Conhecendo o bombeiro

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(POV HÉLIO)


Aos 5 anos aprendi a dar nota pela intensidade da dor. Mamãe sempre dizia que minha hiperatividade poderia me causar muitas viagens ao pronto socorro, como sempre ela estava certa.

—Você é um meninão forte, diga pra mim de 0 a 10 o quanto você está sentindo dor.- a enfermeira rechonchuda que parecia vovó da chapeuzinho vermelho me perguntou.

—Ta igual a 9.- eu respondi em meio as lágrimas de dor enquanto o médico examinava meu braço, já que eu era forte não poderia falar 10.

Isso ocorreu após eu ter caído do balanço que papai havia construído no jardim para mim, ninguém acreditaria se contasse que ele, grande empresário, estava nas horas vagas sempre de bermuda e chinelo fazendo traquinagens pela mansão com seu filho peralta.

—Tenho duas crianças em casa, me deixaram de cabelos brancos antes da hora. -mamãe dizia com a voz autoritária mas nos seus olhos cor de mel como os meus eu via toda a bondade e felicidade por nos ter ali.

—Enquanto seus olhinhos brilharem como raios de sol meu filho, eu não poderia ficar brava com você, só tome cuidado a vida pode ser cruel com quem tem a alma tão brilhante e bondosa quanto a sua.- essa fala era clichê, ela dizia ao invés de brigar sempre que eu fazia algo errado mesmo sem ter a intenção.

A vida pode ser cruel.

E foi. Aos 10 anos entendi porque não havia dado 10 na escala da dor.

Era noite escura, mais escura que o normal, eu estava na clareira que ficava próximo a minha casa havia fugido no meio da noite e hoje mal lembro o motivo.

Fiquei fora por mais ou menos 1h levando em conta que demorava cerca de 10 min da minha casa, a única coisa nítida daquela noite era eu voltando pra casa e sentindo um cheiro estranho no ar. Depois tudo passou como um borrão.

Sirenes, fogo, fumaças, correria, o olhar do meu tio ao me encontrar, surpresa e alívio por eu não estar na casa e por fim órfão e o entendimento da nota 10 na escala da dor. E desde então muitas noites acordado devido aos pesadelos como essa agora...

Bia suspirou ao meu lado, se aconchegando até estar quase deitada inteiramente sobre mim, seus cabelos espalhados pelo travesseiro, rosto totalmente sereno...parecia um anjo, anjo da perdição quem olha essa mulher de aparência adorável mal sabe o pequeno furacão que ela tem dentro de si. Meus dedos logo tomando vida própria, acariciando seu rosto lindo e expressivo, acompanhando sua calma respiração e aos poucos a sonolência me invadiu.

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Fui despertando lentamente, a sensação de prazer se espalhando pelo meu corpo, mas estando  bem concentrada em um ponto. Abri meus olhos e levantei a cabeça rapidamente quando caiu a ficha.

Beatriz estava literalmente caindo de boca em mim, sua boca cobrindo parte do meu pênis e com a mão ela estimulava minhas bolas, quando me viu desperto olhou por cima dos cílios. PQP ela poderia deixar minhas bolas azuis com aquele olhar.

—Que boca maravilhosa.-falei ou melhor gemi enquanto jogava minha cabeça pra trás novamente aproveitando a sensação. Minhas mãos grudaram em seus cabelos enquanto eu aumentava a velocidade do ato e fodia sua boca, tentei tirá-la antes que gozasse nela mas a maldita acordou disposta a me enlouquecer.

—Bom dia.-ela disse de maneira travessa enquanto limpava os cantos da boca com os dedos. Embasbacado, ofegante e creio que babando um pouco eu acompanhava a cena.

—Essa é minha definição de paraíso.-
Falei a beijando, nunca fui machista mas porra era pra acabar com o resto de minha sanidade sentir meu próprio gosto nela.

Nos virei ficando por cima dela, distribui beijos pelo seu pescoço a sentindo arrepiar apertei seu seio enquanto ela se contorcia, minha mãos já criando vida própria tocando sua buceta já úmida e totalmente pronta para mim.

—Diz pra mim Bia, gostou de dar prazer pro seu bombeiro?

—Siimmmm- ela disse gemendo enquanto eu a penetrava.

Adorava vê-la implorar por mim durante as preliminares, me sentia privilegiado em ter seu gosto em minha boca e a deixar excitada com apenas um toque.

Mas nada se compara em estar dentro dela, suas paredes me apertavam, suas unhas me arranhando causando uma onda de arrepios de descontrole, era um impasse querer ir cada vez mais fortes me entregando ao instinto desenfreado por ela e por outro lado querer apreciar cada gemido seu, sentindo lentamente sua carne me abrigar a cada investida me dominado por completo.

Enquanto a via se contorcer quando o orgasmo nos atingiu, sabia que já estava completamente dominado por esse furacão...

Meu Vizinho BombeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora