desde o elevador eu sonho em foder você de quatro.

-Acho que posso fazer esse sacrifício.

Hélio me ajudou a ficar na posição que tanto queria, gemi ao sentir ele se encaixar atrás de mim, suas investidas tornaram-se intensas, sua mão alojada em meus cabelos em um aperto forte que só me deixava mais excitada, eu querendo mais jogava meu quadril de encontro ao seu pau.

-Isso, rebola pra mim gostosa.- e prontamente obedeci, o barulho de nossos corpos se chocando cada vez mais alto, pude sentir pelo seu desespero enquanto metia em mim que o orgasmo estava chegando para ele, seu peito coloco em minhas costas, a mão que segurava minha cintura foi em direção meu clitóris o apertando, mordiscou minha orelha me causando arrepios.

-Já estou pronto, quero que goze comigo.- foi só escutar  sua voz rouca e autoritária que meu corpo traidor o obedeceu. O orgasmo delirante nos atingiu, seu corpo desabou sobre mim enquanto tentávamos normalizar nossa respiração.  

Hélio riu atrás de mim, enquanto passava seu braço por minha cintura, me puxando mais para perto dele.

-Qual a graça bombeiro?

-Eu estava falando sério quando pedi açúcar, mas no lugar dela, provei de um mel saboroso e vicioso.-  foi minha vez de rir pelo trocadilho, cada vez mais cativada pelo meu bombeiro e por ora satisfeita.