Capítulo 117

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William

Eu não escondi que estava feliz em vê - la apesar de tudo o que me fez estar ali parada no meu prédio significava que pode ter reconsiderado .
- É o que estou pensando ? - Indaguei sem segurar a emoção do momento .
Eu e Bela nos olhamos um segundo e ela me soltou suavemente .
Podia ser que fosse difícil para ela mas mesmo assim me liberou dos seus braços e que eu abraçasse minha mãe .
A emoção de vê - la ali não se comparava a primeira vez que esteve porque dessa vez podia ser que foi porque me entendeu e vai me aceite a não ser que ...
Antes que eu chegasse aos seus braços parei a meio caminho .
- Ficou sabendo do hospital ? - Todos sabiam um pouco .
Até os investidores já que não permiti que nada fosse ocultado .
- Sim - Falou incisiva e busquei o olhar de Bela com o champanhe em mãos olhando para mim .
Pensamos no mesmo segundo .
- Mas não foi para toma - lo de você que estou aqui - Mas não fomos os únicos .
- Quer dizer que estarei com você . Do seu lado até tudo passar e se isso implica conviver e tolerar Maite eu aceito . Esse tempo , tudo o que me disse e eu sofri por isso me fez entender que não posso mais estar sozinha sem seu carinho filho . Eu quero estar com você . Na sua casa - Pediu e eu não pude deixar de abraça - la , ainda que pareça a maior loucura de todas alguma coisa de mãe aflorou dentro dela e se fez sincero .
Um sempre sabe quando o outro mente ainda mais se é uma pessoa tão próxima .
Ela falou a verdade .
A apertei nos braços e não respondi nada .
Ela tampouco falou .
- É muito bem vinda Helena . Na vida e na casa do seu filho - Disse Bela secando algumas lágrimas .
Subimos os três e ela me contou como havia chegado aquela conclusão de que precisava voltar mas percebi que de certa maneira mantinha Maite a margem da conversa .
Minha noiva tampouco fazia o esforço .
A puxei num canto .
- Ela fica e eu vou - Jogou no meu colo e eu simplesmente me exasperei .
- Somos diferentes e eu e você sabemos que a vida não é um livro de romance onde ela se arrepende , volta e tudo fica bem . Não que eu duvide dela mas não podemos viver juntas e não o farei escolher - Antes que eu constestasse ela me beijou bem lentamente me tirando do eixo .
- Eu escolho você . É sempre você - Avisei e ela me beijou mais um pouco .
- Eu sei que é mas não existe uma escolha para você Doutor . Eu ia embora de qualquer maneira - Falou entre risadinhas e eu toquei meu próprio peito chocado não pela notícia mas por sua cara de pau de arquitetar isso .
- Precisamos de um tempo até o casamento . Cada um no seu espaço . Eu tenho minha casa e sinto falta dela . Assim que casarmos direitinho como manda a lei da igreja e do mundo a gente se une outra vez . Nem vai demorar - Eu ri .
Do absurdo e da constatação .
- Era eu o antiquado ! - Avisei e ela riu .
- Justamente . Como já não é mais capaz de agir como um tendo em vista o quão louco esteve por mim eu declaro que eu devo pensar . Não quero que depois pense como poderíamos ir dentro das regras como em nossa primeira vez . Vamos fazer como deve ser - Ela estava insistente demais e eu não era capaz de entender ...

Maite

Não era só por este único motivo que precisava que William me deixasse ir para casa .
Na verdade existia toda uma idéia por trás e Helena foi só um bom pretexto .
Não que eu não fizesse a bondade de ir e deixa - lo com sua mãe mas ...
Não .
Eu não faria essa bondade porque eu tenho uma necessidade vital de atar com ele .
O fato é que estar com ele o tempo todo me impede de estar com Arturo o tempo que preciso .
E olha que preciso de muito tempo .
- Eu não quero dizer adeus - Eu ri e ele fechou a cara .
Parei de rir assim que me puxou pela cintura .
- Diz até logo , ou melhor ... até o casamento - Com sua proximidade ficava difícil mas para até o casamento dar certo precisava virar noites com Arturo em meu apartamento .
- Mas e como faço para te dar bom
dia ? - Indagou manhoso cheirando meus cabelos .
- Me manda uma mensagem - Ouvi seu grunhido .
- Eu gosto que seja a primeira coisa que eu vejo de manhã - Falou .
- Coloca uma foto minha de protetor - Ele ficou sério .
- Bela .... - Repreendeu . Tão próprio .
- A curto prazo é o melhor para os dois - Disse já sentindo a falta dos seus lábios tudo que ele sentiria falta eu sentia igual .
- Nada foi capaz de nos separar . Isso seria ? Superamos tudo , Bela e ... - Beijei - o outra vez .
Só que dessa vez foi bem lento tomando seu gosto incrível na boca o encostando na parede .
- Quando vai ? - Quis saber .
- Hoje mesmo - Era a sentença final .
Quando mais rápido fosse mais eu resolveria tudo .
- Sem aviso prévio ? - Indagou.
- Dói menos - Expliquei .
- Eu preciso de uma noite ao menos . Uma noite de prazer com você e se for suficientemente completa eu vejo se posso deixar você ir amanhã de manhã - Jogou e ao lembrar de Helena desfazendo as malas num dos quartos lá de dentro eu soube que não poderia ser aqui e lembrei .
- Uma vez me deixou a entender que não conhecia um Motel ...

Maktub - O escrito pelo destino jamais será apagado ...Onde histórias criam vida. Descubra agora