Capítulo 119

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William

Nos amamos a noite inteira e quando o corpo cedeu trocamos beijos até dormirmos agarrados .
Ao acordar só me restava a calcinha com cheiro de prazer e o lado da cama bagunçado .
Enrolado na calcinha um recado escrito num pedaço de folha .
" Se eu esperasse até que acordasse não me deixaria ir . Então fui a covarde que esperou não ver esses olhos assim que se foi . Não é para sempre , tá ? Até o casamento ..."
- Bela . - Eu disse mas não esperava mais nada .
Era aquele sentimento puro e seco . Urgente mas definitivo .
Ela ia mais voltava .
Abracei a calcinha e sentindo o cheiro seu cheiro liguei para ela depois que coloquei a roupa e sai até em casa .
Só paramos quando voltamos a nos ver na empresa .
Isso se repetiu por uma semana .
Acordavamos e nos falávamos porque ela não me chamava para dormir junto .
Ela estava distante .
Quando eu oferecia - me para dormir com ela , inclusive , se recusava . Nosso sexo diário se resumia a rapidinhas no escritório mas mesmo nesses momentos não prestava atenção de todo e ficava relapsa.
Fora que vez ou outra a peguei cochichando com Arthur .
Chutei festa surpresa mas meu aniversário passou faz tempo então só restava a pior das hipóteses : Havia algo acontecendo sentimental ou não entre Bela e Arturo ...

Maite

Eu realmente estava evitando William e sabia que ele percebia .
Era difícil dizer não quando ele falava que precisava acordar no meu cheiro mas era necessário demais porque as noites eu precisava passar com Arturo ...
Elaborando um plano de salvação .
Ou acham que eu futura administradora simplesmente deixaria uma empresa falir assim ?
Seria meu primeiro desafio real na carreira e com a ajuda de Arturo e algumas orientações e estudos íamos traçando um caminho que começou e pela identificação do problema real .
Não era William mas a fama que de repente colocaram a ele e se Michelle soube jogar sujo no aspecto da imprensa nós saberíamos também .
Sutilmente íamos inserindo William nas páginas de sociais de maneira muito básica como reportagens especiais sobre a parte caridosa da empresa na ajuda de crianças com câncer que não deixaram de rasgar elogios ao dono .
Eu claro escondia os jornais e não deixava ele ver TV quando estávamos juntos .
Queria que soubesse só quando eu conseguisse de vez .
Após eu e Arturo vimos uma maneira de diminuir gastos o que fez com que infelizmente pessoas tivessem seus altos salários reduzidos e que a lanchonete do hospital começasse a cobrar .
Mas prometemos que era tudo passageiro .
Até o momento que entendemos que uma das sedes teria de ser sacrificada .
Chorei as lágrimas com os funcionários que seriam dispensados e em árduas semanas trabalhamos numa maneira de realocar a ala do câncer no Memorial sede que sim era o seu negócio de gerações .
Já havia tudo em mente e não tinha mais o que temer .
Alguma parte de tudo isso seria salva com o devido relançamento da marca no mercado .
- Eu disse que havia sido dramático - Briguei com Arturo .
O idiota disse que íamos a pique sem pensar e tomado por desespero sendo que solucionamos em pouco mais de três semanas .
- Melhor exagerado do que iludido - Concordei e depois de um bom café naquela noite em que terminamos o plano de negócio levei Arturo até lá embaixo onde nos despedimos com abraço.
- Então é para isso que queria vir para cá ? ...

Maktub - O escrito pelo destino jamais será apagado ...Onde histórias criam vida. Descubra agora